12 de setembro de 2010
Coração Conquistado
Inglaterra, 1153
Da vingança à paixão
Quando o país é assolado por uma sangrenta guerra civil, e a propriedade e os bens da família de Griffyn Sauvage são usurpados, o coração dele endurece com a dor da traição e o desejo de vingança.Griffyn será capaz de qualquer extremo para vingar-se, até mesmo formar uma aliança com seu mais odiado inimigo, casando-se com a filha dele, lady Guinevere de l'Ami.
Porém, quando pousa os olhos em Gwyn, Griffyn fica completamente desarmado...
À medida que a guerra avança, Gwyn se vê sozinha para lutar contra os inimigos que querem dominar as terras de seus ancestrais.
Quando Griffyn surge em seu socorro, ela fica grata pelo fato de o valente e misterioso cavaleiro ter arriscado a própria vida para proteger a sua.
A cada dia que passa, Gwyn se sente mais atraída por ele, mesmo pressentindo que Griffyn esconde dela um segredo sombrio.
E quando outro perigoso inimigo fecha o cerco sobre ambos, a confiança e o amor de Griffyn e Gwyn um pelo outro são submetidos à mais dura das provas...
Prólogo
Docas de Barfieur, Normandia, França 1 de abril de 1152― Quanto é? O capitão do navio olhou desconfiado para o homem de ar intimidante à sua frente. A chuva caía de lado nas docas vazias de Barfieur e estava escuro, um pesado silêncio pairando no ar.
Mais assustador, porém, era o modo como o capuz do homem, puxado para a frente, cobria-lhe parcialmente o rosto com sombras, onde apenas os olhos cinzentos se viam, brilhando feito brasas meio acesas.
— Mais do que um tipo como você pode pagar — resmungou o capitão, fazendo menção de se afastar.
Uma mão se fechou em torno do braço dele.
— Posso pagar mais do que um tipo como você já sonhou em ver. — Um saco de moedas foi atirado na mão calejada. — Isso é o suficiente?
O capitão arqueou as sobrancelhas grossas e, então, abriu bruscamente o saco.
Moedas de ouro e cobre se esparramaram, tilintando alto no silêncio das docas molhadas. Ele olhou na direção da tabuleta torta de uma taverna, vários metros adiante no cais e, em seguida, guardou rapidamente as moedas de volta no saco e amarrou-o.
— Eu farei o serviço.
Um riso baixo, zombeteiro, foi a resposta.
Ele guardou o saco debaixo do manto. Estreitou os olhos de encontro ao brilho intenso da luz proveniente das tochas que se refletia no chão escorregadio das docas. Ò manto do homem esvoaçava sob a chuva fina. Era difícil distingui-lo como uma figura sólida. Parecia etéreo e sombrio no vento escuro.
O capitão tocou a barba grisalha.
— Quantos de vocês falou que havia?
— Treze.
Ele se inclinou para a frente, tentando distinguir um rosto, mas a noite e o capuz o ocultavam. Até o cavalo do homem, parado a um metro ou dois era tão preto que teria ofuscado uma tocha.
— Sim, um número de azar, para se fazer coisas que trazem azar, sem dúvida.
Músculos se avolumaram quando o homem cruzou os braços sobre o peito.
— Sem dúvida. Mas não tanto azar quanto você terá se falar sobre isto a alguém.
O capitão tocou o saco de moedas sob o manto.
— Bem, quando eu estiver me divertindo com muita comida, bebida... e mulheres — riu ele —, não terei necessidade de contar histórias.
Os velados olhos cinzentos observaram-no fixamente, e o capitão parou de rir e pigarreou.
— Para onde querem ir?
— Meia légua a oeste de Wareham. Ele gelou.
— O quê? É perigoso demais navegar por aquela enseada. Não posso correr o risco...
Com gestos ágeis, o Homem enfiou a mão no manto do capitão e pegou de volta o saco de moedas de ouro.
— Outro alguém correrá o risco, então. E ficará com o dinheiro.
— Não, senhor, está certo. — O capitão umedeceu os lábios, observando o saco de dinheiro.— Não disse que não o farei, apenas que não é prudente é que não posso ser responsabilizado por nenhum infortúnio.
A figura grande e encapuzada sorriu com ar um tanto sombrio.
— Farei muitas coisas imprudentes, capitão, e não lhe pedirei que responda por nenhuma delas. Amanhã cedo estarei aqui com os meus homens.
— Combinado — resmungou o capitão, tornando a guardar o dinheiro com um suspiro de alívio.
O vulto fez menção de se afastar.
— E nós temos cavalos.
Quando o capitão se virou, já era tarde demais.
— Bem, o que... — Ele parou de falar, percebendo que já estava sozinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!