13 de dezembro de 2025

Natal em Emerald Falls


O espírito encantador do Natal pode ser exatamente o que eles precisam para curar seus corações e descobrir uma segunda chance no amor.

O Sr. James Bailey parece possuir tudo o que se pode desejar: riqueza, uma família amorosa e um espírito generoso. Conforme os ventos gélidos dos Doze Dias de Natal se aproximam, James embarca em uma missão para ajudar os pobres de sua comunidade com comida e roupas em meio ao inverno mais rigoroso que já viram em sua vida. A Srta. Eleanor Dove deixou Emerald Falls dois anos antes devido a um mal-entendido com James Bailey. Agora noiva do Conde de Montefeltro, ela acredita que seu coração está a salvo. Mas, ao retornar a Emerald Falls, descobre que suas memórias estão presas ao passado e seu coração irremediavelmente ligado ao seu primeiro e único amor. Na véspera da Noite de Reis, James descobre que foi enganado. Suas contas apresentam um déficit de oito mil libras e ele corre o risco de ser preso por dívidas. Sem uma solução aparente, o destino intervém e James se vê compelido a confrontar a verdadeira essência de sua existência e o profundo impacto de seus atos. Em uma história tecida com amor, perda e redenção, “Natal em Emerald Falls” se desenrola como uma exploração cativante do espírito humano, lembrando-nos de que, às vezes, as maiores riquezas não residem na riqueza material, mas na profundidade e na alegria de nossas conexões e na beleza de uma vida bem vivida.

Capítulo Um

Mal-entendidos tinham o poder de transformar amantes em meros conhecidos. Eleanor Dove teve o azar de descobrir a verdade dessa afirmação em uma bela noite de neve, dois anos antes, quando todas as suas esperanças e sonhos desmoronaram ao seu redor, deixando-a atordoada e com o coração partido. A dureza dos olhos castanho-chocolate de James Bailey, olhos que outrora brilhavam com um amor que ela considerava igual ao do Rei Arthur por sua Lady Guinevere, transformou-se em dor e, em segundos, derreteu-se em raiva. O noivado que suas famílias e a sociedade local esperavam fora esquecido. Todos voltaram às suas vidas, e o namoro que ela e James desfrutaram por seis belos meses terminou em uma morte trágica.
— Oh, Eleanor, não suporto a ideia de que você precise voltar para Emerald Falls antes de partir para a Itália. Aquela vila fica no fim do mundo — murmurou Sally, passando a mão pelo tampo da penteadeira. Eleanor estava sentada diante do espelho enquanto sua criada penteava seus longos cabelos castanho-acinzentados. — Seus pais não têm nenhuma compaixão pela sua situação?
A decisão fora tomada sem levar em consideração os desejos dela. Se dependesse dela, ela deixaria a Inglaterra sem olhar para trás – pelo menos não para aquela certa propriedade em Emerald Falls. Mas seu pai decidira que, se ela fosse se casar com um italiano e deixar a Inglaterra para sempre, deveria apresentá-lo à sua família na casa ancestral da família.
Ela desejava que seus pais e irmão viajassem a Londres para conhecer seu noivo, mas, com a chegada das festas de fim de ano, seus pais se recusavam a abandonar a celebração. Era dever deles, como uma das famílias mais proeminentes do condado, organizar pelo menos um evento durante o Natal. Este ano, a responsabilidade deles era preparar e entregar as cestas de Natal no dia 26 de dezembro. Sua mãe alegou que seria inconcebível transferir essa tarefa para outra família, já que se tratava de caridade, o que Eleanor compreendeu e com o qual concordou plenamente. Portanto, ela não tinha outra escolha. Se quisesse ver sua família mais uma vez antes de se mudar para a Itália, teria que fazer uma última viagem para casa.
— Emerald Falls é conhecida por sua elaborada celebração dos Doze Dias de Natal. Não posso pedir aos meus pais que cancelem seus planos porque o conde me propôs casamento.
Sally girou, suas camisolas de seda brilhante esvoaçando como um elaborado vestido de baile. — Um noivado de Natal é tão romântico. Eu só queria que ele tivesse me convidado para dançar no baile de São Miguel.
Eleanor riu da tolice de sua prima. — Nossa decisão de nos casarmos não teve nada a ver com a primeira vez que dançamos. Na verdade, depois daquela noite, passei a não gostar nada de Lorde Montefeltro.
— Lembro-me perfeitamente. Mas ele não era do tipo que desistia e agora você será uma condessa. É o sonho de toda mulher. Mas para você, será uma linda realidade.
Eleanor observava seu reflexo no espelho enquanto sua criada terminava de enrolar seus cabelos nas mechas. A rotina noturna era necessária para que ela não acordasse com os cabelos amassados e sem forma, e por isso tolerava o tempo gasto para trançar e enrolar cada mecha. Respondendo à prima, suspirou ao considerar a vida que teria como uma dama da nobreza. — Sem dúvida, é um papel que eu jamais imaginei.
Sally sentou-se na beira da cama, a empolgação de momentos antes agora dissipada ao observar a reserva da prima. — Sinceramente, Eleanor. Você parece tão melancólica. Se eu não tivesse certeza do seu afeto pelo conde, pensaria que você não está animada com o casamento que se aproxima.
— Estou bastante satisfeita com a minha decisão.
— Satisfeita? 



















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