Uma atraente mulher cumpre pena pelo assassinato de seu marido. Ao sair em liberdade condicional, Rachel é presa de novo por vadiagem, mas desta vez o visconde D'Aubrey, um dos magistrados que a julgam, oferece-lhe a oportunidade de redimir-se trabalhando como governanta para ele. Rachel suspeita das intenções do visconde, um jovem libertino e alinhado, mas nada pode ser pior que a prisão. Ou ao menos era nisso ela acreditava.
Capítulo Um
—Bastían,você não tem consideração! Como pode me dispensar deste modo? Já não deseja mais a Lili?
—Te adoro - assegurou Sebastian Verlaine apartando mais uma vez a mão obstinada de sua amante de sua coxa. Pela janela da carruagem viu desaparecer progressivamente as chaminés de Lynton Great Hall, sua duvidosa herança, depois da fileira de velhos carvalhos. Não podia evitar não gostar de sua nova casa. Pois era difícil admirar sua grande magnificência quando pensava nas goteiras, descascados, as paredes desmoronadas e no quanto custariam os mínimos acertos.
—Por acaso não nos damos bem? Não nos divertimos brincando em sua nova baignoire? Hã? Bastían me escute!
—Foi maravilhoso, querida - respondeu maquinalmente, beijando-lhe os dedos. Cheiravam a perfume e sexo, uma essência que nesse momento ele não era capaz de apreciar, ou ao menos não na medida em que solicitava um novo esforço a sua virilidade. Chegava ao ponto onde teria que dizer chega, e quatro dias com suas noites na íntima companhia de Lili Duchamps já era, como diria ela mesma, “plus qu'il n'en fant” mais que suficiente.
—Oui, querido—concluiu ela, Colocando-lhe o dedo indicador nos lábios e batendo em seus dentes com a unha—. Esqueça de seus estúpidos negócios e vem comigo a Londres. Nunca fizemos amor em um trem, oui.
—Juntos, não - reconheceu depois de pensar. Mordeu-lhe o dedo causando dor e ela o tirou de sua boca olhando-o fixamente. Teria gostado de poder dizer: “Fica linda quando se zanga”, mas não seria verdade.
—Que crueldade! Chama-me para vir... a Piymouth - pronunciou como se fosse a Antártida—, e obrigar--me a pegar o trem para Londres totalmente sozinha... c'est bar-bare, c'est vil!
—Mas se veio sozinha - apontou—, e agora só tem que fazer o mesmo, mas ao contrário. —por cima de seu cabelo louro, perfeitamente arrumado, observou o pitoresco desfile de casas com telhados de palha à medida que a carruagem avançava ruidosamente para o Wyckerley sobre os paralelepípedos de High Street. Supôs que as cabanas teriam encanto, com suas águas-furtadas, frondosos jardins e fachadas de cor clara; mas interrompeu sua apreciação estética ao pensar que certamente na maioria delas viviam seus arrendatários. Deste ponto de vista não eram tão encantadoras; era tal qual à casa principal, um montão de velhas construções que reclamavam seu dinheiro e sua atenção.
—Mas por que não pode vir comigo? Odeio-te! —Elevou a mão, mas ele a agarrou antes que pudesse lhe dar uma bofetada. Agora que já conhecia seus ataques de fúria, não voltaria a pegá-lo de surpresa.
—Cuidado - disse com o mesmo tom suave e ameaçador com que a tinha seduzido, o fato de que seguisse sendo eficaz era um dos motivos de que sua relação tivesse começado a esfriar-se—. Não brinque com minha paciência, Ma chérie, ou terei que te castigar.
O brilho resplandecente dos excitados olhos dela o fez rir...
—OH! —gritou ela, batendo em seu peito com os punhos—. Besta! Canalha! Porco ingrato!
—Não, querida, isso é você. —corrigiu, mantendo as mãos dela sobre o colo. O inglês de Lili não era fluente e em ocasiões o chamava do mesmo modo que seus desdenhosos amantes a chamavam. - Agora me beije e diga adeus. A justiça me espera.
Trilogia Wyckerley
1 - Lealdades Enfrentadas
2 - A Mulher Cativa
3 -Para sempre na Eternidade
Série concluída
2 de agosto de 2011
A Mulher Cativa
Trilogia Wyckerley
ola! não achei a autora do livro a mulher Cativa da Patricia Gaffney na biblioteca
ResponderExcluirObrigada por avisar, carreguei por favor olhe novamente na biblio. boa leitura! bj
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