8 de abril de 2011
Marcada Pelo Passado
Deborah Tollin viu seu sonho de amor tornar-se realidade quando o elegante e jovem lorde Robert Eversley a pediu em casamento.
O amor profundo que brilhava nos olhos verdes do lorde espelhava os sentimentos que ela guardava no coração.
Era a felicidade.
Mas o resto da tempestade de ódio que abalara a família Tollin, vinte anos atrás, veio destruir o presente cheio de ilusões da meiga Deborah...
Capítulo Um
—Tia Sarah! O que está fazendo?
A frágil senhora de cabelos prateados estremeceu e se encolheu entre os vasos de palmeiras, cujas frondes a ocultavam.
O hall estava deserto.
A maioria dos convidados para aquela noite já tinha chegado.
Dançavam no salão de baile ou se divertiam no gabinete, circulando pelas mesas de jogos.
—Deborah! — ela exclamou. — Você me assustou, menina.
—Ah, tia Sarah, olhe só para a senhora! — Deborah Tollin a censurou, enquanto se aproximava, farfalhando suas saias de cetim.
— Por que a senhora se escondeu?
—Não estou me escondendo, Deborah — protestou Sarah Beldon.
—Estava apenas... descansando.
—Mas tia Sarah! — continuou Deborah, com expressão preocupada nos olhos azuis. — Não precisa se esconder. Desculpe, queria dizer "descansar".
—Não me sinto à vontade no meio da multidão — admitiu a tia, finalmente. — Não estou acostumada a isto!
—Mas tia! — exclamou Deborah, surpresa. — A senhora me acompanhou a dúzias de acontecimentos, desde minha apresentação... bailes, chás, festas, passeios...
—Isto é diferente, meu amor — respondeu tia Sarah, explicando. — Numa festa oferecida por outros, sou apenas mais uma tia solteirona. Posso ficar sentada num cantinho, observando os jovens que se divertem, dançam, flertam, e ninguém se preocupa comigo.
Mas este é seu baile, Deb, sua festa!
Com seu pai ausente, sou obrigada a desempenhar um papel muito mais ativo do que gostaria. —Lançou um olhar franco à sobrinha.
— As pessoas começarão a falar, Deb. Não quero que fique prejudicada pelos meus erros.
—Tolices — retrucou Deborah.
— O passado passou, e vamos deixá-lo onde se encontra, está bem? — Colocou o braço da tia sob o seu e começou a levá-la na direção do salão de baile, brilhantemente iluminado.
— Se alguém for malcriado com a senhora, quero que me conte quem foi. Promete?
Deborah, não seria este o momento de fazer uma cena...
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!