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9 de fevereiro de 2022

Por outro nome qualquer


Rylla Campbell está determinada a resgatar seu irmão de uma vida de dissipação, quer ele queira ser resgatado ou não. 

Mas como encontrá-lo em meio ao inferno de jogos do Regency Edinburgh? Disfarçando-se de jovem, claro! Seu esquema parece estar funcionando, até que Lord Gregory Rose vê através de seu disfarce bastante atraente - e rouba um beijo que emociona Rylla até a ponta dos pés. Talvez Lord Rose seja exatamente o que ela precisa para continuar sua busca e trazer seu irmão para casa no Natal. Ele conhece o lado mais sombrio da cidade ... e se Rylla se deparar com ele sob o visco de vez em quando, quem poderia culpá-la

Capítulo Um

Edimburgo, 1807
Rylla Campbell há muito preparara sua fuga de casa no meio da noite, mas nunca antes tivera oportunidade de utilizar o seu plano. Silenciosamente, ela fechou a porta atrás de si e caminhou até a escada com os pés calçados em meias, o coração batendo fora de proporção com o risco que estava correndo. Sinceramente, teria sido fácil se sua amiga Eleanor não tivesse ficado com eles até o Natal. Seus pais, nos fundos da casa, dificilmente a ouviriam por causa do ronco de seu pai. Mas Eleanor tinha o sono leve e seu quarto ficava entre o de Rylla e as escadas. 
Embora Elly fosse uma amiga querida, ela era deprimentemente inflexível em seus padrões. Ela era filha de um pastor de uma pequena cidade e pior, parecia ter pouco gosto por aventuras. Se ela pegasse Rylla saindo furtivamente de casa vestida com as roupas velhas de seu irmão, Elly se sentiria na obrigação de impedi-la. 
Felizmente, Rylla chegou ao fim da escada sem Eleanor sair do quarto. Ela abriu a porta da frente e saiu para a noite escura. Restos da neve de ontem permaneciam perto da base das casas, mas não estava caindo nesta noite. Em vez disso, a névoa pairava em punhados e fragmentos e as ruas de paralelepípedos brilhavam úmidas com a umidade do ar frio. Rylla estremeceu. Era apenas o frio, ela pensou. 
Não era porque ela estava com medo de ficar sozinha lá fora tão tarde da noite. Ela não podia se permitir ficar com medo. Ela tinha que encontrar seu irmão. Era quase Natal e ela precisava trazê-lo para casa. Rylla desceu os degraus e começou a subir a rua. Era um pouco estranho andar sozinha assim na noite silenciosa. Estranho também não sentir o movimento das saias em volta das pernas enquanto caminhava. Mas ela gostou bastante. Havia uma liberdade em usar trajes masculinos, não apenas a habilidade de caminhar em um ritmo rápido em calças, mas o conhecimento de que ninguém esperaria que ela fosse tímida, de fala mansa ou docemente dependente. Além disso, embora fosse estranho, até um pouco assustador, havia um arrepio de excitação também, pelo risco que ela estava correndo. Seria um escândalo se ela fosse pega, e então havia os perigos ocultos sobre os quais as pessoas sussurravam. Mas Rylla tinha certeza de que  conseguiria. 
Contanto que ela convencesse a todos que era um homem, ela não precisaria se preocupar com os horrores que aguardavam uma mulher solitária. Na verdade, ela ansiava por entrar no mundo misterioso que apenas os homens podiam conhecer. Ela estava orgulhosa da fantasia que havia retirado de um baú no sótão. 
Um dos ternos velhos de seu irmão teve que ser alterado apenas um pouco para caber nela. A maior parte da camisa, colete e jaqueta eram suficientes para esconder as curvas por baixo. Graças à adição de um casaco quente, um chapéu e um par de sapatos velhos de Daniel, recheados com uma meia em cada pé, ninguém suspeitaria que este cavalheiro esguio de estatura média era na realidade uma mulher. Rylla gostaria de ter pensado em trazer uma bengala da moda para completar seu traje, mas não valia a pena voltar para buscá-la. 
Foi uma sorte que eles tinham cortado seu cabelo neste outono, quando ela tinha pegado uma febre, então ela não tinha que usar uma peruca.

11 de dezembro de 2014

Um Prazer Inesperado


Megan Mulcahey tinha que averiguar se Theo Moreland, marquês do Raine, tinha matado a seu irmão. 

A jornalista estava acostumada a conseguir o que queria, embora possivelmente Theo fora um desafio maior ao que jamais se enfrentou. 
Além de extremamente poderoso, o marquês era incrivelmente bonito e inteligente. Mas Megan ia descobrir o que havia detrás da misteriosa morte de seu irmão... 
E o que tinha sido do tesouro que ambos tinham estado procurando na selva sul-americana, embora antes teria que cruzar o Atlântico e infiltrar-se em sua casa de algum modo... 
A nova instrutora de seus irmãos não era o que Theo esperava. 
O valente explorador só tinha visto uma vez uma beleza como aquela, em um sonho febril de que teria desejado não despertar. 
Mas... que fazia aquela deliciosa visão bisbilhotando pela casa como uma vulgar benjamima? 

Capítulo Um 

Nova Iorque, 1879 
Um grito transpassou a escuridão. Megan Mulcahey despertou sobressaltada e se incorporou na cama com o coração acelerado. Demorou um momento em compreender o que a tinha despertado. Logo ouviu de novo a voz de sua irmã. 
—Não. Não! Megan se levantou de um salto e saiu da habitação. Sua casa, um edifício encostado com três habitações na planta de acima, não era muito grande. Só demorou um momento em chegar à porta do Deirdre e abrir a de par em par. Deirdre estava sentada na cama. 
Seus olhos, muito abertos e fixos, tinham uma expressão horrorizada. Tendia os braços para algo que só ela podia ver, e as lágrimas se acumularam em seus olhos antes de começar a rodar por suas bochechas. 
—Deirdre! —Megan cruzou o quarto, sentou-se na cama de sua irmã e tomou firmemente dos ombros
—. O que ocorre? Acordada! Deirdre! Sacudiu à moça e de repente o semblante de sua irmã trocou; aquele espantoso estupor pareceu desvanecer-se, substituído por uma consciência que logo que começava a despontar. 
—Megan! —Deirdre deixou escapar um soluço e se jogou em braços de sua irmã
—. OH, Megan! foi horrível. Horrível! 
—Por todos os Santos! —exclamou seu pai da porta—. Se pode saber o que passa aqui? 
—Deirdre teve um pesadelo, isso é tudo —respondeu Megan com calma ao tempo que acariciava o cabelo de sua irmã—. Não é certo, Deirdre? Só era um pesadelo.
 —Não —Deirdre tragou saliva e se apartou um pouco dela. enxugou-se as bochechas e olhou primeiro a sua irmã e logo a seu pai. Seguia tendo os olhos muito abertos e turvados—. Megan, papai, vi ao Dennis! —sonhaste com o Dennis? —perguntou Megan. 
—Não era um sonho —respondeu a moça—. Dennis estava aqui. Faloume. Megan sentiu um calafrio. —Mas, Dee, não pudeste ver o Dennis. Leva dez anos morto. —Era ele —insistiu sua irmã—. O vi tão claro como a luz do dia.

28 de abril de 2013

A Dança da Corte

Série Os Cupidos
Lady Francesca desistira de encontrar o amor de sua vida, e já se dava por satisfeita em unir pares perfeitos.

Portanto, agora, considerava mais do que justo se empenhar em apresentar uma noiva para Sinclair, o duque de Rochford, considerando que rompera seu noivado com ele no passado por ter sido ludibriada. Claro que Francesca estava certa de que não havia restado qualquer centelha de paixão entre eles.
O modo como se tratavam era a prova disso. 
Mas o jeito com que Sinclair fixou o olhar nela, ou mesmo quando de repente a apanhou em seus braços... Bem, isto fora apenas um ensaio para quando uma jovem, mais adequada, chamasse sua atenção. 
No entanto, logo Francesca achou as lições de amor do duque mais do que irresistíveis, além de ser uma tentação que poderia pôr ambos em perigo.

Capítulo Um

Pelo modo como lady Francesca Haughston se movia pelo salão de baile dos Whittington, ninguém teria adivinhado que ela estava dando os primeiros passos na campanha dela.
Ela caminhava na maneira habitual, detendo-se para elogiar um vestido aqui ou flertar com um dos muitos admiradores ali. Sorria, conversava e abanava com habilidade o leque, uma bela visão no vestido de seda cor de gelo. 
O cabelo louro era uma cascata de cachos pendendo de um coque. 
Contudo, o tempo todo, os olhos azul-escuros dela buscavam a presa. Já fazia quase um mês desde que ela se prometera encontrar uma esposa para o duque de Rochford, e hoje à noite, pretendia pôr o plano em prática. Fizera todos os preparativos. 
Analisara todas as jovens solteiras da elite da sociedade, e através de cuidadosa pesquisa e observação, conseguira reduzir o número de candidatas adequadas para Sinclair a apenas três mulheres. Todas as três jovens estariam presentes ali esta noite, disso ela tinha certeza. 
O baile dos Whittington era um dos destaques da temporada, e à exceção de uma doença séria, todas as jovens em idade de se casar compareciam a ele. Além do mais, havia chances de o duque também estar presente, o que significava que Francesca poderia colocar o plano em ação. 
Sabia que já estava mais do que na hora de começar. Não precisara, de fato, de três semanas para escolher as possíveis noivas para Rochford. 
Havia apenas um pequeno número de jovens com as qualificações para se tornar a duquesa. No entanto, por algum motivo, desde o casamento de Callie; Francesca se vira tomada de tédio, curiosamente relutante em comparecer às festas e ao teatro. 
Até mesmo o melhor amigo dela, Sir Lucien, comentara sobre a súbita preferência dela por ficar em casa. Ela não sabia, ao certo, o motivo. De repente, tudo lhe parecia enfadonho, sequer digno de qualquer esforço. Na verdade, sentira-se um tanto quanto melancólica. 
Resultado, Francesca chegara à conclusão, do fato de Callie, que estivera morando com ela enquanto procuravam um marido para a menina, agora estar casada e haver se mudado. Sem a voz alegre e o encantador sorriso de Callie, a casa de Francesca ficara vazia. 
Ainda assim, procurou não se esquecer, jurara compensar o mal que fizera ao irmão de Callie, Sinclair, 15 longos anos atrás. 
E claro que era impossível consertar as coisas, mas poderia, ao menos, fazer, ao duque, o favor de lhe encontrar uma noiva adequada. Afinal de contas, este era o maior talento dela. 
Sendo assim, viera à festa esta noite determinada a dar início à demorada dança da sedução em nome dele. Francesca deu uma volta no enorme salão de baile, um aposento imenso pintado de branco e dourado, com piso de tábuas corridas de carvalho no tom do mel, e iluminado por três reluzentes cascatas de lustres de cristal. 
Vários suportes dourados com espessas velas de cera ofereciam luminosidade adicional, assim como os candeeiros dourados e brancos ao longo das paredes. 
Todo o brilho era suavizado pelos enormes buquês de rosas vermelhas e peônias emergindo dos vasos encostados nas paredes e grinaldas enroladas nos corrimões da magnífica escadaria que levava ao segundo andar. Era um aposento elegante, digno de um palácio, e boatos diziam que apenas o salão de baile fazia com que lady Whittington desejasse permanecer nesta velha mansão, enorme e antiquada, situada de forma tão inconveniente nos arredores de Mayfair...

Série Os Cupidos
1 - Aposta no Amor
2 - Conquista do Amor
3 - Bodas de Desafio
4 - A Dança da Corte
Série Concluída
 

4 de fevereiro de 2013

Indiscreta





Benedict Wincross entra na vida de Camilla Ferrand tão rápido quanto puxa o gatilho de sua arma.

Seria ele um seqüestrador?
Um ladrão?
Por que Camilla começou a fazer parte da vida dele sem nem se dar conta disso?
Embora Benedict não seja um perfeito gentleman, Camilla percebe que ele é exatamente o tipo de homem de que ela precisa: um noivo temporário para satisfazer as exigências de seu avô, o Conde de Chevington.
Por outro lado, Benedict também tem seus interesses em jogo. E um deles é conseguir passe livre em Chevington Park, propriedade da família de Camilla, para conduzir uma investigação secreta sobre corrupção. Benedict e Camilla tem seus objetivos particulares, mas não estão preparados para enfrentarem a paixão forte e inesperada que surge entre eles e que é capaz de colocar ambos em grande perigo.

Capítulo Um

1812
Ela estava perdida.
Camilla suspeitava disso há algum tempo e, agora, ao empurrar a cortina para o lado e mirar a noite, teve certeza. Sua carruagem estava coberta pela neblina. Parecia estar no meio de uma nuvem. Não tinha a menor idéia de sua localização. A carruagem poderia estar a dez metros da casa de seu avô ou na ponta de um penhasco.
— Que que eu faço, moça? — perguntou o cocheiro do alto do veículo.
— Vamos esperar um pouco. — Seria tolice insistir nessa neblina tão densa. Não dava para imaginar onde iriam parar. — Deixe-me pensar.
Com um suspiro, deixou a cortina cair e recostou-se no assento acolchoado. 
Fora tudo culpa dela, ela sabia. Se ao menos não estivesse tão mergulhada nos pensamentos, tão imersa em seus problemas, talvez tivesse percebido a névoa se adensando ou notado que o cocheiro contratado, sem conhecer o terreno local, havia tomado um caminho errado. 
Na verdade, ela deveria ter parado no vilarejo e contratado um mensageiro local para mostrar o caminho ao cocheiro. Em vez disso, ficara se torturando em busca de um meio de se livrar de seu dilema, tão concentrada na armadilha que havia imposto a si mesma com sua mentira — por que vovô contara para tia Beryl? que não tinha prestado a menor atenção, ao rumo tomado pelo cocheiro. Bem, agora teria de pagar por sua desatenção.
Camilla abriu a porta da carruagem e olhou para fora. 
Não conseguia nem ver as cabeças dos cavalos com clareza. Olhou para a estrada. 
Podia enxergá-la o suficiente para dar-se conta de que não era maior do que uma trilha no urzal, certamente não era a estrada que levava a Chevington Park; Deus sabe para onde o cocheiro londrino os havia levado.
Enrolando seu manto em torno de si e amarrando-o no pescoço, desceu com leveza. 
O cocheiro olhou ao redor e, em seguida, para ela.
— Mas o que a senhorita está fazendo? — moveu-se como se fosse descer. —Ainda nem baixei os degraus.
Camilla acenou de volta.
— Tudo bem. Não precisa se incomodar. Já desci. Vou dar uma olhada ao redor.
O cocheiro pareceu preocupado:
— Olhe, moça, é melhor não andar muito. Não dá pra ver um palmo na frente do nariz, com esse tempo.
E acrescentou, com amargor:
— Maldito lugar: Dorset.
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28 de janeiro de 2013

Bodas de Desafio

Série Os Cupidos
Brincar de cupido pode ser perigoso...

Lady Calandra deveria ter pretendentes batendo a sua porta. 
Mas seu irmão superprotetor, o duque de Rochford, conseguiu espantar todo cavalheiro adequado. 
Menos um: o misterioso conde de Bromwell. Callie se vê atraída pelo enigmático nobre, apesar dos violentos protestos de seu irmão. 
Desafiando as ordens do duque, ela planejou ver Bromwell novamente, contando com o auxílio da casamenteira Francesca Haughston. 
Mas quando os segredos sombrios sobre o duque e o conde vêm à tona, talvez seja tarde demais para Callie perceber que caiu direto numa armadilha...

Capítulo Um

O baile de aniversário de lady Odélia Fencully foi o acontecimento da temporada... embora a temporada ainda não tivesse começado.
Não ter sido convidado era motivo de profundo constrangimento social. 
Ser convidado e não comparecer seria impensável. Pelo sangue ou pelo casamento, lady Pencully tinha relações de parentesco com a metade das famílias mais ricas e aristocráticas da Inglaterra. Filha de um duque e condessa pelo casamento, a dama era um pilar da alta sociedade, e raramente alguém ousava contrariá-la. No auge da juventude, dominara o ton como dominava sua família, com uma língua afiada e uma vontade de ferro. 
E, embora a idade a levasse a preferir permanecer cada vez por mais tempo em sua propriedade rural, quase nunca indo a Londres, nem mesmo para a temporada, ainda tinha grande poder. 
Sendo uma extraordinária correspondente, ela mantinha-se informada sobre as mais recentes notícias e escândalos e jamais deixava de enviar uma carta se achasse que alguém precisava do beneficio de seus conselhos. 
Assim, naquele ano, quando anunciara que celebraria seu aniversário de 85 anos com um grande baile, imediatamente a festa se tornara um evento que ninguém, com posição social ou pretensões a tê-la, poderia se arriscar a perder, embora fosse em janeiro e, em Londres, era a época do ano mais fora de moda e que apresentava as maiores dificuldades de locomoção. 
A neve, o frio e o trabalho de abrir as casas na cidade para uma breve visita não seriam impedimentos para o comparecimento das damas do ton. 
Elas que garantiam a si mesmas que aquele ano, como de costume, não aconteceria de, em janeiro, ninguém estar na cidade, já que todos os que tinham alguma importância iriam à festa de lady Odélia. 
Entre os que deixaram suas propriedades rurais e viajaram para Londres, estavam o duque de Rochford, sua irmã, lady Calandra, e sua avó, a duquesa viúva de Rochford.
O duque, uma das raras pessoas que ousavam desafiar lady Odélia, decidira não fazê-lo. Afinal, era sobrinho-neto da grande dama e acreditava em responsabilidades familiares. 
Além disso, precisava cuidar de negócios em Londres. 
A duquesa viúva decidira comparecer porque, embora jamais tivesse realmente gostado da irmã mais velha de seu falecido marido, lady Pencully era uma das poucas pessoas vivas de sua geração... 

Série Os Cupidos
1 - Aposta no Amor
2 - Conquista do Amor
3 - Bodas de Desafio
4 - A Dança da Corte
Série Concluída

13 de janeiro de 2013

Um Caso sem Fim

Série Willomere
Quando Oliver, o conde de Stewkesbury, pede a vivaz lady Vivian Carlyle que se encarregue de que suas primas americanas conheçam a flor e a nata da sociedade londrina, não imagina o perigo que ela significaria para seu autocontrole. 

Forçado a manter um estreito contato com a encantadora dama, Oliver descobre que não pode deixar de pensar nela… em sua inteligência, em seu sorriso… e em seus lábios. 
E quando Vivian, que jurou jamais se submeter aos laços do casamento, sugere audaciosamente que Oliver e ela se tornem amantes, sua proposta escandalosa é uma tentação. 
 Mas quando uma alarmante série de roubos sacode Londres, a sempre escandalosa Vivian insiste em tentar descobrir o responsável, apesar das advertências de Oliver. 
E quando uma ousada dama fica em perigo, é dever de um cavalheiro protegê-la a todo custo. 
Entretanto, o que Oliver e Vivian não podiam prever é que o preço a pagar poderia ser o coração de ambos…  

Comentário revisora Ana Paula G.: Desde o começo da série sentia curiosidade sobre o Oliver e a Vivian... 
Ele tão formal, ela mais despachada...Perfeito!!!
Adorei o livro, a história muito bem escrita, como sempre. Achei apenas que a autora poderia ter dado uma ênfase maior no romance da Camellia, já que deslancha dois romances em um livro. 
Mas, realmente, é a história da paixão entre o Oliver e a Vivian, então, huahaha...sem comentários mais.Recomendadíssimo!!! 

Capítulo Um 

Londres estava suja, úmida e fria. E lady Vivian Carlyle adorava estar nela. 
Quando o criado vestido com libré estendeu a mão para ajudá-la a desembarcar da carruagem, Vivian parou por um instante na portinhola aberta e seus olhos, de um verde muito vivo, brilharam de emoção. Ainda era janeiro, muito cedo para que o baile fosse um autêntico acontecimento social, e ainda, as festas de lady Wilbourne não tinham fama de serem espetaculares. Mas nada disso importava. 
O importante era que Vivian estava de volta a Londres e que se dispunha a comparecer a um evento, e que a longa temporada londrina se estendia diante dela. 
Desceu da carruagem e subiu os degraus que conduziam a casa. Apenas tinha entregado seu manto a um criado quando lady Wilbourne, uma mulher baixa e enérgica que para Vivian parecia um pardal, aproximou-se apressada e estendeu as mãos com um brilho no olhar. 
— Lady Vivian! Quanto me alegra que esteja aqui! 
— Cheguei ontem à cidade — disse Vivian — Por favor, desculpe-me por não ter respondido antes. 
— Não se preocupe com isso — lady Wilbourne subtraiu importância à desculpa com um gesto. 
As duas sabiam que o comparecimento de Vivian ao baile elevaria a posição de lady Wilbourne como anfitriã pelo resto da temporada.
— Alegro-me muitíssimo que tenha retornado a tempo. Deve ter sido muito duro abandonar Marchester, não tenho dúvidas. Uma casa tão esplêndida... 

Série Willomere
1 - Segredos de uma Dama
2 - Segredos de um Cavalheiro
3 - Um Caso sem Fim
Série Concluída

1 de dezembro de 2012

Escândalo



Para surpresa e escândalo de toda sociedade londrina, Charity Emmerson decidira pedir Simon Westport, o conde de Dure, mais conhecido como o Diabo Dure, em casamento.

Para Simon, Charity seria a última das opções.


Tudo o que ele queria era uma esposa madura, racional e calma, e não uma mulher tagarela, vaidosa, cheia de desejos.
Mas ambos acabaram caindo nas ciladas do amor...

Até que cartas misteriosas e o passado obscuro de Simon começaram a atrapalhar a felicidade de Charity, dando-lhe motivos para pensar que talvez tivesse se precipitado ao se oferecer como esposa de Simon. 
Pois se tornava cada vez mais evidente que alguém queria se vingar dela por um motivo absolutamente desconhecido... 

Capítulo Um 

Houve um momento de silêncio atordoado. 
O conde de Dure fitava Charity, boquiaberto. 
Ele se espantara quando seu mordomo, Chaney, anunciara que Charity Emerson estava à porta. 
Sabia que era a irmã de Serena, apesar de nunca a ter visto. Estivera intrigado, também, pois não podia imaginar que estranhas circunstâncias poderiam tê-la trazido até sua casa. 
Mesmo com os boatos que corriam nas últimas duas ou três semanas, de que ele estava a ponto de pedir Serena em casamento, ainda não havia nenhum tipo de relacionamento com os Emerson, e era um desastre social para uma jovem ir à casa de um homem que não lhe fosse aparentado. 
Quando Charity entrara na sala, ele se surpreendera novamente, pois esperava que a irmã de Serena fosse uma colegial, e não a jovem obviamente madura e florescente à sua frente. 
Era fácil, porém, compreender por que Charity fora deixada com as irmãs mais novas na sala de aula, em vez de ter sido apresentada com as outras, Serena e Elisabeth. 
A aparência excelente e a resplandecente beleza loura teriam ofuscado as duas. Ele se sentira imediatamente excitado ao olhar para ela. Sua pergunta o deixou sem fala. Finalmente, limpou a garganta e perguntou: 
— O que você disse? Charity enrubesceu, notando quão rudes suas palavras haviam saído. 
— Quero dizer... Isto é... O senhor está procurando uma esposa, não? As sobrancelhas do conde se ergueram devagar. 
Por maior que fosse sua surpresa, seu rosto frio e composto não a demonstrou. 
— Eu duvido que seja de sua conta, srta. Emerson, mas, sim, eu tenho a intenção de me casar logo. Desde a morte de meu avô, minha posição exige que eu tenha um herdeiro. — Bem, é por isto que eu estou aqui. 
— A senhorita está dizendo que tem a intenção de se colocar no mercado? O rubor de Charity se aprofundou em um vermelho intenso. 
Ela não dissera tudo que pretendia. Seu plano fora expor seu caso de maneira fria e lógica, mas de algum modo, como acontecia tanto com ela, as palavras só pareceram sair em enxurrada por sua boca. 
— Eu não estou — ela começara a responder, acaloradamente, depois parara
— Bem, sim, de certo modo, mas não como o senhor está insinuando. 
— Com certeza. — Os seus olhos escuros se tingiram de divertimento. 
— Será que poderia perguntar, se não for demais, para quê a senhorita está se oferecendo? Havia um tom obscuro e sutil em sua voz que fez com que um arrepio subisse pela espinha de Charity. Ela sabia que deveria se sentir insultada com estas palavras, que ele estava insinuando que não era uma dama, mas o timbre de sua voz a fez se sentir mais fraca do que indignada. 
Ergueu os ombros, lembrando-se do que estava em jogo ali, e disse: 
— Todos dizem que o senhor pretende pedir minha irmã em casamento. Até mesmo papai disse à mamãe ontem à noite que o senhor o faria logo. 
— É mesmo? — A boca do conde se retorceu. 
— Sim. Quando eu ouvi isto, soube que precisava fazer algo extremo. 
— A senhorita? E o que seria isto? 
— Pedir-lhe que se case comigo, em vez de com Serena. 
— A senhorita está tentando passar sua irmã para trás? Charity pareceu horrorizada. 
— Não! Não é isto. O senhor não deve pensar que eu jamais faria algo para prejudicar Serena. É exatamente o oposto. Eu a estou salvando. 
— Salvando? De se casar comigo? — Ergueu as sobrancelhas. — Eu não tinha me conscientizado de que era um destino tão cruel. 
Na verdade, eu pensei que a srta. Serena parecia perfeitamente... Ah... Resignada com ele.
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23 de novembro de 2012

Paixão De Outono




Em um pequeno povoado dos Estados Unidos, Millicent vive entregue aos cuidados de um irmão paralítico.

Tal é sua abnegação que, aos trinta anos, renunciou já a toda possibilidade de matrimônio.
Entretanto, esta convicção se desmorona quando em sua vida irrompe Jonathan, um arrumado viúvo que comprou o periódico local e se estabelece no povo com sua filha de dez anos. 
Através da menina, conflitiva devido à ausência de uma mãe, a relação entre o Millicent e Jonathan se estreita e a mútua simpatia dá passo ao amor. 
Mas o caminho não será fácil. 
Os falatórios maliciosos e as obrigações do Millicent com seu irmão se interpõem entre eles. 

Capítulo Um

Havia um desconhecido no pátio da casa do lado. Millicent o viu logo que saiu de sua casa, com seu vestido de calicó, conhecido como o «penteador», e o velho chapéu que ficava para trabalhar no jardim. 
Saiu ao alpendre e contemplou com orgulho as pulcras fileiras de flores que cresciam frente à casa, ao longo da cerca que rodeava o pátio dianteiro, e no jardim retangular este lado. 
Depois cruzou o pátio, carregada com as grossas luvas de trabalho e os úteis de jardinagem, em direção à curta cerca branca que se estendia entre os pátios dianteiros da casa Hayes e a antiga mansão da viúva Bell, o edifício contiguo. 
Seus apreciados lírios estavam plantados junto a aquela cerca, altos e rígidos; as cabezuelas quedas pareciam muito pesadas para os caules. 
Quando se aproximou dos maciços de flores, olhou em direção a casa Bell, e então viu o homem. Sobressaltou-lhe tanto ver alguém ali que deixou cair ao chão as luvas e as ferramentas e ficou imóvel, lhe olhando. 
Fazia quase um ano que a casa contigua estava vazio, da morte da viúva Bell. 
Nunca ia ninguém, exceto quando a escrivaninha do advogado enviava a alguém para arrancar as más ervas. A gente dizia que à viúva só a tinha sobrevivido uma filha. 
Vivia em Dálias e nem se expor mudar-se ao Emmetsville. Durante meses todo mundo se perguntou o que ia ser da casa. 
 O homem ia muito bem vestido, pensou Millicent, para ser um vagabundo ou um ladrão. 
Era de média estatura, talvez um pouco mais alto do normal, e bem proporcionado. 
Levava chapéu negro, mas como meu - girou em outra direção não pôde lhe ver as feições. 
Esperou com impaciência a que se desse a volta, consumida pela curiosidade. 
 O homem se tirou o chapéu quando jogou a cabeça para trás para observar o segundo piso da casa. 
A luz do sol arrancou brilhos dourados de seu cabelo, no qual se misturavam mechas loira cinza e castanho claro. Millicent se convenceu então de que não lhe conhecia. 
Não havia nenhum homem na cidade com o cabelo daquela cor, a meio caminho entre o amarelo do milho e o dourado pálido do trigo. 
Além disso, havia poucas pessoas na cidade que Millicent não conhecesse. 
Em uma população do tamanho do Emmetsville, um forasteiro sempre era notícia, sobre tudo se se dedicava a contemplar a velha casa Bell. 
O homem subiu os desmantelados degraus do alpendre, abriu a porta com uma chave e entrou. 
A curiosidade do Millicent aumentou. 
O fato de que abrisse a porta c6n chave significava que o senhor Carter, advogado da viúva e administrador de suas propriedades, a tinha dado. 
Devia estar pensando muito seriamente em comprar a casa ou em alugá-la. 
Millicent se deu conta então de que se seguia com a vista cravada no outro pátio, acabaria por chamar a atenção.
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12 de agosto de 2012

A Decisão De Juliet




Juliet, uma jovem atriz, vê-se obrigada a mudar de vida quando sua companhia, um grupo de teatro itinerante, dissolve-se num povoado de Nebraska.

Sem dinheiro nem perspectivas de trabalho, não tem outro remédio senão ficar ali e aceita ocupar-se de trabalhos domésticos na granja de Amos Morgan, que vive com seu filho adolescente e sua irmã solteira, doente de câncer.
Face às dificuldades iniciais, Juliet acaba por acostumar-se às asperezas da vida rural.
Pouco a pouco, converte-se num membro a mais da família, substituindo à mãe ausente, de cujo enigmático desaparecimento ninguém quer falar.
Por fim, ocorre o inevitável: Juliet e Amos se apaixonam.
Mas o passado retorna de repente e põe em perigo seu amor...

Capítulo Um

O ruído procedente do exterior ia aumentando. Lily separou um pouco a pesada cortina e olhou pela fresta.
- Começam a incomodar-se. Desocupados de paletós! Além disso, quem quer tocar em Steadman, Nebraska? Por que nos trouxe aqui James?
- Refere-se à Ópera de Steadman? - respondeu Juliet, ironicamente. - Não sabia que era a Meca cultural do Ocidente?
Lily fez uma careta.
-Sim, e eu sou Sarah Bernhardt. - Voltou a observar ao público, deixando a seguir cair a cortina e olhando a seu redor com irritação. - Maldita seja! E onde está James?
- Certamente celebrando outra farra - comentou com secura a senhora Fairfax.
Era uma veterana do teatro e tinha sobrevivido a tantas crises como aquela que já não lhe preocupava o desaparecimento do galã. 
- Estarei naquele armário que essas pessoas chamam camarim, se por acaso James decide aparecer.
Deu meia volta e com seu dramatismo de sempre se afastou.
Lily se dirigiu ao Juliet, uma expressão de pânico em seus olhos azuis.
- E se tiver razão! - gemeu. - O que faremos então? - Dirigiu um olhar nervoso para a cortina do teatro, depois da qual murmúrios e inquietação se convertiam rapidamente em fortes queixas.
- Adiante com o espetáculo! - gritou alguém do público, e se ouviu um coro de assobios e palmas.
- Deus Santo! - Juliet pareceu aturdida. - Por que me pergunta isso? Eu nada sei.
- Mas você tem anos no teatro!
 

1 de agosto de 2012

Audácia

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Arrancada dos braços de Cameron Monroe, o homem a quem confiara seu coração, ela foi jogada às garras do cruel e impiedoso lorde Dunstan, o escolhido de seu avô para desposá-la. 
Decidida a fazer valer seus sentimentos e não os desejos insanos do patriarca dos Stanhope, ela o desafiou, mas cedeu a uma ardilosa chantagem para proteger seu amado. 
Ele estava decidido a duelar com o destino... Cameron jamais se esqueceu da humilhação que sofreu. 
Após 15 anos, ele retorna à propriedade dos Stanhope para um ajuste de contas. 
Afinal, tornou-se um homem rico e poderoso, com recursos ilimitados para destruir a família que o renegou. E ele tem somente uma exigência: que Angela se torne sua esposa. 
Mas será que a paixão de Angela e Cameron resistirá a terríveis revelações? 


Capítulo Um 


1885 
Uma carruagem em passo ágil surgiu na curva abaixo. 
Angela, olhando do alto da rocha, cobriu os olhos com a mão para ver melhor. 
Era uma carruagem grande, negra e confortável, muito parecida com a do irmão. Entretanto, Jeremy e Rosemary ainda deviam, com certeza, estar em Londres. 
Era o ponto alto da estação e Jeremy raramente se recolhia ao campo, em Bridbury, especialmente durante essa época. Apesar disso, Angela teve a impressão de vislumbrar uma mancha dourada na lateral, que vista àquela distância podia muito bem ser o brasão da família. 
De qualquer modo, dirigia-se ao castelo. O que mais havia nesta estrada além de Bridbury? 
E quem mais viria numa carruagem a não ser o irmão? 
A não ser, é claro, pensou com um suspiro, que fosse alguém como a tia-avó Hepzibah, para passar algumas semanas com a irmã. 
Tendo suportado a visita da irmã da avó há apenas dois meses, Angela duvidava ser capaz de suportar outra temporada. 
Recolheu os lápis de desenho e o bloco e desceu da rocha, assoviando para os cachorros. 
Sócrates, que perambulava procurando alguma travessura, voltou correndo, as orelhas esvoaçando comicamente. 
Pearl, dormindo a sono solto numa rocha ao sol, simplesmente abriu um dos olhos, sem vontade de fazer o menor esforço até ver que sua dona estava indo para algum lugar.
- Venha logo, seu cachorro preguiçoso - Angela disse ao seu pequeno spaniel. 
- Hora de ir para casa. Por que você não é como Trey? Está vendo? Ele já se levantou e está pronto para partir. 
Trey balançou o rabo, orgulhoso com o elogio, e ela se inclinou acariciando-o e depois cocando atrás das orelhas de Pearl. Nesse momento, 
Sócrates tocou-lhe a mão com a pata e enfiou a cabeça debaixo de seu braço para ser incluído no carinho. - Sócrates, seu cachorro bobo - resmungou afetuosamente. 
- Se existe um cachorro menos merecedor de um nome... Ele respondeu dando-lhe uma lambida na bochecha antes que ela pudesse se afastar. 
- Vamos - disse levantando-se e pegando o bloco e a caixa de lápis. - Vamos ver quem é nosso convidado. Começaram a descer a colina por um atalho. 
Como a estrada era sinuosa, sabia que chegaria logo depois da carruagem. Sócrates encabeçava o cortejo, o rabo peludo balançando, correndo na frente para voltar a cada poucos segundos e fazer contato com eles. Angela continuou em passo lento por causa de Trey. 
Embora ele andasse direito com apenas três patas, não podia manter o passo rápido. 
Pearl, no seu habitual estilo companheiro, permaneceu do outro lado de Angela, distraindo-se de vez em quando com algum cheiro diferente. Ao chegarem a Bridbury, 
Angela constatou ser realmente a carruagem de Jeremy estacionada na porta da frente. 
Os criados ainda descarregavam baús da parte superior. Ela correu escadas acima e atravessou a porta da frente. - Jeremy?
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29 de julho de 2012

A Casa das Máscaras

Trilogia Aincourt
Ela não esperava amar novamente… 

Mas o destino tinha outros planos! 
Embora casados há sete anos, Rachel e Michael jamais formaram um casal. 
Marcada pelo arrependimento de um tolo ato de rebeldia, Rachel está certa de que não é digna dele. Afinal, tentara fugir dois dias antes do matrimônio. Michael, por sua vez, sofre com a indiferença da esposa. 
Ele a deseja com todas as forças, mas sua insegurança o impede de se aproximar de Rachel. 
Ao longo de anos de solidão, Michael construiu uma vida secreta como investigador. 
Rachel sequer desconfiava das bizarras atividades de seu marido, pois dava como certo que ele tinha uma amante. 
Até que um dia Michael se envolveu em um caso de assassinato. 
E ele estava tão perto de descobrir a verdade que acabou por colocar Rachel em perigo. 
Agora, Michael terá de salvar o amor de sua vida. 
E provar para ela que ninguém jamais a amaria como ele a ama… 

Capítulo Um 

Rachel recostou-se nos suaves encostos aveludados do assento da carruagem e suprimiu um suspiro. 
Deu uma olhada em Gabriela, que estava enroscada num canto do assento, dormindo. 
Ela invejava o sono fácil da juventude da menina. Não tinha conseguido dormir, apesar do ruído surdo e monótono da carruagem. 
Não conseguia se livrar do estranho sentimento de tédio, até mesmo de tristeza, que a atormentara desde a sua partida de Westhampton na manhã anterior. 
Quando Michael a colocou na carruagem, teve um nítido impulso de se virar e dizer que decidira retardar a viagem por mais alguns dias. 
Porém, é claro, isto foi impossível. Já adiara três dias além do que planejara.
Tinha de devolver Gabriela a seus guardiões; eles a esperavam em Darkwater. 
Um grito do lado de fora da carruagem despertou Rachel de seu devaneio, e ela levantou um dos cantos da cortina para olhar para fora. 
Não conseguiu ver nada a não ser a penumbra da noite, com os galhos das árvores próximas proporcionando uma forma mais escura em contraste com o acinzentado. Houve então um grito do cocheiro, e a carruagem seguiu adiante dando guinadas. 
No momento seguinte, Rachel ouviu o repentino disparo de uma arma. Largou a cortina, arfando. 
A voz do cocheiro soou, gritando com os cavalos, e a carruagem fez um movimento brusco e sacolejou até parar. Rachel agarrou o arco de couro ao lado do assento e segurou firme. 
À sua frente, Gabriela soltou um grito de surpresa enquanto tombava ao chão sem-cerimônias. 
A menina escalou seu caminho de volta para o assento e se virou para olhar, com os olhos escancarados, para Rachel. 
— O que foi? — Gabriela sussurrou. — O que aconteceu? 
— Não sei. — Rachel tentou não deixar o medo transparecer. Não podia pensar numa boa razão para o som da arma de fogo ou do cocheiro puxando os animais para parar. 
O que veio à sua mente foram ladrões de estrada, embora parecesse bizarro encontrá-los a esta distância de Londres. Ouviu vozes e virou-se para a porta. Seus dedos se enroscavam na palma da mão. 
Ela seria corajosa, pensou, lembrando-se de que agora tinha Gabriela para cuidar, e tentou imaginar o que sua formidável cunhada Miranda faria — ou sua amiga Jessica, com sua coragem de filha de soldado. 
Mas não pôde conter um breve e desesperado desejo de que Michael tivesse decidido acompanhá-las a Darkwater. 
A porta se abriu, e uma figura vestida de preto entrou. Rachel lutou para manter a expressão neutra.

Trilogia Aincourt
1 - A Mansão dos Segredos
2 - O Castelo das Sombras
3 - A Casa das Máscaras
Trilogia Concluída

15 de julho de 2012

Segredos de um Cavalheiro

Série Willowmere
Eve Hawthorne se casou jovem com um encantador oficial do exército, porém, pobre. 

Ao enviuvar herdou pouco mais que algumas bagatelas. 
Estava tão desesperada para se livrar de sua déspota madrasta, que aceitou trabalhar como acompanhante das primas americanas do Conde de Stewkesbury, mas temeu por sua reputação após flertar com um bonito cavalheiro que era ninguém além de Fitz, o irmão do Conde. 
Tentar demonstrar que era uma mulher responsável, enquanto Fitz a provocava sem descanso, já era duro por si só, mas a aparição de um chantagista que parecia muito interessado em seu primeiro casamento, piorou ainda mais a situação. 
Como o conde estava fora, só podia pedir ajuda a Fitz, mas não sabia se confiar naquele solteiro inveterado poderia ser prejudicial ao seu coração... 

Comentário revisora Marilda: Continuação digna do primeiro livro. Envolvente e bastante divertido. 
A mocinha, com algumas palavras duras, consegue transformar o mocinho num cavalheiro muito responsável e correto. 
Dura tarefa, já que o rapaz só pensava em curtir a vida loucamente. 
Mais uma das primas americanas do conde encontra o amor, e apesar de todos os contras, conseguem também o final feliz merecido. Como tudo dá certo nesses livrinhos!!! Gostei e recomendo. 

Capítulo Um 

Eve Hawthorne partiria em questão de dias, e já começava a saborear o gosto da liberdade. 
Adeus aos sermões de uma madrasta que era apenas oito anos mais velha que ela, adeus aos frios olhares de desaprovação que recebia toda vez que fazia algum comentário que era considerado frívolo, adeus aos absurdos intentos de casá-la com qualquer viúvo ou solteiro que, na opinião de sua esperançosa madrasta, pudesse estar disposto a se casar com ela. 
 O marido de Eve, o comandante Bruce Hawthorne, estava morto há dois anos e além de deixá-la só aos vinte e seis anos, deixou-a também na mais completa miséria. 
Os Hawthorne eram bastante esbanjadores, e como Bruce era o filho caçula do segundo filho de um conde e só podia dispor de seu soldo como militar, teve dificuldades para viver de acordo com suas possibilidades; de fato, como o pouco dinheiro que sobrou após a sua morte, Eve não conseguiu quitar todas as dívidas que deixara pendentes e foi obrigada a vender os móveis e a maioria de seus pertences para pagar os credores, e depois teve que se conformar em voltar a morar novamente na casa de seu pai. 
 Voltar a depender do reverendo Childe, após oito anos de casamento, oito anos nos quais foi dona de sua vida e de sua própria casa, já teria sido duro o suficiente, mas como ele voltou a ser casar novamente vários anos atrás, não só estava vivendo da caridade de seu pai, mas também da caridade de sua madrasta, e nenhuma das duas estava contente com a situação. 
Como estava decidida a se entender bem com ela durante aqueles últimos dias, sem o habitual morde e assopra, obrigou-se a olhá-la com um sorriso cortês e comentou: 
 — Está um dia lindo, Imogene. A temperatura está muito agradável, embora seja setembro. Julian já assistiu às aulas de hoje. Já te falei como se saiu bem no latim? Eve percebeu que não foi feliz com o comentário assim que as palavras saíram de sua boca. 
Mesmo que Imogene Childe se orgulhasse da inteligência e da educação de seu filho, invejava-a, porque não possuía a educação clássica que ela recebeu pelas mãos de seu pai. 
Não gostava que a recordassem que sua enteada colaborava com o aprendizado de Julian enquanto ela, sua própria mãe, não podia fazer o mesmo.
 — Estou ciente de como Julian está avançado nessa matéria, mas não conseguiu isso deixando de lado seus estudos e saindo para brincar 

Série Willowmere
1 - Segredos de uma Dama
2 - Segredos de um Cavalheiro
3 - Um Caso sem Fim
Série Cnoncluída

10 de junho de 2012

Segredos De Uma Dama

Série Willomere

Mary Bascombe sabia que deveria tomar medidas drásticas quando, após a morte de sua mãe, seu padrasto tentou vender ela e suas três irmãs pelo maior lance. 
No passado, sua mãe cortou todos os laços com sua família inglesa. Mas mesmo assim, ela decidiu que as quatro deveriam fugir para Londres para ocupar seus lugares na alta sociedade, como netas legítimas do Conde de Stewkesbury. 
O belo Sir Royce Winslow não sabia se devia confiar nelas, porque mesmo sendo encantadoras, tinha a impressão que escondiam algo; mas a atração que sentia por Mary era muito real, de modo que, quando as quatro partiram para Willowmere, o imóvel rural do conde, para aprenderem a serem damas refinadas, não hesitou em acompanhá-las. 
Quando um desconhecido tentou sequestrar uma delas, Royce e Mary tiveram que unir forças para enfrentar o perigo... 
E foi então que ele descobriu que, por mais que a alta sociedade valorizasse posses e o decoro, uma americana das mais inapropriadas era quem estava se apossando do seu coração. 

Comentário da Revisora Ana Paula G: Eu, como disse no grupo, admito publicamente: me rendo aos luvinhas... ao menos, aos desta autora!! Ri horrores... 
Super-romântico, sensual, com trehos hilários. 
O coitado do herói tem uma certa ‘dificuldade’ em conseguir pronunciar um pedido decente o que faz com que o pobre seja rejeitado várias vezes..huahahah...Leitura excelente!! 

Capítulo Um 

Londres, 1824 
Mary Bascombe estava assustada. 
Sabia o que era o medo… afinal, crescendo em uma terra nova e perigosa, mais cedo ou mais tarde teria que enfrentar algo capaz de acelerar seu coração… mas o que sentia nesse momento não era nada parecido como quando viu um urso rondando o varal de sua mãe, nem como daquela vez que seu coração se sobressaltou quando seu padrasto a agarrou pelo braço e tentou abraçá-la. 
Nessas ocasiões soube exatamente o que deveria fazer: no primeiro caso retrocedeu pouco a pouco e com cuidado até a casa e carregou a pistola, e no segundo deu um forte pisão no peito do pé de Cosmo, que gritou tanto de dor que a soltou imediatamente. 
Não, a sensação que a envolvia nesse momento era totalmente nova. 
Estava em uma cidade estrangeira na qual não conhecia ninguém, e não tinha nem ideia de qual era o seguinte passo que iria dar. 
Sentia-se… perdida. Percorreu novamente o porto com o olhar. Jamais vira tanto burburinho e atividade, nem tantas pessoas num mesmo lugar. 
O porto da Filadélfia lhe parecia um enxame de pessoas, mas isso era nada em comparação com o de Londres. Havia estivadores carregando e descarregando caixas de mercadorias que se amontoavam por toda parte, e todo mundo parecia ter pressa para chegar a seu lugar de destino. 
Não havia nenhuma só mulher, já que as poucas que viu desembarcar partiram imediatamente em carruagens junto com seus acompanhantes do sexo masculino; de fato, todos os passageiros de seu navio já tinham partido. Suas irmãs e ela eram as únicas que ficaram, e deviam ter uma aparência bastante patética ali plantadas junto a seus escassos pertences. 
As sombras começavam a se formar, e a noite não demoraria a cair. 
Apesar de que poderia ser considerarada como uma ingênua americana à deriva em Londres, era bastante esperta para saber que não era prudente que quatro jovenzinhas estivessem sozinhas no porto londrino de noite. 
O problema era que não sabia o que fazer. 
Acreditou que haveria alguma estalagem próxima ao lugar de desembarque, mas assim que pisaram em terra firme, percebeu que nos arredores do porto não havia nenhum lugar adequado para hospedar um grupo de jovens respeitáveis. 
A verdade era que nem sequer se atrevia a percorrer as estreitas ruas que avistava a sua frente. 
Tentou parar várias carruagens de aluguel que passaram por ali, mas os condutores a tinham ignorado… certos que, ao ver a escassa bagagem que dispunham, imaginaram que eram pobretonas que não poderiam pagar a corrida. 
Não podiam ficar ali. Se não aparecesse uma carruagem o quanto antes, seriam obrigadas a carregar seus pertences e a embrenharem-se nas lúgubres ruelas próximas. 
Olhou vacilante ao seu redor, consciente de que vários homens que estavam carregando a mercadoria nos navios as olhavam de soslaio, e se irritou quando um deles lançou um sorriso cheio de insolência. 
Depois de responder com um olhar frio, deu-lhe as costas pouco a pouco e de forma deliberada. 
Olhou suas irmãs em silêncio durante alguns segundos… Rose era a que lhe seguia em idade, e era considerava a mais bela de todas, graças a seus claros olhos azuis e a sua espessa cabeleira negra; por sua vez, Camellia tinha olhos cinza que nesse momento refletiam a sensatez e a atitude alerta que a caracterizavam, e seu cabelo loiro dourado estava trançado e preso num coque na nuca. 
E por último estava Lily, a mais nova de todas, que era a mais parecida com seu pai. 
O sol clareou seu cabelo castanho claro com mechas douradas, e tinha olhos cinza esverdeados. 
Ao constatar a confiança cega com que as três a olhavam, sentiu que o nó gelado que apertava seu estômago se tornava ainda pior. 
Contavam com ela para que as protegesse…

Série Willomere
1 - Segredos de uma Dama
2 - Segredos de um Cavalheiro
3 - Um Caso sem Fim
Série Concluída
   

12 de março de 2012

O Castelo das Sombras

Trilogia Aincourt
Após perder a esposa, Caroline Aincourt, e a filha, a pequena Alana, em um trágico acidente às vésperas do Natal, Richard torna-se um homem solitário e amargo. 
Em profundo estado depressivo, Richard parte para seu castelo no campo.
Mas, com a chegada de Jessica Maitland e Gabriela Carstairs, seus dias de autocomiseração estão contados. Pouco antes de morrer, o general Streathern, tio-avô de Gabriela, ordenou que a menina ficasse sob a custódia de Richard, que a protegeria do lorde de Vesey, seu sobrinho-neto interessado em roubar a herança da prima. 
Com a missão de entregar a menina sã e salva para Richard, Jessica parte para o castelo do duque, afastando Gabriela de um ambiente nefasto.
Richard não tem intenção de ser responsável por uma órfã, mesmo porque isso o faz lembrar a filha. Mas, ele se sente cada vez mais atraído por Jessica, tornando-se vulnerável à insistência dela para que proteja a menina. Com a chegada de lorde Vesey ao castelo,a situação fica mais complicada.
Decide então reivindicar a guarda de Gabriela, o que coloca Richard em uma posição desconfortável, e para complicar , uma pessoa aparece morta. Agora, Richard e Jessica unem forças para descobrir o assassino, e também tentam... resistir à paixão incontrolável que surge entre eles!

Capítulo Um

Lady Leona Vesey ficava bonita quando chorava. E estava fazendo isso agora... copiosamente. Rios de lágrimas jorravam de seus olhos e escorriam pelo rosto enquanto segurava a mão enrugada do velho homem deitado na cama.
— Ah, tio, por favor, não morra — disse ela com voz de lamentação, os lábios trêmulos.
Jessica Maitland, que estava do outro lado da cama do general Streathern, perto da sobrinha-neta dele, Gabriela, olhava fixamente para lady Vesey com desprezo. Achava que o desempenho dela era digno de um palco. Jessica tinha de admitir que Leona ficava encantadora quando chorava, um talento que Jessica suspeitava que ela passara anos aperfeiçoando. Soubera que lágrimas funcionavam muito bem com os homens. Jessica detestava lágrima, e quando não conseguia segurá-las, as liberava na solidão e na calma de seu quarto.
Claro, Jessica, uma mulher extremamente justa, tinha de admitir que lady Leona Vesey também era bonita quando não estava chorando. Era uma das belezas reinantes em Londres há alguns anos — embora fosse considerada escandalosa demais para freqüentar as melhores casas — e, se estava chegando aos últimos anos desse reinado, o brilho dourado da luz de velas no quarto escuro escondia qualquer efeito que o tempo e a vida desregrada lhe haviam causado.
Lady Vesey era opulenta, ombros delicados e seios saindo pelo decote cavado do vestido, mais adequado como traje de noite do que para visitar um velho parente doente. A pele era macia e tinha o tom do mel, complementando os cachos dourados presos no topo da cabeça e os olhos redondos cas-tanho-claros. Fazia Jessica lembrar-se de uma gata manhosa e mimada, embora se transformasse em algo parecido com uma leoa quando ficava furiosa, como ontem, quando dera um tapa em uma empregada desajeitada que derramara chá em seu vestido.
Naquele momento, Jessica quis dar um tapa em Leona, mas, sendo apenas a governanta da casa do general, manteve a boca bem fechada. Embora, em épocas normais, Jessica mantivesse a casa funcionando com eficiência, Leona não estava acima dela apenas na condição social, mas, por ser esposa do sobrinho-neto do general, também tinha algum parentesco. Desde o momento em que ela e lorde Vesey entraram na casa, Leona assumira o controle, tratando Jessica como empregada.
— Ah, tio — dizia Leona agora, enxugando as lágrimas com o lenço de renda. — Por favor, fale comigo. Fico destruída ao vê-lo dessa maneira.Jessica sentiu Gabriela ficar tensa a seu lado, e sabia no que a menina estava pensando: que o general não tinha nenhuma relação real com lady Vesey, sendo tio-avô do marido dela, e que lady Vesey podia estar tudo menos destruída ao ver o general deitado naquela cama, prestes a morrer.

Trilogia Aincourt
1 - A Mansão dos Segredos
2 - O Castelo das Sombras
3 - A Casa das Máscaras
Trilogia Concluída