16 de maio de 2011

A Serviço do Rei



Alano é um jovem e destemido cristão que foi colocado em um monastério para que seu pai lutasse nas cruzadas.

Inconformado ele foge e encontra seu pai convencendo-o a aceitá-lo em suas fileiras. Com apenas quinze anos é um exímio cavaleiro, amigo de seu rei e o orgulho de seu pai.
Numa das batalhas é dado como morto e feito prisioneiro.
O que poderia ser o fim é apenas o começo de inúmeras aventuras: torturas, provações contra sua fé e conhecer a doce Zaní, da qual se torna seu guardião e amigo.
Alano mostra aos seus inimigos que é um guerreiro valoroso e a mulçumana Zaní cada dia se torna mais apaixonada por esse cristão.

Capítulo Um

No grande pátio, onde as pombinhas brancas voam ao redor de uma límpida fonte, que repousa sobre colunas delicadamente trabalhadas, um menino, de atitudes desembaraçadas, e ombros largos, passeia impaciente desde o portal da bela igreja românica ao átrio de ingresso da abadia.
Seus olhares voltam-se continuamente para a porta abacial de que saem, finalmente, absorvidos em sua palestra, o pai e o abade do mosteiro.
— Desta maneira, reverendíssimo padre, entrego-vos o meu Alano. Tenho certeza de que fareis dele um cristão e um cavaleiro.
— Cuidaremos dele com toda solicitude, nobre senhor. Mas, como poderia ele deixar de seguir quase que instintivamente, as pegadas do pai?
— Lembrai-vos de que é minha única felicidade, — ajuntou o conde Aimery, bruscamente, querendo esconder sua emoção.
— Justamente por isto, peço-vos, Nobre senhor, que reflitais ainda. Não posso compreender vossa partida com destino à Terra Santa.
— Prometi que envergaria a Cruz; somente a longa enfermidade de minha querida esposa pôde impedir-me o cumprimento de meu voto; agora, o céu chamou-a a si; nada mais me resta, que cumprir minha palavra.

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