22 de maio de 2016

Manhãs de Glória

Amor nos olhos de um estranho... 

Na cidade, eles a chamavam de “louca viúva Dinsmore.” 
Mas Elly não era alheia à sua ridicularização, ela tinha sido uma pessoa deslocada durante toda a sua vida, crescendo em uma velha casa sob o olhar rigoroso de seus avós excêntricos. 
Agora ela estava sozinha, com dois meninos pequenos para criar, e um terceiro filho a caminho. 
Ele derivava em Whitney, Georgia, em uma tarde preguiçosa no verão de 1941, na esperança de colocar seu passado solitário atrás dele... 
Ele ansiava pela ternura que ele nunca tinha conhecido, a casa que ele nunca teve. Tudo o que ele precisava era de alguém para lhe dar uma chance. Então ele viu seu anúncio: Procura-se - Um Marido. Quando ele atravessou o quintal desordenado de Elly Dinsmore, Will Parker sabia que ele tinha voltado para casa por fim...


Prólogo 

O trem parou em Whitney, na Georgia, em uma tarde nublada de novembro. Nuvens agitavam-se e as primeiras gotas de chuva caíram como massa grossa no teto negro da carruagem à espera. Ambas as janelas estavam cobertas de preto. Quando o trem veio a uma parada, uma sombra furtivamente levantou um pouco uma cortina e um único olho espiou pela fenda. 
— Ela está aqui — A voz de uma mulher assobiou. — Vamos! — A porta se abriu e um homem saiu. Ele, assim como o transporte, estava de negro, terno, sapatos e um chapéu de abas largas desgastado. Ele olhou nem para a direita nem para a esquerda, mas caminhou propositadamente para os degraus do trem quando uma jovem mulher saiu com um bebê nos braços. 
— Olá, papai — disse ela, hesitante, oferecendo um sorriso vacilante.
— Traga o seu filho bastardo e venha comigo. — Ele virou-a bruscamente por um cotovelo e conduziu-os de volta para a carruagem sem olhar para ela ou o bebê. A porta com cortinas foi aberta no instante em que chegaram a ela. A jovem pulou para trás protetora, puxando o bebê em seu ombro. Seus olhos castanhos suaves amedrontados pelos duros verdes acima dela, emoldurados por um gorro preto e vestido de luto. 
— Mama... — Entre! — Mama, eu- — Entre antes que cada alma nesta cidade enxergue nossa vergonha! O homem deu a sua filha uma cotovelada. Ela tropeçou para dentro da carruagem, mal capaz de ver através das lágrimas. Ele a seguiu rapidamente e agarrou as rédeas, que foram introduzidas através de um postigo, produzindo apenas uma luz escura. 
— Depressa, Albert — A mulher ordenou, sentando-se dura como uma lápide, olhando para a frente. Ele chicoteou os cavalos a um trote.
— Mamãe, é uma menina. Você não quer vê-la? — Vê-la? — A boca da mulher franziu-se enquanto ela continuava olhando para a frente. — Eu temo que não vou pelo resto da minha vida, enquanto as pessoas sussurrarem sobre a obra do diabo que você trouxe à nossa porta. A jovem agarrou a criança mais apertado. Ela choramingou, então, quando um dissonante trovão ressoou, começando a chorar a plenos pulmões. 
— Cale isso, você me ouviu! — O nome dela é Eleanor, mamãe e- — Cale-a antes que todo mundo na rua ouça! Mas o bebê uivou por toda a distância a partir da estação ferroviária, junto a praça da cidade e da principal estrada que leva até a borda sul da cidade, passando por uma fileira de casas a uma cercada por uma cerca de piquete com glórias da manhã subindo em sua varanda da frente. 
A carruagem virou, atravessou um quintal e parou perto da porta dos fundos. A mãe e a criança foram conduzidas para dentro pela mulher vestida de negro e imediatamente uma cortina verde escura foi puxada para baixo para cobrir a
janela, seguida de outra e outra até que todas as janelas da casa estavam cobertas. A nova mãe nunca foi vista deixando a casa de novo, nem as cortinas foram levantadas.


12 comentários:

  1. Em primeiro lugar gostaria de parabenizar você jenna pelo blog! Ele é o melhor para fãs de romances históricos como eu! Em segundo lugar este livro foi simplesmente maravilhoso... A forma como o amor nasce entre Elly e Will e como eles conseguem vencer os obstáculos é muito lindo, tudo isso com a II Guerra mundial como plano de fundo. Recomendadíssimo ������

    ResponderExcluir
  2. Linda historia! Adorei

    ResponderExcluir
  3. É um livro lindo. Comecei e não parei de ler. Não conhecia a autora, vou procurar outros dela. Jenna eu amo seu blog. Obrigado por seu trabalho maravilhoso. Abraços. Mara Silva.

    ResponderExcluir
  4. Eu já li o outro livro desta autora...adorei!!!! Não vejo a hora de ler este....Super indico ....muito boa....Bjs Flávia

    ResponderExcluir
  5. Estou lendo e amando....Roberta

    ResponderExcluir
  6. Sou apaixonada pela maneira de escrever da Lavyrle Spencer, os personagens sāo muito bem costruidos e o amor é lindo, em todos.
    Este foi o primeiro que li dela (em espanhol) e nao parei mais. Super recomento!!! Este livro e "Os Dolces Anos" sāo os melhores dela, na minha opniāo.

    ResponderExcluir
  7. Lindo de viver, daqueles que restaura a fé na humanidade!

    ResponderExcluir
  8. Será que tem mais um livro da Lavyrle saindo? Eu quero ler outro logo! Bjos meninas!
    Ana Paula

    ResponderExcluir
  9. Comecei a ler este livro sem nenhuma expectativa , mas ele me surpreendeu , ,lindo romance , linda estória que te passa uma idéias do que é o amor no verdadeiro sentido da palavra para o sentimento , super recomendo.

    ResponderExcluir
  10. Muito envolvente a história,sofri e torci por eles, ambos personagens solitários, sofridos e discriminados, ninguém merecia mais que eles encontrar um final muuuito feliz.

    ResponderExcluir
  11. Li alguns comentários sobre este livro...confesso que demorei um pouco pra ler...mas me apaixonei por ele,com certeza uns doa maus lindos que já li👏👏👏
    Esplêndido!!!! Apaixonada na escrita, no casal...simplesmente encantada!!!!!

    ResponderExcluir
  12. Amei, linda a estória, muito bom !!

    ResponderExcluir

Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!