19 de março de 2017

Destino Insólito


Uma era turbulenta... Uma terra inóspita... E uma paixão que resistiu ao tempo!

Casada contra a sua vontade com um brutamontes das Terras Altas, a linda e graciosa Kylynn Gowrie sentiu-se reviver quando conheceu o atraente Roarke MacKinnon... Roarke irrompeu de repente na corte da rainha Mary da Escócia, para reivindicar suas terras, mas seus modos gentis e sua ternura conquistaram o coração de Kylynn, que ansiava por entregar-se àquela paixão proibida...
Quando, porém, a rainha da Inglaterra tramou um ardil para a rainha da Escócia, a quem Kylynn venerava, o destino fez de Roarke seu inimigo. Seria o amor deles forte o suficiente para sobrepujar as agruras e as traições de uma guerra implacável?...

Capítulo Um

Escócia, 1565
O céu do meio-dia estava escuro enquanto o sol tentava escapar das nuvens cinzentas que se avolumavam numa ameaça de tempestade iminente.
Roarke MacKinnon olhou para as nuvens com irritação. Desde o início, a expedição ordenada pela rainha vinha sofrendo um atraso após o outro. O que mais poderia dar errado? O que ele não daria para dar meia-volta... Mas fora encaminhado para a Escócia sob as ordens de Elizabeth. Somente um tolo ousaria contrariar as ordens da rainha, e Roarke estava bem longe de ser um. Embora sua missão lhe deixasse um gosto amargo na boca, seguiria em frente.
Espião. Não gostava da palavra. Não era do tipo de homem que agia furtivamente, observando as pessoas e reportando cada uma de suas palavras e ações. Elizabeth lhe dissera que ele seria um emissário, mas ele sabia que essa era apenas outra denominação para a mesma função.
Não que lorde Burghley não tivesse sido bem convincente ao falar da rainha escocesa e da ameaça que ela representava para todos os ingleses.
O homem seria capaz de convencer um fazendeiro de que uma ovelha era uma vaca, Roarke pensou com seus botões, bravo consigo mesmo por ter aceitado as palavras dele. Em menos de uma hora provocara seu patriotismo a ponto de fazê-lo esquecer que também tinha sangue escocês.
Brandindo a espada, ele prometeu proteger Elizabeth da megera caprichosa que reinava em Edimburgo. Agora se arrependia de suas palavras fervorosas. Não tinha nada contra Mary, muito menos apreciava a ideia de entrar em sua corte sob falsos pretextos.
Elizabeth armara o plano: Roarke deveria pedir uma audiência com a rainha a fim de solicitar que o título e as terras de seu pai lhe fossem devolvidos, jurando-lhe fidelidade. Deveria fingir uma desavença com Elizabeth e com tudo o que fosse inglês. Resumindo, deveria encontrar um modo de ganhar a confiança de Mary para manter Elizabeth informada de tudo o que ela pensasse ou fizesse.
Roarke não gostava da missão, porém, talvez valesse a pena pelo simples fato de se distanciar da corte elisabetana. Embora fosse leal à casa dos Tudor, não era homem de apreciar as necessidades constantes de uma rainha exigente. Elizabeth era vaidosa. Não obstante ajudasse seus favoritos, poderia muito bem aniquilá-los, sem nunca demonstrar remorso. Sua corte se assemelhava a um campo de batalha onde as armas eram dinheiro, vestes finas, bela aparência e elogios vãos. Esse tipo de ambiente não servia para ele. Só lhe restava esperar que a corte escocesa lhe fosse mais aprazível.
— Uma tempestade se aproxima, não? 

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