22 de outubro de 2011
O Falcão E A Pomba
O lorde de São Giorgio só procurava para sua irmã Bianca mantimentos escassos e pior vestimenta.
Assim quando o bonito e conhecido mercenário Piero de Manfredini pediu sua mão em matrimônio, Bianca reagiu com assombro e cólera ao feito de que seu irmão a ameaçasse a enviando a um convento se rechaçava a proposta.
Inteligente e ambicioso, Piero estava praticando o ardiloso jogo de enrolar a sua nova esposa com o único fim de solucionar um desacordo com sua família.
Mas conforme avançava o jogo, a voluntariosa Bianca ia confundindo-o, fazendo que seu coração se abrisse ao impensável.
Seria possível que o resultado do jogo não cumprisse com suas expectativas e em troca lhe mostrasse os aspectos mais íntimos do amor duradouro?
Comentário Da Revisora Inicial Kelly : Lindo simplesmente lindo é tudo o que eu tenho para dizer desse romance entre duas pessoas totalmente diferentes que se casam e vencem todas as dificuldades.
A história é por uma vez emocionante e hilariante, com cenas de fazer rolar de rir, e também de emocionar. Vale à pena ler esse romance.
Capítulo Um
Bianca de São Giorgio estava ajoelhada limpando uma mancha do chão de pedra do vestíbulo exterior da torre, que dominava a pequena cidade de São Giorgio, o centro do senhorio de seu irmão, quando chegaram Pietro de Manfredini e seu séquito, naquele luminoso dia de 1430.
Tinha saído das desmanteladas dependências que habitavam ela e seu irmão para ver que a mancha, que tinha visto com antecedência esse dia, seguia ali, imóvel, e que Lucia, a faxineira, tinha jogado água a seu redor e estava a ponto de afastar-se.
Bianca tinha emitido um grunhido de exasperação e tinha deixado claro sua opinião a Lucia.
—Muito difícil de limpar para uma pobre garota, Madonna — tinha balbuciado Lucia ressentidamente.
—Dê-me seu avental, o balde, a escova e o sabão — tinha respondido Bianca com brutalidade. Depois tinha se ajoelhado no chão para eliminar a ofensiva mancha ela mesma.
Não havia nenhuma tarefa na torre—não podia denominar-se castelo— por humilde que fosse que Bianca não tinha realizado em algum momento de sua vida.
As nobres pobres tinham que chegar a esses extremos para manter as aparências, em especial se eram tão ferozmente orgulhosas como Bianca e tinham um irmão tão indolente como Bernardo, que desconhecia o significado da palavra orgulho.
Alguém tinha que ocupar-se de que São Giorgio e a torre não degenerassem até converter-se em um desses senhorios de aspecto tão indefeso que um grupo mercenário ou um vizinho ambicioso decidissem atacá-lo sem prévio aviso.
Estava tão absorta em sua tarefa, que logo se estendeu para incluir o resto do sujo chão, que não ouviu os ruídos que indicavam a chegada de alguém importante.
Tampouco ouviu os passos aproximar-se, mas, inclusive se o tivesse feito teria pensado que se tratava de algum dos homens de armas de seu irmão.
Quando finalmente notou sua presença, estava tão convencida de que eram soldados de São Giorgio e de que, como era habitual, pisoteariam tudo se não lhes desse um grito, que Bianca seguiu esfregando sem elevar a cabeça.
—Parte daqui — gritou por cima do ombro sem elegância alguma — Não ponham seus enormes pés em meu trabalho, se souberem o que os convém!
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Adorei esse livro. Ele é lindo e revoltado com o pai que não assumiu a mãe dele, criando-o como um bastardo, e ela é divertida e carente, criada por um irmão relapso e mercenário, e se ressente de sua figura pouca feminina, quase a de um menino. O encontro dos dois é providencial e eles se divertem muito com as coisas que ela aprende ao longo a jornada até a seu novo lar. Só queria que houvesse mais romance, mas é ótimo assim mesmo.
ResponderExcluirRute
Que livro lindo! Engraçado, romantico, comovente... Tanto a mocinha quanto o mocinho são inteligentes, irônicos e engraçados. Amei ve-los se apaixonando. Entrou para minha lista de favoritos ♥
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