23 de maio de 2011
O Lírio Negro
Confissões de um vestido preto...
Thalia Langley o avistou em meio às sombras e, no mesmo instante, soube que o homem à sua frente não era um santo piedoso.
Ele podia alegar ser o primo do interior do duque de Hollindrake, mas um homem com aquela beleza, aquele porte e aquele charme enigmático só podia ser bem mais do que dizia ser.
Sua graça felina e seu magnetismo faziam Tally tremer só de imaginar as coisas que ele seria capaz de fazer... com ela... e os segredos que ele poderia desvendar.
De fato, lorde Larken não é um vigário tímido e atrapalhado, e sim um espião a serviço do rei, incumbido de encontrar... e matar... um notório criminoso que fugiu da cadeia.
E ele não irá permitir que nada, nem ninguém, interfira em seus planos, nem mesmo uma mulher linda e inocente... bem, talvez não tão inocente.
Larken não pode se deixar levar pela tentação, mesmo quando vê Tally naquele vestido preto esplendoroso, um vestido que revela muito mais do que deveria, a ponto de enlouquecer um homem e fazer derreter seu coração...
Capítulo Um
— Tally, o que está fazendo aí agarrada à sua male¬ta com nossos textos como se alguém estivesse querendo roubá-la? — Philippa Knolles perguntou.
— Alguém está querendo fazer exatamente isso, Pippin — respondeu Thalia Langley, prima de Philippa, apontando na direção onde se encontrava sua irmã, a antes srta. Felicity Langley, agora duquesa de Hollindrake.
Felicity estava parada junto à área de troca de cavalos, dando ordens aos criados com precisão militar.
— Ela está reacomodando a bagagem? — Pippin sur¬preendeu-se com a pilha de caixas e baús colocados no chão diante da hospedaria.
— De novo. — Tally suspirou, compartilhando seu olhar desgostoso com seu cachorro, Brutus, que estava junto à barra de seu vestido. — Mania dela. Felicity costumava fazer isso para papai quando estávamos viajando pela Europa. Mandava mudar os baús e sacolas de lugar de novo e de novo. Não se lembra como ela infernizou aqueles pobres criados quando nos mudamos para Londres no inverno passado?
— Oh, sim. Havia me esquecido. Talvez Hollindrake pudesse sugerir...
— Eu já o alertei a nem gastar o seu fôlego com isso. Papai e eu aprendemos a jamais discutir com Felicity. Brigar de nada adiantava mesmo, e ela terminava fazendo tudo do jeito dela.
— E existe mesmo um jeito particular de se distribuir as bagagens pelas carruagens? — Pippin tentou armar-se de um ar de total inocência, mas seus olhos não escondiam o bom humor.
Tally riu.
— Não existe nada do tipo, mas Felicity está disposta a criar um método todo seu.
Mal havia lugar para a procissão de carruagens e outros veículos do duque naquele pequeno espaço em frente à hospedaria, quanto mais para a bagagem que agora ocupava o resto do espaço.
E a chegada da carruagem oficial do duque, assim como de um veículo coberto e com lugar para apenas três pessoas, havia piorado o caos já instalado.
Para tornar o tumulto completo, passageiros e carteiros foram chegando à área.
A bagagem da carruagem principal ainda estava sendo redistribuída, enquanto alguns passageiros partiam e outros se agitavam, tentando se acomodar em seus assentos.
— Não vou perder meu caderno nem a caixa de jóias — Tally declarou, agarrando-se à sua maleta. — E uma de nós deveria ficar vigiando nossa bagagem. Não duvido que acabe debaixo de uma montanha de caixas com pratos. Sem contar o risco de Felicity insistir para que tia Minty mude de lugar também.
— Felicity não faria isso! — Pippin declarou, apesar de lançar uma olhadela nervosa à recém-duquesa. — Acredito que ela esteja ocupada demais para notar nossas pobres posses.
A resposta de Tally foi apenas um olhar de ironia.
— Oh, Deus, você tem razão. — Pippin franziu a testa. — Veja, ela está mandando um criado vir em nossa direção!
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OI adorei o teu blog, não querendo abusar, mas acabo de criar um blog sobre Romances Julia, Sabrina e Bianca e gostaria de saber se nós podemos ser correspondentes?
ResponderExcluirSe vc puder da uma olhadinha no meu blog. Valeu pela atenção
Bjusss!
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