11 de dezembro de 2014

Um Prazer Inesperado


Megan Mulcahey tinha que averiguar se Theo Moreland, marquês do Raine, tinha matado a seu irmão. 

A jornalista estava acostumada a conseguir o que queria, embora possivelmente Theo fora um desafio maior ao que jamais se enfrentou. 
Além de extremamente poderoso, o marquês era incrivelmente bonito e inteligente. Mas Megan ia descobrir o que havia detrás da misteriosa morte de seu irmão... 
E o que tinha sido do tesouro que ambos tinham estado procurando na selva sul-americana, embora antes teria que cruzar o Atlântico e infiltrar-se em sua casa de algum modo... 
A nova instrutora de seus irmãos não era o que Theo esperava. 
O valente explorador só tinha visto uma vez uma beleza como aquela, em um sonho febril de que teria desejado não despertar. 
Mas... que fazia aquela deliciosa visão bisbilhotando pela casa como uma vulgar benjamima? 

Capítulo Um 

Nova Iorque, 1879 
Um grito transpassou a escuridão. Megan Mulcahey despertou sobressaltada e se incorporou na cama com o coração acelerado. Demorou um momento em compreender o que a tinha despertado. Logo ouviu de novo a voz de sua irmã. 
—Não. Não! Megan se levantou de um salto e saiu da habitação. Sua casa, um edifício encostado com três habitações na planta de acima, não era muito grande. Só demorou um momento em chegar à porta do Deirdre e abrir a de par em par. Deirdre estava sentada na cama. 
Seus olhos, muito abertos e fixos, tinham uma expressão horrorizada. Tendia os braços para algo que só ela podia ver, e as lágrimas se acumularam em seus olhos antes de começar a rodar por suas bochechas. 
—Deirdre! —Megan cruzou o quarto, sentou-se na cama de sua irmã e tomou firmemente dos ombros
—. O que ocorre? Acordada! Deirdre! Sacudiu à moça e de repente o semblante de sua irmã trocou; aquele espantoso estupor pareceu desvanecer-se, substituído por uma consciência que logo que começava a despontar. 
—Megan! —Deirdre deixou escapar um soluço e se jogou em braços de sua irmã
—. OH, Megan! foi horrível. Horrível! 
—Por todos os Santos! —exclamou seu pai da porta—. Se pode saber o que passa aqui? 
—Deirdre teve um pesadelo, isso é tudo —respondeu Megan com calma ao tempo que acariciava o cabelo de sua irmã—. Não é certo, Deirdre? Só era um pesadelo.
 —Não —Deirdre tragou saliva e se apartou um pouco dela. enxugou-se as bochechas e olhou primeiro a sua irmã e logo a seu pai. Seguia tendo os olhos muito abertos e turvados—. Megan, papai, vi ao Dennis! —sonhaste com o Dennis? —perguntou Megan. 
—Não era um sonho —respondeu a moça—. Dennis estava aqui. Faloume. Megan sentiu um calafrio. —Mas, Dee, não pudeste ver o Dennis. Leva dez anos morto. —Era ele —insistiu sua irmã—. O vi tão claro como a luz do dia.

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