30 de abril de 2012
Para Sempre Em Seus Braços
A jovem condessa Sinnovea Altinai Zenkovna viaja a Moscou para ficar sob a tutela da princesa Anna e o príncipe Alexéi, seu marido.
Estamos em 1620, em pleno verão. Depois da morte dos pais da condessa, o czar decidiu que seria melhor para uma jovem solteira de sua idade, estar na corte onde sem dúvida alguma seria mais fácil encontrar um marido adequado.
O calor é horrível, os caminhos são desastrosos e ao desconforto da viagem, Sinnovea deve somar a desagradável companhia do clérigo Iván, homem mesquinho em quem a princesa Anna confia cegamente e que a acompanha como tutor.
Sinnovea sabe que as coisas não vão ser tão fáceis como quando seus pais viviam.
Sua educação no estrangeiro e seu conhecimento dos costumes nas cortes de outros países, serão sem dúvida um obstáculo que deverá superar na provinciana corte moscovita.
De repente, em plena viagem, para sua surpresa alguns ladrões assaltam a comitiva sem dar tempo para que os soldados reajam. Sinnovea vê em perigo sua honra e sua vida até que, quando já acreditava estar perto o final, aparece o coronel Tyrone Bosworth, militar inglês a serviço do czar, que consegue resgatá-la.
Desde o primeiro instante, entre eles nasce algo muito especial.
Mas ambos deverão demonstrar uma grande força para superar todas as armadilhas que a vida lhes proporcionará.
De um lado, o libertino príncipe Alexéi perseguirá Sinnovea sem descanso; de outra, o sórdido Iván fará intrigas para desprestigiar a ambos.
Comentário revisora Ana Catarina:Tenham paciência até o meio do livro. Pois o começo é chatinho. Mas do meio em diante eu gostei muito.
O mocinho é um assumido apaixonado, e se apaixona a primeira vista, dai para frente é só luta para conquistar a mocinha que é uma beleza, mas "carne de pescoço". Fiquei meio brava com ela, pois a achei muito submissa aos desejos de outras pessoas, que supostamente detinham sua tutela.
Achei que ela poderia ter lutado mais por sua liberdade. Mas de resto é bem bacana, e dá para ler tranquilamente. Gostei muito.
Capítulo Um
Rússia, algum lugar ao leste de Moscou 8 de agosto de 1620
O sol do entardecer brilhava fracamente através da névoa poeirenta que se depositava na lânguida quietude por cima das copas das árvores e banhava as pequenas partículas de areia com vibrantes tons de cor carmesim, de tal modo que o mesmo ar parecia arder em chamas. Era um fenômeno detestável, pois a aura avermelhada não prometia nem chuva e nem pausa à terra ressecada e sedenta.
O excessivo calor do verão e a prolongada seca tinham chamuscado as planícies e tornado estéreis as mesetas, secando o infinito mar de pasto até suas emaranhadas raízes.
Porém na região frondosa da Rússia, limitada para o norte e oeste pelo rio Volga e para o sul pelo Oka, o espesso bosque parecia relativamente intacto apesar da falta de chuva, embora os viajantes que atravessavam o vasto território não deixassem de sofrer a tortura do calor.
Em seus vinte anos de vida, a condessa Sinnovea Zenkovna tinha visto a grande variedade de facetas que sua terra natal podia apresentar.
Eram tão únicas como as mudanças das estações do ano.
Os longos e brutais invernos eram uma prova de resistência até para os mais entusiastas.
Mas com a chegada da primavera, o gelo e a neve que se derretiam criavam traiçoeiros pântanos que em tempos passados tinham demonstrado ser o suficientemente formidáveis para dissuadir as hordas dos tártaros saqueadores e outros exércitos invasores.
O verão se assemelhava a uma raposa temperamental.
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Eu gostei muito desse livro, é longo mas é muito bom. Também adorei seu blog, parabéns.
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