1- A NOIVA DE JAKE
Depois de perder suas parcas economias num assalto em Nova York, Tess Dalton agarra a primeira oportunidade que aparece e decide ir para o Texas como noiva por encomenda.
Quem sabe o destino finalmente resolveu lhe dar uma chance de ser feliz?...
Capítulo Um
Texas, 1867
— Mais um movimento e será o seu fim, senhora.
A voz grave atravessou o nevoeiro e alcançou os ouvidos da mulher que cochilava.
Ao mesmo tempo, ela tomou consciência dos membros dormentes, da garganta seca e do suor escorrendo por entre os seios. Uma arma foi engatilhada.
Tess congelou.
E ela achava que as coisas não poderiam piorar...
Lentamente, sem ousar respirar, abriu os olhos e viu um par de botas de pele de cobra, empoeiradas, a um metro e meio do banco de pedra onde estava deitada. Seu olhar acompanhou a figura esbelta que trajava calça preta e camisa azul-clara. Os quadris eram estreitos, os ombros largos. Viu também que havia uma espingarda apontada para o seu peito.
Uma visão nem um pouco confortável.
Sob um grande chapéu preto, olhos claros da cor do céu de inverno a fitavam através da mira de uma arma.
— Aqui está o meu dinheiro. Pode levar — balbuciou ela, engolindo em seco, enquanto pegava a bolsa.
Tess apertou os olhos.
O estampido quebrou o silêncio. Seus ouvidos tiniram. Fragmentos de pedregulhos atingiram seus braços, pernas e cabeça. Sentiu o gosto da pólvora.
Algo macio caiu em suas pernas, retorcendo-se e roçando sua pele, com um brilho dourado e preto.
Uma cobra tinha se enroscado em sua saia.
— Oh! — gritou ela. — Tire isso de cima de mim!
A criatura deslizou pelas pedras até o chão e ali ficou formando um rolo cor de areia com diamantes negros ao longo do corpo. Parecia morta. E sem cabeça.
Tess estremeceu. Seu coração batia como se ela tivesse corrido milhas e milhas.
Com um pontapé, o homem lançou para longe o animal peçonhento.
Uma cascavel.
Sem fôlego e transpirando muito, Tess olhou para o desconhecido.
— O senhor quase me matou de susto! Não sabe que é perigoso disparar perto de pessoas?
Com um dedo, ele ergueu a aba do chapéu. Por um instante, Tess ficou atônita ao ver os traços fortes daquele rosto bronzeado.
Misericórdia! Nunca a visão de um homem bonito a impressionara tanto a ponto de deixá-la naquele estado! Sentia-se estranhamente... Vulnerável.
— Você não tem nada melhor para fazer do que ficar aqui neste lugar? — disse rudemente o estranho. — Seus olhos azuis contrastavam com as sobrancelhas escuras.
— Estou esperando uma pessoa — respondeu ela, sem jeito. Seu noivo.
Tess sentiu algo estranho no estômago. A única coisa que avistava naquela encruzilhada onde a diligência a havia deixado era aquele homem e o cabriolé que ele trouxera até ali enquanto ela dormitava.
Impossível... Ela havia se preparado para ver alguém gordo e careca, ou velho e feio, qualquer coisa, contanto que fosse educado e amável, é claro. Jamais imaginara se deparar com aquele epítome da beleza masculina.
Sentiu o desabrochar de várias emoções em seu íntimo, como brotos de plantas após uma chuva de primavera. Afastou os cabelos para trás e ajeitou o chapéu. Após três dias de viagem sob o sol escaldante, devia estar com uma aparência horrível.
O recém-chegado tirou o chapéu, revelando cabelos escuros e bem penteados. Sua expressão era de constrangimento.
— Senhora! — O timbre grave da voz fez com que ela sentisse um arrepio descendo pelas costas. — A senhora é noiva, Sra. Dalton?
— Sim — ela conseguiu sussurrar.
Ele a olhou de cima a baixo.
— Diabos! — Bateu o chapéu para tirar a poeira. — O que Tom Wilkins estava pensando? — Ele balançou a cabeça. — Minha cara, isso não vai dar certo.
As emoções que Tess sentira pouco antes desapareceram diante da frieza do olhar daquele estranho. Ela engoliu em seco outra vez.
— Quer dizer que o senhor é...
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3- A NOIVA DE JOSH
Depois de trabalhar como uma escrava para o pai e os irmãos, Annabelle Yeager chega no Texas para descobrir não só que seu noivo foi assassinado, como também que ele era o proprietário do bar e bordel chamado Chance Saloon…
Em pouco tempo, a cidade se volta contra Annabelle, e alguém tenta matá-la.
O xerife Josh Morrow jura mantê-la a salvo, mas a que custo para ele próprio?...
Capítulo Um
Shiloh Springs, Texas 1872
O xerife Josh Morrow ouviu a porta de seu escritório abrir e depois bater, abalando as janelas.
— Ela chegou! — O delegado Roger Miller correu na direção das celas. — A noiva por correspondência está aqui.
— Já ouvi! — exclamou o xerife, saindo de uma pequena sala escura. Diabos, metade do país provavelmente tinha ouvido.
— Você me pediu para avisar — lembrou Roger. — O que vai fazer, xerife?
— Encontrar-me com ela. — Josh apanhou o chapéu e saiu do escritório. Momentos depois ouviu a porta bater e Roger apertou o passo para alcançá-lo. — Corra até o pastor Huddleston e diga a ele e à esposa para me encontrarem no escritório agora.
Uma mulher miúda, usando um casaco de viagem azul, sentou-se num banco do lado de fora da estação. Um chapéu ridículo, com um véu e uma pluma verde, pousava sobre os cachos loiros.
O que Barry Woods tinha na cabeça? Ela não devia ter mais de vinte anos, e quantos anos tinha Woods? No mínimo quarenta.
— Com licença, senhorita? — Ele tirou o chapéu. — Sou o xerife Josh Morrow. É a srta. Annabelle Yeager?
— Sim, sou eu — respondeu ela, olhando para o xerife.
Que droga... Tão jovem, tão miudinha... tão bonita. Não iria ser fácil.
— Lamento, mas o sr. Woods não está disponível — mentiu. — Por que não vem ao meu escritório?
Ela não se moveu.
— Pode esperar lá dentro, fora do sol.
— O sr. Woods saberá onde me encontrar? — O véu escondia seus olhos, mas não a incerteza da voz.
— Sim, senhorita.
Se ele estivesse em condições de encontrá-la, o que não era o caso.
— E a minha mala? — Ela mordiscou o dedo, apesar da luva.
— Roger cuidará dela.
— Está bem.
Ela se levantou e passou o braço pelo de Josh. Ela mal chegava ao ombro dele. Se Barry Woods já não estivesse morto, seria o caso de se considerar matá-lo por ter trazido uma moça tão doce e inocente como aquela para uma cidade indomada como Shiloh Springs. Levou-a para dentro do escritório e ofereceu-lhe uma cadeira.
— Gostaria de um café, ou uma água?
— Água, obrigada
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Série Noiva Por Encomenda
1- A Noiva de Jake
2-
3- A Noiva de Josh
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!