9 de setembro de 2012

A Concubina De Roma

Série Roma
No dia em que Domiciano é coroado como novo imperador, Roma lhe rende as maiores honras com a celebração de jogos no Coliseu. 

Um homem sentenciado a morrer dobra todos os guardas romanos. 
É Arius, o Bárbaro. Um desconhecido. 
No espetáculo, ele não só chama a atenção de Thea, uma bela escrava procedente da Judéia, adquirida pelo organizador de jogos mais famoso de Roma, como também de sua proprietária, Lépida Pollio, a caprichosa filha deste. Entretanto, o Bárbaro se apaixona por Thea e Lépida Pollio decide humilhada, vendê-la.
Ainda não sabe que o destino reservou a sua escrava, o que ela sempre desejou.


Comentário revisora Ana Paula G.: Já quero avisar que este livro não é para todos os gostos. 
É bem realista, de acordo com a época em que se passa a história. 
Mas quem conseguir deixar de lado a visão ‘romanceada e irreal’ que a maioria das autoras dá aos personagens, vai se emocionar, como eu me emocionei com a história do Arius e da Thea, cheia de amor e desencontros! 
Bom, a Ceila não deixou mais nada pra contar..huahahahah...Eu adorei, gosto de ler livros que se passam nesta época histórica e são tão difíceis de encontrar. 
Com certeza, já estou me coçando pelo segundo da série, mas o que eu quero mesmo é ler o terceiro: o do Vix..huahhah E a minha amiga Ceila eu tenho que dizer: EU AMO O ARIUS!!!!! Sorry,miga, mas já coloquei ele na minha lista!!! Hauahha

Capítulo Um A

Abril, ano 82 D.C. 
A atmosfera na escola de gladiadores da Rua de Marte era de satisfação, camaradagem e masculinidade quando os cansados lutadores atravessaram suas portas. 
Dos vinte combatentes que tinham saído para participar dos jogos do Ceres, quatorze deles havia retornado com vida. 
Devido à tão bom desempenho, os vencedores caminhavam cheios de orgulho pelo estreito corredor iluminado por tochas, deixando suas armaduras nas cestas. 
Furei o grego justo na tripa, como uma obra de arte...
Notou como aquele Galo rompeu as costas do bastardo do Lápico? Já não voltará a colocar seu nariz onde não é chamado! 
Que má sorte teve o Teseo! Que tropeço! 
Arius depositou seu elmo de plumas na cesta, ignorando o escravo que o felicitava alegremente. 
As armas, é obvio, já haviam sido recolhidas, nada mais que acabar a luta.
— É seu primeiro combate? — Perguntou- um trácio falador lançando seu elmo na mesma cesta que Arius.
— Para mim também foi à primeira vez. Não foi mau, não é? 
Arius se abaixou para desatar as grevas das canelas.
— Lutou muito bem com o africano. — Seguiu dizendo o trácio.
 — Eu enfrentei um desses raquíticos gregos do Oriente... Sem problemas. Vamos ver se da próxima vez me toca lutar contra Belerofonte e por fim poder ganhar uma fortuna. 
Arius tirou a proteção de malha que protegia seu braço e a deixou na cesta, enquanto outros gladiadores foram entrando no enorme aposento das refeições, onde se sentavam entre conversas, nas mesas de cavalete e pegavam as ânforas de vinho. 
— Você é de poucas palavras, não? — Perguntou o trácio e deu uma cotovelada amistosa. — De onde você é? Eu cheguei da Grécia o ano passado... 
— Cale-se. — Exclamou Arius em seu pobre latim.
— O que? Afastando o trácio, Arius entrou no aposento e sem fazer caso das mesas com bandejas de pão e carne, pegou a primeira ânfora de vinho que encontrou e se dirigiu a outro corredor estreito e mal iluminando. 
— Não faça caso. — Ouviu outro lutador dizer ao trácio. — Ele é um bastardo amargurado.
O quarto de Arius nos barracões dos gladiadores era uma cela estreita e pobre: com paredes de pedra, uma cadeira, um tapete de palha e uma vela de sebo derretida.
Ele se sentou no chão, apoiando as costas na parede e esvaziou meia ânfora em longos goles.
O vinho barato deixava um gosto amargo na boca, mas não importava.
O vinho romano subia rápido à cabeça e isso era o que queria.
— Toe, toe! — Chamou uma voz diante da porta. — Não estará já dormido, querido? 
— Vá para o inferno, Galo!
— Muito bem! É essa a forma de tratar seu lanista? Seu amigo? 
Galo entrou na cela.
Gordo e de bochechas rosadas, ele usava a toga de um branco imaculado, anéis de ouro em todos os dedos e os cachos do cabelo lubrificados com azeite de magnólia.
Acompanhava-o um esbelto jovem vestido de seda. Galo era o proprietário da escola de gladiadores da Rua de Marte.
Arius soltou uma obscenidade e Galo se pôs a rir:
— Não, não, nada disso. Somente vim te felicitar pela grande estreia. Que forma de arrancar a cabeça daquele africano! Que dramatismo!


Série Roma
1 - A Concubina de Roma
2 - Daughters of Rome
3 - Empress of the Seven Hills
3.5 - The Three Fates
4 - Lady of the Eternal City

13 comentários:

  1. Esse livro é longo e a história é diferente do que a gente costuma ver nos livros de romance aqui. Mas eu gostei.

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  2. Oi, pois eu gostei desse livro justamente por ser uma história diferente, mais pesada. Mas é romântico sim.

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  3. A historia é um pouco forte, mas nos envolve de uma maneira que enquanto vc não termina de ler não sossega, e tem história de amor simmmm lindaaa, por favor terminem a revisão so segundo logo, estou muito ansiosa

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  4. Essa é uma história ótima de se ler vc não sossega enquanto não le toda, por favor terminem logo a outra história

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  5. Estou lendo ainda, mas tenho que comentar já, para desabafar! Sinto como se a autora estivesse arrancando pedacinhos do meu coração com uma pinça. Leitura maravilhosa, muito emocionante, mas os corações muito sensíveis e ciumentos dos heróis e heroínas devem se precaver!.

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    1. Deborah, muito obrigada pela dica, amei a Concumbina de Roma <3

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    2. Que bom Retiara! Próximo a mim não tenho ninguém com quem compartilhar minhas leituras,por isso fico feliz por existir esse blog, e pessoas como vc, com quem dividir essas maravilhosas experiências de leitura!

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  6. Gostei muio do livro, porque nele, podemos ter a perspectiva de vários personagens, isso é muito legal, embora em alguns momentos ficamos no vácuo, porque as vezes não conhecemos o personagem que está narrando e não entendemos o que está acontecendo. Isso foi muito interessante porque ficou um quebra-cabeça que vamos juntando as peças no decorrer da história.

    "Pipoquei" de rir na cena em que a mocreia da Lépida Pollio, pergunta pro Arius porque ele não quis ficar com ela e ele simplesmente responde:
    "- Porque você tem cara de furão."
    kkkkkkkkk, ri demais!!!

    Enfim, livro muito bom.

    Bjs

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  7. Oi Jenna, você saberia quando sai os outros livros da série?
    Já estão em revisão?

    Estou na expectativa.
    Bjs

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  8. Livro lindo, sofriiiiiiiido, intenso, forte. Como já disseram não é o tipo de romance que estamos acostumados a ver. Adorei a história e os mocinhos sofrem tudo e mais um pouco nas mãos da vilã, aliás a vilã desse livro é super vilã, do tipo Nazaré Tedesco kkkkkkkkkkkkkk

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  9. O livro é muito bem escrito, leitura longa mas que não se torna cansativa. É diferente do que estamos acostumados a ler, história de vários personagens paralelos, tipo uma novela. É percebido que a escritora pesquisou muitos detalhes da história de Roma. Vale a pena a leitura.

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  10. Acredito q encontrei o herói preferido depois do Gruizz de Cinco minutos, definitivamente Arius se torna o meu preferido e A concubina de Roma um dos meus romances completos.Impactante.

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  11. Este livro é simplesmente maravilhos, no inicio fiquei com preguiça de ler por ser 145 paginas, porem o li duas vezes kkkkk ameiii e recomendo...

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!