15 de abril de 2011
Um Convite Ao Pecado
Nunca te vi, sempre te amei...
Abigail nunca viu um homem tão charmoso como Calvin Garrett, o profissional com ótimas referências que ela contratou como mordomo.
As recentes invasões em sua propriedade levaram Abigail a buscar a segurança de uma figura masculina na casa.
Mas o efeito que a proximidade de Calvin exerce nela, tem muito mais a ver com um profundo anseio de preencher o vazio em seu coração do que sentir-se protegida contra o perigo que a ronda.
As noites insones de Abigail e o magnetismo do atraente e sexy Calvin formam uma combinação explosiva que promete transformar a jovem solitária em uma mulher pronta para entregar-se à paixão.
Porém um perigo bem mais insidioso ameaça a paz de espírito de Abigail...
As visitas, cada vez mais frequentes, de sua vizinha Katrina, uma mulher sensual e ardilosa, capaz de ir a qualquer extremo para seduzir Calvin!
Capítulo Um
Por detrás de um buraco da parede, olhos ávidos observavam o homem que se aproximava do bar.
Ele se assemelhava a tantos outros que haviam passado por aquela viela deslocada do centro londrino.
Provavelmente um nobre, já que a classe social mais alta parecia ter uma predileção especial por aquele bar.
Os olhos do estranho brilharam ao luar quando ele parou por um momento na entrada do prédio.
Como os sem-teto e as prostitutas já não muito novas que frequentavam aquela área, o sujeito permaneceu parado diante de uma porta pintada de um tom de vermelho.
O assaltante observou-o com interesse, detendo-se nas vestes finas e na corrente de ouro do relógio do estranho.
Mas uma olhada no visitante foi tudo o que o ladrão precisava para concluir que um assalto estava fora de questão.
O homem tinha duas vezes o seu tamanho, e a expressão de seu olhar, quando ele percebeu a presença de alguém observando-o, era capaz de paralisar o mais ousado dos ladrões.
Calvin aceitou a mão que Thomas lhe estendia.
O marquês empurrou a porta vermelha tão bem especificada no bilhete e entrou no bar.
— Quer tirar o casaco, milorde? — perguntou um garçom, solícito.
Enquanto tirava chapéu e casaco, Calvin Garrett deu uma olhada ao seu redor.
Notou imediatamente que o lugar não estava tão cheio àquela hora como a maioria dos clubes frequentados por cavalheiros.
O ambiente permanecia na penumbra e a atmosfera parecia tranquila.
O único garoto presente era aquele que agora lhe tirava as luvas.
A maioria dos homens estava em pequenos grupos em volta de mesas laqueadas e somente um se sentava sozinho em um canto da sala.
Calvin reconheceu o homem que o havia convidado para vir até o bar Justin.
O jovem lorde ergueu os olhos quando Calvin se aproximou de sua mesa.
Thomas Wolcott, cujo semblante costumava ser sorridente, estava agora visivelmente perturbado, apesar de demonstrar satisfação ao avistar o amigo.
Levantou-se.
— Achou facilmente este lugar? — perguntou.
Calvin aceitou a mão que Thomas lhe estendia, cumprimentando-o.
— Tive minhas dúvidas quando comecei a seguir as suas indicações. Pensei que havia errado o caminho. Estou surpreso que frequente esta parte da cidade, Thomas.
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