Por este motivo, e graças à vergonha que têm feito suas famílias passarem, são enviadas a este centro de reabilitação de comportamento para que, quando estiverem preparadas saiam dali para ter uma vida digna de seu status social. 1865: Wesh Dalca é um homem que toda sua vida levou o estigma de ter sangue cigano e sangue branco. Algo pelo qual foi afastado, humilhado e criticado por todos ao seu redor. Sente-se entre dois mundos por culpa do amor que houve entre sua mãe cigana e seu pai, um homem poderoso que se apaixonou por ela desde que a viu pela primeira vez. Não acredita nas pessoas, não acredita no amor e gosta de estar sozinho. Quando conhece Viola Sloan, a nova visitante do Instituto Heaven Manor, seu coração se sente tentado pela beleza de olhos azuis e vivazes que parecem surpreender-se com tudo ao seu redor e cujo espírito livre se assemelha ao dele. Mas Viola não é uma garota livre, ela é uma dama pertencente a uma família rica que esteve a ponto de casar-se com um homem que não amava e do qual fugiu na primeira oportunidade, para logo ser castigada e encerrada nesse instituto por seu pai, um rico comerciante que acredita que ali vai repensar e poderá casar-se como deve ser com o homem que lhe convém. Mas o que ninguém sabe é que Wesh é muito mais do que parece. Embora renegue seu parentesco com seu pai e jure a si mesmo nunca ter nada a ver com ele, será capaz de tudo para lutar pela mulher por quem chegou a se apaixonar.
Capítulo Um
Viola Sloan, filha de um dos homens mais importantes de Dover e futura esposa de Harley Stanbury, passeava de um lado ao outro em seu quarto pensando no terrível destino que lhe esperava ao lado de um homem que não amava, com quem não tinha nada em comum e que para ser sincera com ela mesma, nem sequer gostava. Mas seu pai estava teimando em que eles eram o casal perfeito e que estavam destinados a ficarem juntos, embora o que realmente queria era que tudo ficasse em família: o negócio, o dinheiro e todo o resto. Sentou-se na cama e tentou dar-se ânimos, mas não o obtinha. Nesse mesmo instante entrou em seu dormitório sua prima Henrietta.
―Aonde vamos?
― Já não recorda? Dissemos que desta vez iríamos à Bow Street, porque necessita de algumas coisas. ― Oh, sim, é verdade.
― Tem a cabeça em outra parte ― sua prima se queixou.
― Não teria a sua dessa maneira se estivesse a ponto de se casar à força com um homem tão detestável como Harley?
― Entendo-te, eu o vejo e me causa dor de estômago. E se pelo menos fosse bonito, mas aquele nariz de pássaro quase me recorda o de um papagaio. E ele só gasta seu tempo comendo e criticando todo mundo. ― Às vezes penso em escapar, mas… para onde iria? ― Disse com um tom de desespero.
― Talvez, se o desejar, eu posso te ajudar. Tenho uma boa amiga nos subúrbios da cidade e seu pai é farmacêutico, é muito boa pessoa e como seu pai passa todo o dia no negócio, quase nunca está na casa e ela poderia te esconder ali por uns dias, até que encontre uma forma de ir mais longe.
― Você crê que funcione?
― Podemos tentar, querida. Eu não gosto de ver-te tão angustiada. Sei que Anabella poderia te ajudar se eu pedir. Deixe-me falar com ela amanhã e te trago notícias. O coração de Viola começou a pulsar fortemente com esperança. Mas tão rapidamente como o sentimento chegou, esfumou-se quando uma criada entrou no dormitório com um cartão de visita na mão. Viola o leu e com amargura disse à sua prima: ― É Harley.
― Por Deus, parece que adivinhou que nos dispúnhamos a sair. ― O cavalheiro insiste que precisa falar com a senhorita. ― Vê-me todos os dias e agora resulta que tem algo urgente que quer falar. ― Disse com aborrecimento.
― Está bem, Betty, lhe diga que já desço.
― Mas não iremos às compras? ― Primeiro deixe-me ir ver o que ele quer ― saiu do dormitório. *** Um momento depois descia as escadas e se encontrou com Harley, que saía de um dos salões.
― Acreditei que me deixaria ali sentado esperando, Viola.
― Boa tarde, Harley ― deu ênfase na saudação, lhe dando a entender sua falta de educação.
― Seu pai me disse que ia sair hoje, mas antes quero te recordar que tínhamos uma entrevista para ir provar os diferentes bolos que fará o chef que contratamos para as bodas.
― Esqueci-me disso ― comentou com aborrecimento. ― Estou acostumado a isso, querida. Por isso vim lhe recordar, para que saia depois. Sua pequena cabecinha não pode pensar nessas coisas.
― Não sou uma idiota, Harley. Ele a olhou estranhando.
― Quem disse algo assim? ― Não tem que dizê-lo, com seu comportamento insinua.
Série Amores Impossíveis
1- Meu Amor Cigano
2- O rosto da inocência
1- Meu Amor Cigano
2- O rosto da inocência
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!