Quando Lady Emilia Featherston descobre que seu despresível pai tem tramado contra a coroa, ela se vira para os Cavaleiros das Highlands por proteção ─ e retribuição.
Escapando para uma casa segura nos arredores de Londres, Emilia fica surpresa de se encontrar dividindo quartos próximos com um musculoso Highlander de fala mansa.
Logo, a curiosidade abre passo a uma alarmante atração. Emilia aprendeu de primeira mão com seu pai que não se deve confiar em homens. Ela simplesmente nunca conheceu um tão honrado e leal, tão poderoso e, sim, tentador. Desde Waterloo, Colin Stirling tem lutado com memórias que o assombram dia e noite. À beira da loucura, ele não mais confia em si mesmo com relações significativas de qualquer tipo.
Ao menos nesse santuário temporário, Colin pode se retirar do mundo ─ isto é, até que sua responsabilidade incrivelmente linda descubra a profundidade de sua dor. Em Emilia, Colin vê um espírito similar com suas próprias cicatrizes de batalha. Ele também sente uma chance para se curar... e encontrar o amor.
Capítulo Um
A maioria dos habitantes de Londres estava na cama a esta hora da noite, mas uma única luz brilhava da janela no andar de baixo da casa dos Cavaleiros das Highlands. No interior, três cavaleiros se reuníram na sala de estar, algo que já fizeram muitas vezes tarde da noite, segurando copos de uísque e conversando facilmente como apenas amigos íntimos podiam.
Sir Colin Stirling sentou no sofá de veludo azul, o cotovelo apoiado no braço quando rodava o líquido âmbar em seu copo. Seus lábios torceram enquanto ouvia Camden McLeod exaltar as virtudes do casamento.
─ Eu não sei por que tantos homens o evitam. Os olhos azuis de McLeod eram brilhantes sob o seu cabelo negro como carvão. Não há nada melhor do que deitar ao lado de um corpo quente e disposto a cada noite. Ele pontuou este pronunciamento com um gole de uísque.
─ Você costumava não gostar de qualquer menção à instituição do casamento, se bem me lembro ─ Sir Ewan Ross disse secamente. Veementemente.
─ E por muitos anos ─ Colin acrescentou, balançando a cabeça.
─ Bem, eu era um idiota e um tolo ─ disse McLeod ─ Vocês dois sabem muito bem.
─ Sim, é claro. Na época, eu sabia que você estava podre ─ disse Ross.
─ Você vê? ─ McLeod lhes deu um olhar presunçoso.
─ Mas o problema é ─ Ross disse, sorrindo sob sua palha selvagem de cabelo vermelho encaracolado ─ Você ainda está podre, cara. Apenas de uma forma diferente.
─Não ─ McLeod disse gravemente ─ Eu sou o mais são de todos nós. Graças a Esme ─ Esme era a esposa de McLeod e Colin estava contente que ela parecia tão feliz por estar casada com McLeod como estava ele por se casar com ela e ambos estavam orgulhosos e animados que Esme estava grávida e eles seriam pais em breve.
Colin sorriu para McLeod, mais feliz pelo homem do que ele poderia dizer. Ele amava essas noites, sentado no conforto com os outros cavaleiros, os quais ele considerava seus irmãos, discutindo suas vidas e seus dias.
Esses eram os últimos momentos de paz para ele todos os dias. Havia sete Highland Knights e Colin foi o único que ficou até tarde todas as noites, evitando ir ao seu quarto até que todos os outros tinham ido para a cama e não havia nenhuma escolha no assunto.
Era então que os demônios vinham. Eles não o assombravam todas as noites. Não, eles lhe davam um indulto de vez em quando, apenas o tempo suficiente para ele baixar a guarda antes que eles voltassem com uma vingança. Será que eles viriam hoje à noite? Ele estremeceu com o pensamento e tomou outro gole de sua bebida.
─ Então, por isso, cheguei à conclusão que vocês dois e Laurent precisam se casar o mais rápido possível ─ disse McLeod.
Ross riu. Mesmo os lábios de Colin desenharam um sorriso. Ele, Ross e Laurent, o mais novo homem das suas fileiras, eram os únicos solteiros remanescentes dos Highland Knights.
─ Oh, bem, isso não é inteiramente justo ─ disse Ross ─ Laurent é um mero filhote. Dê ao rapaz alguns anos de liberdade, pelo menos.
─ Tudo bem ─ Os olhos de McLeod brilhavam em desafio. Vocês dois, então. Vocês dois são velhos demais para serem algemados. Especialmente você, Stirling. O que você tem agora? Quarenta e um?
Colin fez uma careta para ele ─ Não é bem assim. Você está uma década errado. Você esqueceu como contar, homem?
─ Cinquenta e um então? ─ McLeod exclamou sobrancelhas levantadas.
─ Você é um idiota ─ Colin resmungou com bom humor, sabendo que ele estava sendo alvo de brincadeira.
─ Trinta e um, seu idiota ─ disse Ross.
─ Não ─ McLeod fingiu choque ─ Você não pode ter trinta e um. Ora, essa é a minha idade. Você parece pelo menos uma década mais velho com todas essas linhas vincando seu rosto.
Colin balançou a cabeça e revirou os olhos. Sem dúvida, ele parecia mais velho do que McLeod. Ele tinha inveja da capacidade de resistência dos outros cavaleiros depois de Waterloo. Se ao menos ele tivesse esse tipo de força. Erguendo o copo, ele engoliu o último gole de seu uísque.
─ Ainda assim, você deveria se casar. Trinta e um. Inferno, você está praticamente na prateleira.
─ Isso é um termo para as mulheres de certa idade, não para os homens ─ disse Ross McLeod.
─ Mulheres inglesas ─ acrescentou Colin. Ele passou a primeira metade de sua vida na Escócia e ele nunca tinha ouvido uma mulher escocesa ser referida como “na prateleira”.
─ Verdade. Deus, você já imaginou como seria ser uma inglesa, com todos os seus julgamentos e regras? ─ McLeod estremeceu.
─Não, eu nunca ─ disse Ross. E jamais pretendo.
Colin sorriu ─ Você faria uma excelente inglesa, porém, com todo esse bonito cabelo vermelho brilhante.
Ross bufou.
McLeod pousou o copo.─ Bem, toda essa conversa de casamento me fez desejar a minha esposa. Esme está esperando. Eu vou para a cama.
─ Sim, eu também ─ disse Ross. Não há esposa para desejar, mas é tarde.
Engolindo o pânico instantâneo que o alcançou, Colin levantou-se junto com os outros dois homens, cerrando os punhos em seus lados. Em sua cama, ele não iria encontrar uma esposa. Ele iria encontrar nada além de frieza e escuridão e seus demônios.
Os outros cavaleiros tinham sido forçados a expulsar demônios de Colin algumas vezes, que foi algumas vezes mais do que Colin gostaria. Era humilhante, o que os demônios fizeram com ele. Como eles o reduziram a algo menor do que um homem.
Pegando a lanterna, McLeod abriu a porta e os três entraram no corredor e se viraram para a escada que levava ao primeiro andar e os seus aposentos. Mas então, um som os forçou a fazer uma parada súbita. Uma batida na porta da frente.
McLeod olhou por cima do ombro para Colin e Ross, suas sobrancelhas levantadas. Que diabos?
Não era certo que Colin deveria estar aliviado por isso, a esta hora, esse tipo de batida na porta não poderia significar nada de bom. Mas iria atrasá-lo para sua cama por mais algum tempo e portanto, ele estava grato por isso.
Os homens giraram e caminharam rapidamente para a porta da frente. A batida estava mais alta agora; era como se alguém estivesse batendo com as duas mãos espalmadas sobre a superfície de madeira suave. Colin chegou à porta em primeiro lugar. Ele agarrou a maçaneta e puxou a porta.
Era uma mulher – o que foi evidente imediatamente por causa de suas vestes fluindo. Levou um momento para os olhos de Colin se ajustar à escuridão, mas depois a lanterna que McLeod segurava espirrou um feixe de luz amarela sobre ela.
Colin reparou em cachos loiros selvagens, um rosto arredondado, olhos grandes cinza-azulados. E sangue riscado através do tecido de seu vestido branco. Manchado em sua bochecha.
Ele conhecia essa moça. Seu coração começou a bater dolorosamente contra seu esterno. Lady Emília?
A mulher lançou um grande soluço e se jogou contra ele. Ele tropeçou para trás um pé antes de recuperar o equilíbrio, as mãos movendo-se para os braços para segurá-la firme.
─ Oh, Sir Colin, graças a Deus ─ ela chorou em seu peito, os dedos enrolando firmemente em sua camisa ─ Por favor, me ajude. Por favor!
Ele conhecia essa moça. Seu coração começou a bater dolorosamente contra seu esterno. Lady Emília?
A mulher lançou um grande soluço e se jogou contra ele. Ele tropeçou para trás um pé antes de recuperar o equilíbrio, as mãos movendo-se para os braços para segurá-la firme.
─ Oh, Sir Colin, graças a Deus ─ ela chorou em seu peito, os dedos enrolando firmemente em sua camisa ─ Por favor, me ajude. Por favor!
Série Cavaleiros das Highlands
0.5 - Um Coração Escocês
1 - Calor Escocês
2 - O Despertar do Highlander
2.5 - Seu Malvado Escocês
3 - Tentação das Terras Altas
Série Concluída
0.5 - Um Coração Escocês
1 - Calor Escocês
2 - O Despertar do Highlander
2.5 - Seu Malvado Escocês
3 - Tentação das Terras Altas
Série Concluída
Amo o blog. Obrigada...
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