2 de janeiro de 2012

A Conquista De Um Cavaleiro









Bela e orgulhosa… 
Ela jamais seria um prêmio para nenhum homem! 

Não parecia que lady Eloise Gerrard fosse conseguir a liberdade que tanto desejava porque a tinham oferecido como prêmio em um torneio. 
Mas, o que mais a surpreendera era que o rei parecia interessado em ganhar, e o desespero fez com que Eloise fosse em busca da ajuda de sir Owain de Whitecliffe, o homem que em outro tempo tinha despertado sua paixão… e depois a tinha abandonado.
Seria possível que agora ele conseguisse ser o vencedor do torneio?

Nota Revisora Rosangela Breda: Eu gostei do livro, é uma história muito romântica de um mocinho que se apaixona a primeira vista pela mocinha que pensa que foi abandonada por ele e se casa com outro que depois morre e eles se encontram de novo e conseguem viver esse amor depois de muitos desencontros. 

Capítulo Um

O anúncio de sua intenção de casar-se provocou mais ou menos a reação que a encantada jovem esperava de seu pai, sir Crispin de Molyns, um elegante cavalheiro de cabelo branco. Encarregado do Guarda-roupa de sua Majestade o Rei. 
— Bem, — respondeu, beliscando a ponta do nariz com dois dedos. — tinha ouvido antes o dito de matar dois pássaros com um golpe, Eloise, mas isto é ridículo. Uma jovem de sua posição não tem por que casar-se com seu assistente, pelo amor de Deus! Para que fique a seu serviço não tem que se casar com ele. Eu nunca tive que fazer com o meu. 
Sua intenção de ironizar não surtiu o efeito desejado em lady Eloise Gerrard, que durante os dois dias de viagem que tinha levado para percorrer a distância entre sua casa em Staffordshire e a de seu pai em Derbyshire tinha tido tempo suficiente de preparar suas defesas. 
Mesmo assim, sua resposta não foi tão adequada como deveria esperar: 
— Eu não tenho que me casar com ninguém, papai. 
Seu pai cravou nela seus olhos, apertados sob umas povoadas sobrancelhas brancas. 
—Sim , tem que se casar Eloise, e sabe. — lhe respondeu com suavidade. 
—Bem… já sei. — admitiu, e começou a passear pelo salão do piso superior do castelo de Handes no qual se encontravam, medindo os passos e as palavras como se precisasse recordar o que queria dizer. — Estou viúva mais de um ano… o rei me mandou chamar… e todos sabemos para quê… e pretendo lhe dizer… que já escolhi marido… e que muito obrigada pelo desgosto. Aquela revelação não impressionou seu pai, conhecendo como conhecia o rei. 
—Acredita que vai permitir que se case com seu assistente, minha filha, esteja viúva ou não, é que não o conhece. Jamais permitirá. Tem a seu cargo a posse real, Eloise, e não permitirá que uma viúva rica a que ele concedeu a posse de terras se case com um qualquer. Tem muitos cavalheiros que estariam dispostos a lhe oferecer uma bonita soma em troca do privilégio de casar-se com uma Molyns que além disso acaba de herdar as propriedades de seu falecido marido. Não permitirá que tudo isso passe as mãos de um simples assistente de uma origem qualquer, por melhor que seja seu berço. 
—É que não terá origem nenhuma, papai. 
Essa ideia formava parte do plano desde o começo, mas não pretendia falar dela tão cedo. 
—Filha querida, não diga mais estas tolices! É muito jovem para ter em um casamento de conveniência, se for isso o que pensa. 
Também poderia ter dito que era muito formosa. Eloise, a mais velha de suas duas filhas, era possuidora de uma beleza serena que fazia os homens ficarem mudos quando a seguiam com o olhar. 
Ele tinha presenciado em muitas ocasiões. Com quase vinte e três anos, era uma mulher esbelta que tinha deixado para trás a estupidez da adolescência e tinha alcançado as redondezas da maturidade com uma graça natural que a fazia destacar. 
Tinha um formoso cabelo castanho trançado, e o final da trança chegava abaixo de sua cintura; além disso os dois dias de viagem não tinha tido oportunidade de pentear-se de outro modo. 
Mas nem sequer aquele penteado próprio das donzelas tinha conseguido uma cara de desaprovação de sua irascível cunhada, podia esconder o fato de que Eloise era uma mulher segura de si mesma e disposta a desafiar as convenções quando fosse necessário. 
Alguns diziam que seus olhos eram o melhor dela, de um azul que mudava segundo a luz, às vezes parecendo verdes, às vezes pardos, mas com umas sobrancelhas densas e escuras que emolduravam seus encantos. 
Outros diziam que seu traço mais sobressalente era a boca, generosa e de lábios carnudos que deixavam à mostra dentes como pérolas. 
Para outros era sua pele, da cor de mel e sem mácula. Mas na opinião da interessada, bem pouco valiam todas essas opiniões da série de desastres que acumulavam às costas, para não falar que ficou viúva após apenas três meses de casamento. 
Quem a queria considerava que o cinismo tinha tomado conta dela nos últimos anos, uma condição passageira, embora ao mesmo tempo não era uma surpresa total, tendo em conta tudo o que tinha passado.
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