10 de junho de 2016

O Reencontro




O príncipe Alexei de Avalonia é um mestre na arte da sedução, mas conhece uma misteriosa jovem em um baile de máscaras com quem acaba passando uma inesquecível noite de paixão, uma noite que não pôde esquecer.

Chegando-se a perguntar se foi real ou só um lindo sonho.
A senhorita Pâmela Effington não é um sonho. Certamente, sucumbir à sedução do príncipe foi uma loucura. 
Sempre agradeceu que seus caminhos nunca voltaram a se cruzar, e ainda que o façam, ele nunca poderá reconhecê-la. Mas ambos vão ter uma surpresa que sacudirá suas vidas.
Quando Pâmela volta ao lar ancestral da família Effington, descobre, com assombro, que Alexei está hospedado ali. E seus maravilhosos e perfeitos planos de levar uma vida exemplar ficam anulados com a lembrança daquela maravilhosa noite de paixão.

Capítulo Um

—Bem feito, Clarissa. —Pâmela Effington tirou a máscara e sorriu a sua adversária—. Por um momento quase me pegou.
—Dizer «quase» é um eufemismo, querida prima. —Clarissa, lady Overton, também retirou sua máscara e sacudiu a cabeça libertando seu cabelo e deixando-o solto—. Uns poucos segundos mais e o ponto teria sido meu. Pâmela riu.
—Felizmente já não havia tempo.
—Felizmente, de fato. —Clarissa cortou o ar com sua espada de esgrima—. A próxima vez, vou reclamar vitória.
—Como já fez em nosso combate anterior. —Pâmela sacudiu a cabeça com bom humor. —Estamos bem preparadas, prima.
—Certamente que o estamos. —Clarissa examinou a lâmina de metal atentamente—. Mas você crê que é realmente necessário para uma mulher ter habilidade com a espada? Nunca nos veremos obrigadas a combater em um duelo por nossa honra.
—Não acredito que haja habilidades ou conhecimentos que sejam demais para uma mulher. Além disso, este esporte agita o sangue, ao menos para mim, e
é excelente para o corpo e a mente. E eu o acho muito estimulante e divertido.
Clarissa elevou uma sobrancelha.
—Sonha, exatamente como Tia Millicent.
—Não me surpreende o mínimo, já que concordo com ela em muitas coisas. —Pâmela entregou sua máscara e sua espada a Monsieur Lucien, o professor de esgrima, fazendo um gesto de agradecimento com a cabeça.
—Claro que concorda. —Clarissa entregou suas coisas a Monsieur Lucien—. A esgrima e fazer coisas que as mulheres normalmente não fazem, tornam-a mais...
—Não diga. —A voz de Pâmela soou firme—. Não estou com humor para ter outra discussão sobre os defeitos de meu caráter. —Começou a dirigir-se para a magnífica entrada do salão de baile que tinham usado para sua aula de esgrima.
O salão de baile ocupava uma boa porção do primeiro piso da impressionante casa situada na melhor zona de Viena, que pertencia a um conde austríaco, um velho e querido amigo de lady Smythe-Windom, sua Tia Millicent. O certo era que parecia não existir nenhum lugar no mundo onde não houvesse um muito velho e muito querido amigo de Tia Millicent.
Em todos os anos de sua viagem juntas, nenhum bom amigo de sua tia tinha deixado de as convidar e permitir ficar tanto tempo quisessem. Era uma forma de vida estupenda, apesar de que, em ocasiões, a natureza instável desta tinha preocupado tanto a Pâmela como a Clarissa. Mesmo assim, era o que tinham escolhido, cada uma por suas próprias razões.
—Não obstante, vou dizer. —Clarissa foi atrás de sua prima—. Você gosta da esgrima e tudo o que seja pouco convencional e algo escandaloso porque isso é precisamente o que uma mulher Effington desfrutaria.
—Eu sou uma mulher Effington. —Pâmela conteve um longo e sofrido suspiro. Clarissa tinha levantado esse tema uma e outra vez nos últimos meses, e uma e outra vez Pâmela tinha conseguido desviar a discussão. Caminhou pelo
corredor que conduzia a uma série de salões destinados à música, os jogos e qualquer outra coisa que os residentes da casa desejassem fazer.
—O defeito não está em ser como é, a não ser em estar empenhada em tentar ser o que não é —gritou Clarissa atrás dela.
—Efetivamente


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