13 de setembro de 2011
Fantasia De Outono
A talentosa pintora de um ateliê de artes, Julia Harper, é convidada para pintar um mural que ilustra a vida na década de 1 880 na cidade de Bugtussie, no Texas, para a comemoração do Dia da Fronteira.
Ao pintar a figura de uma mulher descendo de uma diligência, Julia decide imprimir suas próprias feições ao rosto dela, e, para sua surpresa, de repente se vê tropeçando no degrau da diligência e caindo diretamente nos braços de Edwin Calloway, um homem que é tudo o que ela sempre sonhou...
Agora ela precisa decidir se a fama que conquistou no "futuro" se compara com uma vida de amor ao lado deste homem irresistível...
Capítulo Um
Estados Unidos, 1880
Julia, minha querida, você superou todas as minhas expectativas!
Maravilhoso o seu trabalho, muito bom!
Julia Harper olhou do alto da escadinha e sorriu para o prefeito de Bugtussle, Texas, um homem robusto e careca.
— Obrigada, Pete. Pintar este mural para a sua Octoberfest foi um trabalho muito gostoso de executar, e serviu para quebrar a minha rotina.
Julia passara as duas últimas semanas no pequeno distrito rural, trabalhando no mural que tinha sido contratada para pintar sobre a ampla fachada de uma loja que ficava na avenida principal, em comemoração ao aniversário de cento e vinte e cinco anos da cidade.
Todos os anos, Bugtussle celebrava oferecendo um rodeio, um desfile, um grande churrasco e danças de rua.
Naquele ano, o conselho da cidade tinha decidido representar o estilo de vida do século dezenove em um imenso mural.
— Tem certeza de que não quer mesmo mudar o seu ateliê de Fort Worth para a nossa cidade? — perguntou Pete McGrew.
— Todos aqui gostam muito de você, sabia? Adoraríamos ter uma artista famosa na região.
O nosso conselho até sugeriu que pintássemos o seu nome na caixa-d'água da cidade, como fez o povo de Yukon, Oklahoma, em homenagem a Garth Brooks.
Julia ficou na ponta dos pés para dar a pincelada final no parapeito do hotel de dois andares do século dezenove, representado no mural.
O convite de Pete McGrew era tentador.
Ela se acostumaria facilmente a viver em uma comunidade acolhedora, onde as pessoas a tratavam como se ela fosse um membro da família.
Afinal, não iria deixar nada para trás em Fort Worth, exceto por seu apartamento em um arranha-céu e o ateliê de arte.
Julia não tinha família nem amigos íntimos por lá.
Sua melhor amiga de infância, Cynthia Phelps, tinha sido transferida para a Filadélfia, e fazia um ano que ela não a via.
De fato, não havia nada em Fort Worth que Julia não pudesse embalar e despachar para o Sul.
Poderia morar em Bugtussle e ainda continuar viajando para os festivais de arte ao redor do país.
— Vou pensar no seu convite, Pete — disse, descendo dois degraus para dar uma pincelada de verde no telhado da antiga mercearia.
— Pense mesmo, garota — insistiu Pete.
— Vai pensar com carinho, não vai?
Pete sorriu, enlevado, enquanto apreciava as fachadas das lojas, a fileira de postes para amarrar cavalos e as carroças que Julia tinha pintado no mural.
— Fico tentando imaginar como teria sido viver em Bugtussle quando a cidade ainda estava em formação. Aposto que os nossos ancestrais pioneiros tinham um estilo de vida totalmente diferente do nosso.
— Imagino que tinham, sim
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