9 de abril de 2011
Pedido de Casamento
Casamento sem amor?!
Regina tem ideias avançadas para sua época e sonha com o dia em que as mulheres terão os mesmos direitos que os homens.
Ela sabe que é perda de tempo tocar nesse assunto com Jonathan Parker, e decide evitar trocar ideias com o arrogante e prepotente industrial, até o dia em que descobre o lado sensual daquele homem...
Inteligente, espirituosa e linda, Regina é a mulher perfeita para ser a noiva que Jonathan almeja.
Mesmo sabendo que as ridículas ideias feministas de Regina podem ameaçar sua vida estável e organizada, Jonathan está empenhado em cortejá-la.
Mas será que uma união, por mais conveniente e ideal que seja, poderá preencher o vazio de uma vida sem amor?...
Capítulo Um
Estado de Nova York, Inverno de 1889
Era fim de tarde quando Regina Van Buren abriu a porta de sua casa e deparou-se com um estranho. Um vento forte e gelado que vinha do rio Hudson movimentava os flocos de neve que estavam por toda parte.
— Srta. Van Buren? — indagou o homem, com uma voz profunda, mas agradável. Como tinha a gola de seu sobretudo voltada para cima para protegê-lo do frio e a aba do chapéu puxada sobre o rosto, Regina mal conseguia ver-lhe as feições.
— Sim — respondeu ela, estremecendo devido ao vento. E, erguendo o rosto, olhou por sobre os ombros largos do estranho em direção à rua. Como não havia nenhuma carruagem a sua espera, achou que ele teria caminhado direto da estação que ficava na parte sul da cidade. Pouco provável, considerando as terríveis condições climáticas do dia. Mas talvez tivesse vindo da grande casa que ficava logo em frente, por isso Regina supôs que ia finalmente conhecer o misterioso sr. Parker.
— Posso entrar? — ele pediu, batendo as botas para livrá-las da neve. — Está frio demais aqui fora.
— Claro... — Regina afastou-se. Não tinha o que temer, já que não se encontrava sozinha em casa. A sra. Chalmers estava na cozinha, assando pães para o jantar. A corpulenta cozinheira sabia brandir um rolo de macarrão melhor do que muitos homens lidavam com uma espada. Além disso, não era da natureza de Regina temer um desconhecido.
Jonathan entrou na casa com seus olhos cinzentos avaliando a mulher que o tirara do frio. Já a tinha visto antes, embora a distância, e a visão que tinha agora não o decepcionava. Os cabelos castanhos e brilhantes estavam presos em um coque elegante no alto da cabeça e havia cachos caindo dele, o que a deixava com um rosto ainda mais bonito. De maneira ousada, ele baixou os olhos para as curvas do tronco, coberto por uma blusa de renda branca, depois para a cintura fina e, mais abaixo, para os quadris cobertos por uma bela saia de veludo azul escuro. Ela era baixa, quase não lhe chegava aos ombros, mas tinha olhos intensos, de um azul cativante.
— Espero que minha visita não seja inconveniente — Jonathan desculpou-se.
Regina não conseguiu deixar de olhá-lo quando o viu tirar o chapéu, revelando cabelos muito negros. Ele era alto e sua postura parecia militar. Os olhos, de uma cor que variava entre o azul e o cinza, eram um belo complemento para o rosto viril e atraente. Tinham uma expressão que ela logo entendeu como um aviso para que o mundo se mantivesse distante.
— Não, claro que não, sr. Parker — disse, deduzindo que seu visitante deveria ser o enigmático homem que há pouco tempo comprara a fábrica de tecidos. O homem sobre quem a pequena cidade de Merriam Falis vinha comentando há semanas.
Ao fechar a porta atrás de si, Regina avaliava sua reação àquele homem em particular. Normalmente, ela nem sequer olhava para os homens, achando-os todos arrogantes e com atitudes antiquadas.
Mas havia alguma coisa de especial no homem que acabara de entrar. Imaginava se os rumores que ouvira sobre ele seriam verdadeiros.
Com certeza, ele tinha posses. Suas roupas e botas eram refinadas. Falava e se comportava como um cavalheiro, mas, por baixo de toda essa elegância ela podia perceber uma certa sombra em seu caráter, um lado negro em sua alma.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!