17 de março de 2012
Bonita E Perigosa
América do Norte, 1852.
Louise Livingsion sabia que não deveria ceder diante do sorriso mais sadutor que já vira em toda sua vida.
Sua resposta para qualquer pergunta que Ty Sanders fizesse deveria ser um sonoro não!
Mas o que fazer, se seus lábios teimavam em dizer sim!
Havia poucas mulheres come Louise Livingston naquela cidadezinha perdida num fim de mundo. Aliás, praticamente nenhuma, Ty admitiu.
Louise era ima mistura explosiva de sedurão e santidade.
E ele era o homem ideal para provocar a fagulha perigosa!
Mas Ty começou a perceber que a fagulha só se tornaria fogo se viesse acompanhada de um pedido de casamento!
Capítulo Um
Noisy Swallow, Califórnia Champanhe !
Incrível como está-melhorando!
Com ar surpreso, Niles Swaggart apontou para a bebida que Louise Livingston acabava de trazer para a porta de seu bar.
Gordy Jenkins olhou com desdém para a caixa de garrafas na carroça.
Ele não podia imaginar os mineradores rudes, que frequentavam o pequeno bar de Louise, tomando a bebida borbulhante.
— Nunca antes apareceu champanhe em Noisy Swallow — ele comentou. Niles sorriu e retorceu o bigode branco.
Aos quarenta e poucos anos, ele não era velho o suficiente para ter uma cabeleira alva, mas parecia não se importar com o fato.
Aliás, ele o considerava seu traço mais atraente.
— Ora. Gordy, quase nada jamais aconteceu aqui antes. Essa é a melhor parte de se viver numa cidadezinha que existe há apenas três anos. Há um mês, Niles estava morando na pensão de Louise, bebendo em seu bar e fazendo compras em seu armazém. Ele se considerava seu melhor freguês e, como tal, dizia-lhe o que pensava e flertava com ela abertamente.
— Com toda a franqueza. Louise, você está ficando refinada demais para mim.
Ela sorriu ao ouvir o comentário bobo. Por Deus, sentia-se tão satisfeita por estar de volta!
Depois de passar uns dias adquirindo mercadorias em Sacramento, Noisy Swallow era o próprio paraíso.
Embora só contasse com ruas enlameadas e com uma população oscilante de mineradores, era sua cidade.
Estava até contente por rever Niles, apesar de ele ser um tanto excêntrico.
— Já estou rica demais para você, Niles.
— Ele riu. — Tenho recursos e, qualquer dia destes, vou abrir um negócio. Aí, você terá de se casar comigo.
— Será?
— Você é dona de tudo nesta cidade desde o início. Se eu abrir um estabelecimento, aposto como você se casará comigo só para manter seu monopólio no comércio.
— Niles, você jamais terá um. Isso significaria trabalho, a única coisa que você não suportaria. Louise ao contrário, dedicava-se ao trabalho de corpo e alma. Aprendera com a mãe.
— O que vai fazer com isto aqui? — indagou Gordy, ao curvar-se para pegar a caixa de champanhe.
— Aquele conhaque francês do ano passado continua na prateleira. Nos últimos seis meses, ninguém achou uma única pepita de ouro por aqui. E caso alguém ache, aposto como vai comemorar com bebida barata. — Conhaque, champanhe e mineradores não combinam — Niles concordou.
— Mas como não sou minerador, aprecio os dois. Niles orgulhava-se da refinada educação sulista. Gostava de contar, e a repetia sempre, a historia de seu duelo com um tal Finch, lá do Sul.
— Talvez tenha sido frivolidade minha. Mas sabe, minha mãe sempre contava como, no dia de seu casamento, o champanhe correu a rodo.
— Não diga!
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vim desejar aqui no blogue um feliz ano novo para todas as leitoras deste blogue
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