5 de fevereiro de 2013
Por um punhado de Ouro
Julian Dare não era só lindo e rico: também era o
herdeiro de um condado.
Então, do que precisa um homem que tem tudo?
A inocente Verity Ewing se propôs a oferecer seu coração, o presente mais apreciado de todos.
Comentário revisora Déia: Os livros desta antologia são curtinhos, mas gostosos de ler...histórias românticas, com bom enredo e sentimento.Gostei do Julian, um mocinho que, de fato, tem tudo, mas no fundo não é feliz...claro,né, é romance! Estava faltando a Verity na vida dele...Muito gostoso de ler!
Capítulo Um
O cavalheiro relaxado diante da lareira, na sala de estar de sua residência londrina, parecia um pouco acabado.
A calça cinza, que chegava à altura do joelho, e as meias brancas eram da seda mais fina, mas estas últimas estavam enrugadas, e há algum tempo havia ficado descalço. Despojou-se do terno de cauda longa que se ajustava a sua figura como uma segunda pele ao vesti-lo horas antes e que agora estava jogado com descuido na outra poltrona.
O colete, ricamente bordado, estava desabotoado.
E a gravata, que o valete havia demorado mais de meia hora em arrumar com amoroso esmero, pendurava assimetricamente sobre seu ombro esquerdo.
Passou tantas vezes os dedos pela cabeça que o cabelo escuro, cortado com estudado desalinho, como mandava a moda, parecia sujo e desgrenhado.
Tinha os olhos entreabertos e um pouco avermelhados. Um copo vazio pendurava de sua mão, sobre o braço da poltrona.
Julian Der, visconde Folingsby, estava indubitavelmente bêbado.
E, além disso, zangado. Beber em excesso não se contava entre seus vícios.
O jogo, sim.
E as mulheres. E levar uma vida temerária.
Mas a bebida não. Sempre tinha procurado fugir de hábitos que pudessem se transformar em vícios.
Tinha intenção de “sentar a cabeça” algum dia, como dizia seu pai; de deixar de “ser inútil”, outra expressão do conde de Grantham.
E seria extremamente incômodo ter que enfrentar um vício quando chegasse esse momento. Para ele, o jogo não era uma droga. Nem tampouco as mulheres.
Embora fosse muito aficionado a ambas as coisas.
Bocejou e se perguntou que hora seria. Por sorte, não tinha amanhecido ainda: era dezembro e a luz do dia não se dignava fazer ato de presença até bem entrada a manhã. Mas devia ser muito mais de meia-noite.
Muito mais. Foi embora da festa de sua irmã antes que o relógio desse as doze, depois passou pelo White’s e por um ou dois bordeis… quantos haviam sido? Onde se jogava e bebia forte.
Devia se levantar da poltrona e ir à cama, mas não tinha forças.
Assim, teria que chamar o valete e que ele o levasse arrastado até o leito.
Entretanto, nem sequer possuía forças para ficar em pé e puxar a campainha.
De todos os modos, não poderia dormir. Sabia por experiência que, quando estava bêbado, uma posição aproximadamente vertical era preferível a uma horizontal.
Por que raios tinha bebido tanto?
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Antologia Coração de Natal
1- Por um punhado de Ouro
Érika Souza,
ResponderExcluirO livro se encontra na Biblioteca, é que foi registrado com o nome incompleto.
Por favor veja na letra "P".
Com o nome POR UM PUNHADO DE OURO.
E pronto, está lá.
Ótima leitura.
Beijo
Seriam