18 de setembro de 2011
Alguém Que Diga Sim
O desafio de um conquistador...
Depois de uma juventude transviada, David Reece é considerado um dos mais escandalosos conquistadores da aristocracia.
O que ele quer agora é tornar-se um homem responsável, e para provar isso, concorda em tomar conta da propriedade do irmão, durante a ausência deste, bem como de seu anel de sinete.
Tudo corre perfeitamente bem, até que salteadores de estrada interceptam seu coche e lhe roubam o precioso anel...
Órfã de rua, Vivian Beecham cresceu como batedora de carteiras.
Uma linda batedora de carteiras, por sinal.
Agora, ela e o irmão decidiram, com certa relutância, praticar assaltos em estradas
o atraente David Reece é uma de suas vítimas, até que ele decide persegui-la e fazê-la sua prisioneira.
Trancada em um quarto de despejo, Vivian jura se vingar de seu raptor.
Em vez disso, porém, torna-se o maior desafio de David, e objeto de uma paixão avassaladora e de um amor proibido...
Capítulo Um
Londres, 1850
Há um momento na vida de todo bon-vivant em que ele decide abandonar os vícios, abrir mão de seus hábitos menos recomendáveis e se tornar um homem respeitável.
Sabe-se que um conquistador não sobrevive à passagem da juventude, da boa aparência e ao fim de sua fortuna.
David Reece tinha consciência disso e resolvera parar de brincar com a sorte.
— Já está tudo acertado com Adams — anunciou Marcus, seu irmão. — Ele estará pronto para atendê-lo, assim como o sr. Crabbet, o gerente do banco, e o sr. Rathbone, meu advogado.
— Excelente — disse David.
Durante a última hora, ele havia tomado conhecimento do que precisaria fazer enquanto o irmão estivesse fora, e aquela era a primeira vez que oferecia ajuda.
Marcus, porém, não o considerava em condições de assumir os negócios de Exeter sozinho.
Marcus colocou os documentos sobre a mesa, declarando:
— Adams é um secretário honesto, mas também jovem e inexperiente. Talvez não deva confiar em absolutamente tudo o que ele lhe disser.
David comprimiu os lábios.
— E quanto ao antigo assistente de papai? — indagou, lembrando-se do senhor eficiente que trabalhara durante anos para a família.
—O sr. Cole foi forçado a se aposentar devido a um problema de saúde. Se conseguir fazer com que ele se recupere e volte a trabalhar, eu lhe seria imensamente grato.
David suspirou, mal-humorado.
Cole conhecia Exeter até do avesso. Tinha dê se aposentar justamente agora?
— Mas ele deve ter passado parte de seu conhecimento para esse tal Adams.
— Parece que não. — Marcus se levantou. — Por isso preciso de você, David. Não há ninguém mais em quem eu confie.
David concordou com um gesto de cabeça.
Em parte por ter consciência disso, em parte por estar surpreso com tanta confiança. Não se lembrava de o irmão ter acreditado nele alguma vez na vida.
E depois do que acontecera na última primavera, então, era um verdadeiro milagre que Marcus ainda falasse com ele.
E maior milagre ainda que lhe pedisse para tomar conta dos negócios por três meses. Mais um motivo para temer fazer alguma bobagem.
Ergueu-se, decidido, observando o irmão guardar uma quantidade assustadora de papéis em uma valise de couro, que colocou sobre a mesa.
— Estes são os papéis que eu mais uso — Marcus comunicou. — O resto está em Londres, no meu escritório. Por uma questão de conveniência, sugiro que trabalhe lá. — Sorriu e deu a volta na mesa. — Estou bastante aliviado que tenha concordado em tomar conta de tudo para mim — confessou, apertando-lhe os ombros. — De outro modo, duvido que eu conseguisse ficar fora por tanto tempo.
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