3 de junho de 2012
Por Amor
Espanha, 1491
Magdalena: Dona de uma determinação que se equipara à sua beleza, ela deixa para trás a corte real para enfrentar uma viagem através do oceano até o fim do mundo em busca do homem por quem é apaixonada desde criança, o belo espanhol Aaron Torres.
Ele é seu prometido por lei, e Magdalena tem no dedo o anel do pai dele, para provar isso.
Quando ela o encontrar, querendo ele ou não, ela o reivindicará como seu noivo!
Aaron: Marechal da frota de Cristóvão Colombo, ele enfrentou marinheiros amotinados e sobreviveu a uma perseguição religiosa que devastou sua família.
Agora, nas Índias, como emissário do governador da Colônia, vivendo entre os índios Taino, ele enfrenta uma batalha ainda mais difícil, contra os cavalheiros “civilizados” que querem escravizar um povo pacífico e destruir sua exótica cultura.
O Novo Mundo: Aaron, no entanto, está prestes a se envolver na maior de todas as batalhas de sua vida, uma em que sua espada não será de serventia alguma...
O Paraíso: Reunidos outra vez, apesar das barreiras religiosas e dos mares bravios, Aaron e Magdalena descobrem um paraíso luxurioso, repleto de perigo... e desejo
Capítulo Um
Norte de Palos de la Frontera, Outono de 1491
Às margens do preguiçoso rio Tinto, nos arredores da sonolenta cidade portuária de Palos de la Frontera, erguia-se o poderoso mosteiro de Santa Maria de la Rábida, cinzento e imponente.
Aaron detestava aquele lugar. Com a idade de quinze anos, fora mandado para lá como um convertido recentemente batizado para completar sua educação na religião cristã.
O filho mais novo da Casa de Torres fora dado como um símbolo de boa-fé por sua família, e deveria tomar os votos sagrados.
Com um sorriso sarcástico, ele passou pelo portão, recordando-se do garoto truculento que tinha desafiado e derrotado seus professores a cada passo, encontrando poucos aliados durante seus desgraçados anos sob a tutela dos padres franciscanos.
Agora, porém, ele voltava por causa de um jovem solitário de quem se tornara amigo, Diego Colombo, filho de um visionário cartógrafo genovês.
A mãe de Diego morrera em 1485, e ele se vira arrancado de tudo que lhe era familiar em Lisboa e depositado pelo pai empobrecido nas mãos dos professores franciscanos. Aaron, batizado com o mesmo nome do filho de Cristóvão Colombo, tornara-se o herói e protetor do menino.
Ambos sofriam os insultos dos outros alunos, pois o mais velho era um detestado judeu castelhano, e o mais novo, um igualmente detestado genovês, cujos compatriotas tinham enriquecido como banqueiros e emprestadores de dinheiro na pobre Castela e Aragão.
Aaron vira Diego poucas vezes nos últimos cinco anos, e nenhuma vez nos dois últimos, desde que se juntara ao exército do rei Fernando nas guerras contra os mouros. Bateu a mão de leve na carta que carregava, ao saudar o jovem de cabeça raspada no portão, enquanto, com arrogância, entregava seu cavalo aos cuidados no rapaz. — Procuro Cristóvão Colombo, o genovês. Ele e o filho Diego ainda estão aqui?
— Devem partir amanhã de manhã. Hoje à noite, jantam com frei Juan — respondeu o jovem frade, notando o ar de autoridade na postura do soldado.
O fidalgo alto e loiro era, por certo, um homem de alguma importância. Conduzia-se com uma segurança que exigia deferência.
— Veja a luz que queima...
— Sim, eu sei muito bem a localização dos aposentos de frei Juan, Benito — ele o interrompeu, impaciente. Calou-se por um momento, inspecionando o jovem desengonçado.
— Você é Benito de Luna, não é? O rosto redondo crispou-se por um instante num ar intrigado e nervoso, quando Benito rebuscou a memória.
— Diego Torres? — ele quase gritou, com voz rouca, agora genuinamente receoso do soldado de aspecto severo.
— Sim, o marrano em que você e seu amigo Vargas costumavam cuspir — confirmou Aaron com cordialidade, com uma das mãos descansando no cabo da espada. Observou o jovem frade recuar, tomado de um terror mortal.
Com satisfação mordaz, virou-se e atravessou o pátio na direção dos aposentos do guardião de La Rábida.
O ar do rio sempre fora opressivo, pensou, ao inalar o ar decadente e úmido.
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Discovery Duet
1. Por Amor
2. Return to Paradise
Oi Jenna
ResponderExcluirÉ a primeira vez que leio um livro da Shirl Henke e amei esse livro, espero que a continuação saia em breve. jà li alguns resumos a respeito e parece tão bom quanto o primeiro.
Adriana