5 de dezembro de 2019

Alguém para Casar

Série Westcott


Quando Alexander Westcott se torna o novo Conde de Riverdale, ele herda um título que nunca quis e uma propriedade rural falida que não pode financiar. 

Mas ele pretende fazer tudo o que estiver em seu poder para desfazer anos de negligência e dar às pessoas que dependem dele uma vida melhor... Uma reclusa por mais de vinte anos, Wren Heyden quer apenas uma coisa da vida: o casamento. Com a sua vasta fortuna, ela decide comprar um marido. Mas quando ela faz ao desesperado, e-tão-arrojado conde, uma surpreendente e inesperada proposta, Alex só vai concordar se puder fazer uma corte adequada, esperando, pelo menos, que a amizade e o respeito se desenvolvam entre eles. Ele está completamente despreparado para o desejo que o subjuga quando Wren finalmente levanta os véus que escondem os segredos do seu passado...

Capítulo Um

— O Conde de Riverdale. — O mordomo anunciou após abrir amplamente as portas duplas da sala de estar, como se admitisse a entrada de um regimento e depois, passando para o lado, para que o cavalheiro anunciado pudesse passar por ele.
O anúncio não era estritamente necessário. Wren tinha ouvido a chegada do seu veículo e adivinhou que era um cabriolé, em vez de uma carruagem, embora não se tivesse levantado para olhar. E ele chegara quase na hora certa. Ela gostava disso. Os dois cavalheiros que tinham vindo antes dele chegaram atrasados, um deles por quase meia hora. Aqueles dois foram mandados embora, assim que foi decentemente possível, embora, não apenas por causa do seu atraso. Sr. Sweeney, que tinha vindo uma semana antes, tinha dentes ruins e uma maneira de esticar a boca para expô-los em intervalos desconcertantes e frequentes, mesmo quando não estava realmente sorrindo. Sr. Richman, que tinha vindo há quatro dias, não tinha personalidade discernível, um fato que tinha sido tão desconcertante como os dentes de Sr. Sweeney. Agora aqui vinha o terceiro.
Ele avançou alguns passos antes de parar abruptamente, enquanto o mordomo fechava as portas atrás de si e olhou em volta da sala, com aparente surpresa, com a descoberta de que era ocupada apenas por duas mulheres, uma das quais — Maude, dama de companhia de Wren — que estava sentada num canto, a cabeça inclinada sobre algum bordado, no papel de acompanhante. Os seus olhos pousaram sobre Wren enquanto fazia uma vênia.
— Senhorita Heyden? — Era uma pergunta.
A sua primeira reação, após a sua aprovação inicial da sua pontualidade, foi uma aguda consternação. Um olhar lhe disse que ele não era nada do que ela queria.
Ele era alto, bem formado, com uma elegância impecável, cabelo escuro, e incrivelmente bonito. E jovem — em seus vinte e tantos anos ou trinta e poucos anos, era um palpite. Se ela fosse inventar o herói perfeito para o conto de fadas romântico perfeito, ela não conseguiria melhor do que o homem muito real de pé no meio da sala, esperando que ela confirmasse que ela era, de fato, a senhora que o havia convidado para tomar chá em Withington House.
Mas este não era um conto de fadas e a pura perfeição dele a alarmou, fazendo com que se inclinasse um pouco mais para trás na sua cadeira e mais profundamente na sombra proporcionada pelas cortinas da janela do seu lado da lareira. Ela não queria um homem bonito ou mesmo um homem particularmente jovem. Ela esperava alguém mais velho, mais comum, talvez careca ou com um pouco de barriga, de aparência agradável, mas basicamente... bem, normal. Com dentes decentes e pelo menos algum pouco de personalidade. Mas ela não podia negar a sua identidade e dispensá-lo sem mais delongas.
— Sim — disse ela. — Como vai você, Lorde Riverdale? — Por favor, sente-se. — Ela apontou para a cadeira em frente à lareira e da sua própria cadeira. Ela sabia algo sobre etiqueta e deveria, naturalmente, ter se levantado para cumprimentá-lo, mas ela tinha uma boa razão para manter-se nas sombras, pelo menos por agora.
Ele olhou para a cadeira enquanto se aproximava e sentou-se com óbvia relutância.
— Peço desculpas — disse ele. — Estou, aparentemente adiantado. Lamento mas a pontualidade é um dos meus pecados mais constantes. Eu sempre cometo o erro de supor, que quando sou convidado para algum lugar para as 2:30, estou sendo esperado para chegar às 2:30. Espero que alguns dos seus outros convidados estejam aqui em breve, incluindo algumas senhoras.
Ela ficou mais alarmada quando ele sorriu. Se fosse possível parecer ainda mais bonito, ele pareceu. Ele tinha dentes perfeitos e os seus olhos se enrugaram atraentemente nos cantos quando sorriu. Os seus olhos eram muito azuis. Oh! 








Série Westcott

2 comentários:

  1. Que livro fascinante! Sempre gostei da escrita da Mary Balogh e estou encantada com essa série. Aguardando ansiosa os seguintes livros da Série Westcott.

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  2. Linda série!! Mary Balogh não decepciona.

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!