O fazendeiro Thad Conway tinha certeza de que a nova professora daquela pequena cidade do Texas não era a jovem recatada e ingênua que fingia ser.
De acordo com ele, a “srta. Adams” representava muito bem esse papel; mas ao ser atingido pelo intenso brilho daqueles olhos verdes, Thad percebeu o fogo que queimava dentro dela, revelando uma mulher capaz de arrebatadoras paixões…
Caroline Adams tinha um trabalho honesto numa respeitável comunidade, bem longe dos problemas que a haviam obrigado a fugir de sua terra natal.
Pelo menos, era o que ela pensava. Até que o pesadelo de seu vergonhoso passado voltou para atormentá-la.
Agora, correndo perigo, precisava pedir a proteção de Thad, o único homem capaz de salvá-la… ou arruiná-la!
Capítulo Um
México, 1885
Thad Conway ouviu um barulho na porta de entrada da cadeia. Por força do hábito, a mão dele foi até o lado direito dos quadris, onde em geral levava um revólver. Daquela vez, porém, não tinha nenhuma arma com que se defender.
No escuro, ouviu o inconfundível clique de um revólver sendo engatilhado, um som que conhecia muito bem. Então, preparou-se para o que estava por vir.
Olhando pela pequena janela gradeada ele podia ver o céu escuro e estrelado. Devia ser por volta de meia-noite, uma hora pouco própria para visitas, mesmo numa cadeia mexicana.
As dobradiças enferrujadas rangeram quando a porta da frente foi aberta. A luz mortiça de uma lanterna iluminou o ambiente à frente dele, mostrando duas figuras. O homem que segurava a lanterna também empunhava um revólver. O outro enfiou a chave na fechadura e abriu a porta da cela.
— Desculpe a demora, senor Conway — disse delegado, numa voz rouca e de forte sotaque espanhol. — Nosso mensageiro levou dois dias para ir até as terras de don Esteban e mais dois para voltar com a informação de que precisávamos.
Thad ficou esperando, sem dizer nada.
Depois de alguns segundos de pesado silêncio, o homem limpou a garganta e prosseguiu:
— Don Esteban confirmou que a égua em seu poder não era roubada. De fato, como nos disse… você a comprou a dele.
A única reação de Thad foi apertar levemente os olhos.
Como se sentisse um calor provocado pela raiva do ex-prisioneiro, o delegado deu um passo atrás.
— Espero que compreenda o nosso engano — ele se desculpou, com a voz trêmula. — Um homem como você… Todos nós já ouvimos falar da sua habilidade com o revólver. Era natural concluir que o Texano houvesse roubado a égua puro-sangue de don Esteban.
Então o mexicano se voltou para o homem atrás dele, que entregou o revólver e o cinto-cartucheira.
— Sua arma, senor.
Sem uma palavra, Thad passou a cartucheira em volta da cintura e pôs o revólver no coldre. Depois, pegou o chapéu de cima de um banquinho ali perto. Só então quebrou o silêncio que havia se imposto.
— Onde estão meus cavalos?
O carcereiro olhou para o chão, temeroso de enfrentar a frieza daqueles olhos.
— Estão lá fora.
Thad passou pelos dois homens e saiu na noite fria. Pacientemente examinou a égua, certificando-se de que ela havia sido bem cuidada na ausência dele. Depois examinou também o cavalo e verificou o conteúdo das bolsas da sela. Finalmente, apertou a cilha dos dois animais, montou no cavalo e segurou as rédeas da égua.
Sem olhar para a cadeia onde ficara confinado nos últimos quatro dias, bateu de leve com as esporas no ventre do animal e rumou para a fronteira.
Os dois mexicanos suspiraram aliviados. O famigerado homem conhecido como o Texano não era mais responsabilidade deles.
— E melhor se preparar, moça. Logo a estrada vai ficar bem ruim.
No escuro, ouviu o inconfundível clique de um revólver sendo engatilhado, um som que conhecia muito bem. Então, preparou-se para o que estava por vir.
Olhando pela pequena janela gradeada ele podia ver o céu escuro e estrelado. Devia ser por volta de meia-noite, uma hora pouco própria para visitas, mesmo numa cadeia mexicana.
As dobradiças enferrujadas rangeram quando a porta da frente foi aberta. A luz mortiça de uma lanterna iluminou o ambiente à frente dele, mostrando duas figuras. O homem que segurava a lanterna também empunhava um revólver. O outro enfiou a chave na fechadura e abriu a porta da cela.
— Desculpe a demora, senor Conway — disse delegado, numa voz rouca e de forte sotaque espanhol. — Nosso mensageiro levou dois dias para ir até as terras de don Esteban e mais dois para voltar com a informação de que precisávamos.
Thad ficou esperando, sem dizer nada.
Depois de alguns segundos de pesado silêncio, o homem limpou a garganta e prosseguiu:
— Don Esteban confirmou que a égua em seu poder não era roubada. De fato, como nos disse… você a comprou a dele.
A única reação de Thad foi apertar levemente os olhos.
Como se sentisse um calor provocado pela raiva do ex-prisioneiro, o delegado deu um passo atrás.
— Espero que compreenda o nosso engano — ele se desculpou, com a voz trêmula. — Um homem como você… Todos nós já ouvimos falar da sua habilidade com o revólver. Era natural concluir que o Texano houvesse roubado a égua puro-sangue de don Esteban.
Então o mexicano se voltou para o homem atrás dele, que entregou o revólver e o cinto-cartucheira.
— Sua arma, senor.
Sem uma palavra, Thad passou a cartucheira em volta da cintura e pôs o revólver no coldre. Depois, pegou o chapéu de cima de um banquinho ali perto. Só então quebrou o silêncio que havia se imposto.
— Onde estão meus cavalos?
O carcereiro olhou para o chão, temeroso de enfrentar a frieza daqueles olhos.
— Estão lá fora.
Thad passou pelos dois homens e saiu na noite fria. Pacientemente examinou a égua, certificando-se de que ela havia sido bem cuidada na ausência dele. Depois examinou também o cavalo e verificou o conteúdo das bolsas da sela. Finalmente, apertou a cilha dos dois animais, montou no cavalo e segurou as rédeas da égua.
Sem olhar para a cadeia onde ficara confinado nos últimos quatro dias, bateu de leve com as esporas no ventre do animal e rumou para a fronteira.
Os dois mexicanos suspiraram aliviados. O famigerado homem conhecido como o Texano não era mais responsabilidade deles.
— E melhor se preparar, moça. Logo a estrada vai ficar bem ruim.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!