Primeiro vem o casamento, depois o amor.
A Srta. Elizabeth Dunseith cresceu em uma pobreza requintada, feliz apesar de seu pai abusivo e mãe fraca. O casamento que seu pai arranjou para ela parecia sombrio, mas apesar de seus temores quanto ao futuro, Beth está aliviada por sair de casa com seu lindo e novo marido. Justin Fulton, conde de Westfield, fica intrigado com o comportamento contraditório de sua noiva comprada. Num momento ela é arrogante e fria, no próximo ela é calorosa e cativante. O relacionamento deles está apenas começando a se desenvolver quando a intrometida irmã de Justin os tira do curso, e uma velha amizade de Beth complica ainda mais as coisas. Suas diferenças podem ser resolvidas antes que seja tarde demais para reivindicar seu feliz para sempre?
Capítulo Um
— Oh, não, é o papai! Ele está adiantado e olhe para mim! — lamentou Beth enquanto olhava para seu vestido simples e útil, cuja bainha estava generosamente salpicada de folhas e grama devido à sua agradável caminhada pelos campos circundantes.O sol estava aquecendo suas costas, e os pássaros estavam fornecendo uma alegre música de fundo no lindo dia de outono enquanto Beth pulava, conversando feliz com seu melhor amigo de longa data, Max, aparentemente sem se importar com o mundo. Eles estavam tendo uma tarde gloriosa, saboreando o último dos dias amenos, se aquecendo nas cores vibrantes, se esforçando para extrair até a última gota de prazer de seus arredores enquanto a escuridão do inverno podia ser sentida no horizonte e o verão desaparecia em uma memória.
De repente, parecia que uma nuvem negra envolveu Beth quando ela avistou a carruagem anteriormente brilhante, mas agora um tanto sombria, preta e dourada à distância, se aproximando rapidamente. Sua atitude despreocupada instantaneamente se transformou em uma beirada de terror quando ela rapidamente sufocou um ataque histérico. Ela sentiu toda a cor sumir de seu rosto antes corado enquanto eles ficavam juntos e observavam os cavalos se esforçarem em uma curva na pista, a poeira ondulando em nuvens atrás deles.
— Você parece bem para mim — Max respondeu suavemente, leal como sempre, enquanto também olhava para a carruagem que se aproximava. Ele não conseguiu suprimir seu próprio estremecimento de apreensão enquanto eles observavam os cavalos arfando rapidamente comendo a distância enquanto se aproximavam do final de sua jornada.
— Você sabe o que quero dizer, Max! Rápido, me ajude a pular essa cerca. Terei que correr pelo campo. Eu devia ser capaz de fazer isso. Tchau, me deseje sorte! Talvez papai esteja sozinho — acrescentou ela, embora seu tom revelasse falta de esperança quanto a essa possibilidade. Com isso, ela correu na direção de casa sem olhar para trás. Ela poderia até ter feito isso com tempo de sobra, se o destino não estivesse conspirando contra ela na forma do maior cavalo preto que Beth já tinha visto, pulando a cerca viva e quase caindo sobre ela. Beth ficou momentaneamente paralisada de choque, mas rapidamente encontrou sua língua e se permitiu uma válvula de escape para todas as suas frustrações. O pânico que ela já estava experimentando devido à chegada iminente de seu pai, combinado com o medo que ela teve do grande cavalo deu uma aspereza em sua língua quando ela se virou para o infeliz cavaleiro.
— Por que você não olha para onde vai, seu caipira detestável? Você quase caiu bem em cima de mim! — Com azedume atípico, Beth lançou a acusação contra o belo estranho que lutava para controlar sua montaria terrivelmente tímida.
— Devo ver para onde estou indo? — exigiu ele, incrédulo. — Encontrei a cerca viva. De jeito nenhum eu poderia ter visto você. —Você não pôde me ouvir chegando? Não estamos exatamente em silêncio quando nos aproximamos de um salto, Castor e eu. Você deveria ter prestado mais atenção. — Sua raiva o fez gritar com ela em resposta antes que percebesse que a bela garota diante dele estava na verdade tremendo de terror ao invés de raiva. E o sermão dele só aumentou seu desconforto, acumulando mortificação em cima da confusão de emoções avassaladoras que já estavam claramente exibidas em seu adorável rosto em forma de coração.
— Estou com uma pressa terrível, senhor, e você me segurou ainda mais. Basta ter mais cuidado no futuro — ela o repreendeu, seu tom aquecido tingido de altivez. Sem outra palavra ou mesmo um pedido de sua licença, ela continuou sua corrida precipitada em direção à casa senhorial decadente que era sua casa, sem lançar um olhar para o cavaleiro bonito que continuava a observá-la enquanto ela corria pela porta dos criados ao lado e subiu as escadas dos fundos.
— Rápido criança, você sabe que seu pai odeia ficar esperando. — A gentil mulher mais velha fez gestos encorajadores em direção a sua ex-pupila enquanto tentava apressá-la e tranquilizá-la ao mesmo tempo. Beth podia ver que ela estava tentando não torcer as mãos, e isso não fez nada para acalmar seus nervos.
— Eu sei, Molly, se apresse e me ajude a colocar um vestido adequado. Você sabe se o papai está sozinho? — Beth lutou para tirar a roupa suja, o pânico e a pressa tornando a tarefa mais difícil.
— Não, preciosa, ele não está — veio a resposta tranquila e triste enquanto Molly a ajudava a tirar um vestido e se amarrar em um vestido limpo e decididamente mais adequado.
— Que os santos me preservem! — declarou Beth com veemência enquanto se virava para permitir que a outra mulher tivesse um melhor acesso para prendê-la com mais firmeza em seu vestido.
— Agora, Beth, você sabia que esse dia estava chegando. Você não pode ficar chocada. Além disso, eu vi o cavalheiro, e ele não parece nada mal!
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!