1 de abril de 2011
Uma Dama Do Além
A bela e misteriosa Lilly Tearwater estava longe de ser uma dama.
E muito perto de ser um enigma! Samuel Temple quer a todo custo encontrar uma explicação para as aparições misteriosas que acontecem na estalagem de Lilly.
Mas os planos de Sam desmoronam ao conhecer de perto a exótica beldade.
E agora, Sam está completamente enfeitiçado.
De alguma forma, ele sente que aquela mulher tão diferente pode lhe proporcionar a melhor aventura de sua vida.
Capítulo Um
Ravenwell Cottage, Cumbria, Inglaterra, meio do verão de 1886.
Crepúsculo. A hora do dia em que as ilusões de Lilly Tearwater funcionavam melhor. Enquanto seus hóspedes prendiam a respiração e assistiam, atônitos, uma forma humana turva flutuava pelo ar, vinda dos portões do jardim na direção do andar superior da estalagem.
Ela soltou um grito melancólico ao desaparecer numa das janelas do sótão.
Lilly observou dos jardins quando um pequeno grupo de visitantes começou a conversar entre si, pasmos com o espetáculo que haviam acabado de presenciar.
E ela aguardou para descobrir que consequências inesperadas teriam os atos dela. Alguma coisa sempre acontecia.
Um instante mais tarde, um grande vaso de plantas caiu da parede do jardim e estilhaçou-se na calçada.
Lilly respirou fundo e se sentiu afortunada por não ter ocorrido um desastre maior como resultado de seu trabalho.
Por experiência, sabia que qualquer coisa poderia acontecer, e isso a preocupava. Lilly nunca soubera o que pensar a respeito de suas estranhas habilidades, assim como Maude Barnaby, a viúva que anos atrás a trouxera do orfanato de Saint Anne, em Blackpool, para Ravenwell.
Tia Maude, como Lilly a chamava, a proibira de usar seu talento de fazer as coisas acontecerem apenas com determinado pensamento.
Maude tinha certeza de que só podia ser obra do diabo, e não queria nada disso em Ravenwell.
No entanto, Lilly não sentia o mal no que fazia.
Era apenas parte de si, uma parte meio constrangedora, assim como seus cabelos negros rebeldes. Ou os estranhos olhos de cor violeta.
Lilly supunha ter herdado o talento, assim como o cabelo e os olhos, dos pais, que nunca conhecera.
Lilly nunca saberia se eles haviam sido ciganos ou irlandeses itinerantes.
Mas Maude deixara bem claro que se alguém viesse a descobrir o poder de Lilly, ela seria banida.
Seria repudiada e vilipendiada como feiticeira.
— Ah, meu Deus! — gritou uma voz estridente. Lilly virou-se para ver Ada Simpson atravessando os portões.
A mulher trazia um pequeno pacote apertado de encontro ao peito magro e seu olhar estava fixo na janela do sótão.— Ha...
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!