1 de maio de 2010

Um Amor Perigoso


Escócia, 1375

Ela buscava vingança... e encontrou a paixão!

Quando os pais de Cat MacDougal foram executados pelos temíveis MacPherson, ela jurou se vingar do líder do clã. Fazendo segredo de sua identidade, Cat corajosamente se aventurou nas terras hostis do inimigo, mas sua sede de vingança enfraqueceu quando Duncan MacPherson a tomou apaixonadamente nos braços e a fez querer ficar ali para sempre...

Duncan ficou ao mesmo tempo intrigado e fascinado com aquela jovem linda e audaciosa, que fazia seu sangue fervilhar de desejo. Até que ele descobriu que Cat pertencia ao clã que era seu inimigo de longa data, e a fez sua prisioneira. Mas quando eclodiu uma violenta guerra entre os dois clãs, Duncan se viu dividido entre defender o seu povo e seguir seu próprio coração...

Capítulo Um

Terras Altas da Escócia

Não se preocupe, amor. Prometo tratá-lo bem. Ao ouvir voz tão suave, Duncan MacPherson parou e pensou se não estaria imaginando coisas ao escutar as delicadas palavras trazidas pelo vento.
—Não seja tímido. Saboreie esta fruta — continuou a voz doce e sedutora. — Garanto que jamais provou uma tão gostosa.
Cuidadoso, Duncan avançou na direção de onde provinha a voz, esquecendo-se da busca do corcel selvagem que o levara a sair do castelo e avançar pelas terras do feudo. Agora, o tom suave e convidativo da voz feminina já produzia uma reação instantânea na região de seu corpo escondida sob o kilt escocês.
—Como você é teimoso...
Vendo o corpo reagir ainda com mais força, Duncan se sentiu como um adolescente incapaz de controlar os hormônios.
O que o motivava a avançar era a tentação de descobrir quem era aquela mulher, cuja maneira de falar o atingia tão fortemente.
—Venha... Você é grande e poderoso, mas não me amedronta. Vê o que tenho para lhe entregar? Prove para ver que sabor tem.
Tomado pelo desejo, ele de repente compreendeu como Adão sucumbira aos encantos de Eva.
Será que o homem sabia o risco que corria ao se deixar envolver pelo paraíso escondido entre as coxas de uma mulher? Se Eva falasse como aquela que ele ouvia, suas palavras seriam capazes de enrijecer e tornar afiada até mesmo uma espada velha e enferrujada.
Sem fazer ruído, ocultou-se atrás do tronco de uma árvore centenária, refletindo que talvez fosse necessário lutar com aquele ao qual a voz se dirigia.
Com a excitação crescendo a cada instante, pensou que seria capaz de enfrentar um exército para ver aquela moça!
Talvez ela o aceitasse de bom grado, pois apesar de ele trazer no corpo cicatrizes de lutas e batalhas, muitas mulheres haviam dito que era um homem bonito e atraente.
Oculto pela árvore e arbustos, Duncan afastou as folhas cuidadosamente e foi brindado com a visão de curvas perfeitas sob o tecido de uma longa saia.
Viu também que a desconhecida não se dirigia a um homem e sim a Atlas, seu próprio cavalo, que ele deixara solto, após desmontar, para caminhar pelas redondezas. Inadvertidamente, contudo, ao criar mais espaço entre as folhas, Duncan provocou um ruído que chamou a atenção da mulher, fazendo-a se virar, alarmada, e arregalar os olhos cor de ametista.
Flagrado espionando como um tolo resolveu se revelar e emergiu por detrás das plantas. Ao ver a desconhecida de frente, confirmou que a moça era atraente como seu tom de voz o fizera pressupor.
Seu pensamento seguinte, entretanto, mudou o curso das reflexões: aquela mulher não era uma MacPherson e, portanto, estava invadindo o feudo do qual ele era senhor.
Os MacPherson e os MacDougal eram clãs inimigos, envolvidos em lutas feudais havia muitos anos.
Desde criança, Duncan ouvia dizer que os MacDougal roubavam as provisões alimentícias dos MacPherson, vivendo assim dos frutos do trabalho alheio.
A despeito disso, hoje em dia era o clã Gordon que os atacava para roubar o que seu povo obtinha à custa de árduo trabalho...
De qualquer modo, trespassar os limites das terras dos MacPherson era uma ofensa punível com morte, e tanto os MacDougal quanto os Gordon sabiam disso.
Todavia, Duncan jamais impingiria tal castigo a uma mulher.
Mesmo sendo guerreiro, nunca atacaria mulheres ou crianças, e impunha tal princípio a seus comandados.

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