18 de fevereiro de 2010
A Dama e o Cavaleiro
Inglaterra, 1252
Uma vez cavaleiro... Eterno amante!
Só mesmo uma ameaça à sua vida pode fazer com que Alisoun contrate David de Radcliffe para proteger seu castelo.
David foi um herói, um guerreiro habilidoso no manuseio da espada, e agora precisa de dinheiro para sustentar a filha órfã...
E Alisoun corre um perigo grande demais para regatear.Ao chegar a George's Cross, David precisa recorrer à astúcia e à força que fizeram dele um guerreiro lendário, quando o inimigo de Alisoun começa a fechar o cerco.
No entanto, depois de salvar a vida da jovem dama, ele ficará surpreso ao descobrir que a bela Alisoun se apoderou de seu tão bem protegido coração...
Capítulo Um
Inglaterra Medieval Nortúmbria, 1252Eu testemunhei tudo, do início ao fim, e peço que notem que não há muitas pessoas vivas hoje em dia que podem dizer o mesmo.
A maioria que ouve esta história diz que é uma lenda, um romance, uma daquelas histórias que as mulheres inventam como forma de entretenimento, dou minha palavra: vi tudo, e o que quer que tenham ouvido a respeito é a mais pura verdade.
A primeira coisa de que me lembro foi o piquenique.
Aconteceram outras coisas antes, mas eu era apenas um garoto, um pajem aos cuidados de lady Alisoun.
Dormia com os outros pajens, treinava e rezava com eles e, com muito sacrifício, escrevia aos meus avós uma carta por mês que lady Alisoun lia a pretexto de ver meus progressos na escrita.
Acreditava nessa desculpa na época, hoje entendo que ela só queria ter certeza de que eu era feliz sob seus cuidados
E eu era, apesar de meu contato direto com ela estar restrito a esse evento mensal no qual também questionava meus progressos nos treinamentos para escudeiro.
Sabia que poderia me tornar um deles, pois muitos outros jovens conseguiam, porém eu almejava mais. Queria ser cavaleiro, isso seria a maior honraria que eu poderia receber. Era meu maior sonho, meu maior desafio, e eu concentrava toda a minha atenção aos meus estudos.
Foi necessário, portanto, aquele terrível piquenique para que eu percebesse que havia problemas no reino de lady Alisoun.
O primeiro grito veio logo depois do almoço quando os jovens do castelo tinham se espalhado pela floresta que circundava o prado.
Eu gostaria de ter ido junto, mas os pajens eram subservientes a todos os demais, e tinham me ordenado a ficar com as mulheres para recolher os restos enquanto os homens relaxavam à sombra, preguiçosos depois de um lauto banquete.
Bem, não sei quem gritou, porém o que ouvi foi:
— Levaram lady Edlyn!
Aquilo captou minha atenção. Aos quinze anos, portanto quatro anos mais velha do que eu, lady Edlyn era generosa, bela e... Nem sabia que eu existia.
Eu, no entanto, a venerava.
O grito também chamou a atenção de lady Alisoun, que se levantou com rapidez.
Ninguém que morasse fora de George's Cross entenderia o significado daquilo, contudo foi o bastante para que todos se aquietassem no prado.
Todos os olhos se prenderam naquela figura alta e agitada.
Ela nunca fazia nada apressadamente.
Tudo era feito de modo deliberado e calmo.
Todos os dias se levantava de madrugada, ia à missa, tomava o desjejum e, então, prosseguia com suas tarefas diárias.
Todos os anos celebrava a véspera do dia de Reis, jejuava na Páscoa, supervisionava a tosquia das ovelhas na primavera e ia a Lancaster no outono.
Ela era a dama, a senhora, a pessoa que guiava nossos passos e nossa vida.
Estou fazendo com que pareça uma anciã, para mim ela era.
Olhando para trás, sei que não devia ter mais do que vinte e quatro ou vinte e cinco anos. Todavia, lady Alisoun não parecia velha, mas sim perfeita, e foi por isso que esse único gesto irrefletido nos revelou tanto.
Três criadas vieram correndo da floresta.
— Um homem! Ele a pegou!
David de Radcliff e Lady Alisoun
ResponderExcluirDavid é um caveleiro meio fracassado. Está sem dinheiro e vive bêbado. É motivo de golfa de outros e encontra na proposta da Lady Alisoun uma esperança de se recuperar. Destreinado por falta dos exercícios bélicos a principio ele pena até recuperar a forma.
Lady Alisoun é uma solteirona viúva "virgem", e que teima em assim permanecer. O que ela não esperava era sucumbir a experiencia de sedução do guerreiro. Se entrega e David de Radcliff diz que vão se casar e logico ela recusa. Mas ele não deixa por menos..joga o lençol manchado de sangue pela janela do castelo anunciando ao povo que sua senhora foi conquistada....tem jeito, não. Agora é casar...
Muitas águas correm nesta ponte...muitas tramas e risadas. Só lendo pra comprovar.
Simplesmente adorei...