24 de janeiro de 2014
O Mestiço e a Pomba
Emily Cordélia Mason Brockinger era uma dama nascida e criada em Boston..
Por isso ficou completamente surpreendida com a oferta vergonhosa feita por Cloud Ryder.
Ele a levaria em segurança para a casa de seu amado irmão no Vale San Luis, mas ela teria que dividir sua cama durante toda a viagem. Emily não tinha escolha a não ser aceitar os termos de Cloud. E não havia maneira de controlar a sua resposta à aparência viril do Cherokee.
O caminho era cheio de obstáculos e os perigos só aumentavam a atração que sentiam.
Ao longo de sua vida, Cloud evitou compromisso, mas agora a única maneira de manter Emily segura é abrir o seu coração, mas amar uma mulher com paixão é dar-lhe o poder de quebrá-lo. . .
Capítulo Um
Território do Colorado 1870.
-Deus deixou a terra indefesa - murmurou Emily Cordélia Mason Brockinger levantando e limpando a poeira do vestido.
Ela estava grata por ter tropeçado de frente, caso contrário, poderia ter machucado o bebê que carregava nas costas. Com um suspiro de resignação, pegou o chapéu maltratado e o que sobrou de sua sombrinha.
A planície não era um lugar para se levar ornamentos, mas apesar de seu aspecto ruim, serviriam para manter a cabeça protegida do sol.
Ela tinha caminhado durante dois dias, mas não tinha visto nenhum sinal de civilização. Não podia acreditar que este território fosse tão vazio. Além disso, os índios poderiam ter algo a ver com isso.
Um arrepio a percorreu. Ainda tinha muito clara a lembrança do massacre. Os agricultores pobres não mereciam tal morte. Eles nunca fizeram mal a ninguém.
Os índios se vingaram das pessoas erradas. Sua predileção por banhos foi o que a salvou. Havia descoberto um pequeno riacho, e tinha andado a alguma distância do acampamento para se banhar.
No entanto, não tinha ido longe o suficiente para evitar ouvir os sons do massacre. Ela se perguntou se os gritos de guerra e o som de tiros desapareceriam de sua memória e deixariam de perseguir seus sonhos.
Voltar para aquele lugar, tinha sido a coisa mais difícil que ela já tinha feito. O aroma da morte ainda estava em seu nariz. Os índios não tinham distinguido entre homens e mulheres. O único que tinha sobrevivido tinha sido um bebê. Não entendia como tinham deixado vivo a um bebê de três anos, Thornton Sears.
Tinha estado caminhando sozinho entre os mortos. Só podia supor que tinha estado escondido e ficou assim até que o perigo tinha passado. Seu pequeno corpo gordinho resultou ileso, seus cachos castanhos estavam intactos, e, em seus olhos verdes, não tinha nenhuma nuvem do horror que tinha vivido, já que, provavelmente, era muito jovem para compreender a terrível tragédia. Estava vivo e rezou para poder mantê-lo assim.
Olhou suas mãos sujas pela queda, que ocultavam as bolhas que lhe tinham formado ao enterrar os mortos, sabia que a monumental tarefa lhe levaria pelo menos dois dias, mas não podia deixá-los ali atirados.
Durante esse tempo recuperou, uma mula muito teimosa, uma carroça desvencilhada, alguns pertences dela e do Thornton, uns escassos mantimentos que encontrou e um pouco de água.
Pensou que teria que racionar muito cuidadosamente, mas temia que não fosse suficiente.
- Vamos pra casa - disse Thornton.
- Sim vamos querido, mas temo que seja um caminho muito longo.
Emily sentiu vontade de chorar, mas se negou a ceder a essa debilidade. Perguntou-se no que estava pensando, quando cometeu a loucura de abandonar sua casa em Boston, fez uma careta ao recordar suas razões.
No momento que tinha recebido a petição de seu irmão para ir viver com ele, e talvez ensinar na escola em floração na cidade de Lockridge, tinha pensado que era a resposta a todas suas orações.
Pensava que qualquer coisa seria melhor que a vida que levava na casa de sua irmã Carolynn.
Ela não sabia o que era pior, se cuidar dos três meninos mimados de Carolynn ou tratar de evitar o seu marido.
Às vezes o homem parecia possuído de uma vintena de mãos, todas tratando de agarrá-la. Nunca tinha tido ajuda por parte de sua irmã.
Carolynn acreditava que seus filhos eram Santos, e claramente esperava que se deixasse manusear por seu marido, assim ela se aliviava de um dever de esposa que claramente achava repugnante.
GTR
Olá!!!
ResponderExcluirGostei muito do livro, valeu cada minuto...rsrsrs
Tem o livro dos irmãos e cunhado?
Livro gostoso de ler. Também fiquei com aquela vontade de ler uma história sobre os irmãos do mocinho.
ResponderExcluirAs estórias que se passam no oeste americano não são as minhas favoritos, mas, este livro foi uma grata surpresa, embora o mocinho seja o rei da pegação na área ( o que também não costuma me agradar). Um bom livro, vale a pena ler.
ResponderExcluirBeijos
GOSTEI MUITO. A HANNAH É MINHA AUTORA FAVORITA, MAIS PELOS LIVROS HISTORICOS ESCOCESES, MAS MESMO NA HISTORIA DO VELHO OESTE ELA DEU UM JEITO DE COLOCAR UMA FORTE ESCOCESA COM DONS ESPECIAIS... GOSTEI MUITO E TAMBEM ESPERO QUE TENHA AS HISTORIAS DOS OUTROS IRMAOS.... OBRIGADA JENNA
ResponderExcluirPara mim o livro foi uma agradável surpresa, não sou fã de histórias que se passam no velho oeste americano,mas esta adorei,valeu a litura. Os mocinhos passaram por várias situações de perigo,mas conseguiram superar.
ResponderExcluirAmei esse livro e gostaria de saber se tem continuação com o irmão e os cunhados???
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