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26 de março de 2024

A Grande Confusão de Lady Amelia

Série Beau Monde

Jake partiu seu coração ao deixá-la depois de compartilhar um beijo apaixonado.

Lady Amelia quebrou o dele ao se casar com seu melhor amigo.
Quando ela voltar para a cidade como uma viúva – perseguida por um libertino infame, irmão devasso de Jake, e talvez por ele mesmo – Lady Amelia terá uma grande confusão em suas mãos. Uma brincadeira brilhante através da alta sociedade, A Grande Confusão de Lady Amelia oferece um romance espirituoso da Regência em que abundam mal-entendidos, reputações são colocadas em risco, e a única coisa mais emocionante do que um escândalo é o amor verdadeiro.

Capítulo Um

Jake Hillary era o guardião do segredo de sua família, o guardião de seu irmão rebelde e, mais tragicamente, o guardião de um amor sem esperança pela esposa de seu melhor amigo. Mas pelo menos por enquanto, ele não pensaria na torturante noite que viria em admirar Amelia de longe. Seu irmão estava prestes a levar uma surra, e Jake planejava realizá-la.
Puxando o chaveiro do relógio, ele extraiu o relógio de ouro do bolso. Ele mal conseguia distinguir as mãos na penumbra.
— Droga e maldição.
Ele colocou o relógio de volta no bolso. Não havia tempo suficiente para bater em Daniel antes da festa. Em vez disso, Jake esmurrou a porta do quarto alugado de seu irmão, fazendo-a bater no batente.
— Sim! — Daniel berrou.
Aparentemente, seu irmão havia descartado a cortesia e as boas maneiras enquanto estava no mar, embora Daniel nunca tivesse aderido à etiqueta. Com base em sua resposta mal-educada, parecia improvável que ele pretendesse atravessar a sala para receber Jake. Irritado, ele abriu a porta e invadiu o interior.
— Dan…
— Bem ali, amor. — Daniel jogou a cabeça para trás contra a cadeira enquanto uma loira enterrava o rosto em sua virilha. — Oh sim!
— Maldição. — Jake cobriu os olhos e girou sobre os calcanhares, batendo o cotovelo no batente da porta. — Ai! — Ele murmurou outra maldição baixinho.
— Que diabos, Jake? Você não ouviu falar em bater, seu réprobo?
— Eu bati. Da próxima vez farei mais barulho — ele falou lentamente. Certamente todas aquelas batidas poderiam ter sido ouvidas do outro lado de Mayfair. — Informe-me uma vez que você se pôs em ordem.
Jake balançou a cabeça enquanto caminhava para o corredor para esperar. Que visão para se deparar, seu irmão levando uma chupada. E tudo antes do jantar. Foi o suficiente para estragar seu apetite.
Quando o mau cheiro da escada o atingiu novamente, seu lábio se curvou. Daniel podia se entregar a prostitutas e bebidas alcoólicas, mas não estava jogando
fora sua fortuna em quartos alugados. O papel descascado das paredes em grandes folhas e manchas de origem desconhecida salpicavam o chão arranhado.
Cheira a malditas cavalariças aqui. Adequado, dado que seu irmão estava se comportando como um idiota.
Depois de uma série de solavancos e xingamentos abafados, a porta se abriu. Seu irmão encheu a porta, cada centímetro dele.
Jake sorriu. — Pedi que me chamasse depois de se vestir.
— Entre aqui.
Afastando-se da parede, Jake voltou a entrar nos aposentos. — Sua convidada está decente agora?
Um olhar torto substituiu a carranca de Daniel. — Por quê? Você quer umazinha?
— Mostre algum respeito. A mulher merece pelo menos tanto por tolerar sua vulgaridade.
Uma risada feminina veio da sala dos fundos. — Obrigada, Sr. Hillary, mas acho a vulgaridade do capitão tolerável. — A jovem apareceu na soleira, sua nudez agora escondida com um vestido rubi desbotado. Seu cabelo sem brilho estava preso em um penteado casual.
— Oh meu Deus! — Seus olhos castanhos se arregalaram enquanto ela olhava Jake de cima a baixo antes de se voltar para Daniel. — Seu irmão é delicioso, capitão Hillary.
Delicioso? Como uma torta de carne? Jake tossiu em seu punho, desconfortável com a natureza de seu elogio, já que não havia regras para ditar sua resposta. No entanto, ele considerou falta de educação desconsiderá-la abertamente. — Sim, bem. Obrigado.
Daniel piscou para ela. — Você gosta do canalha, não é?
Ela caminhou até o irmão de Jake com um sorriso puxando seus lábios carnudos. — Aposto que ele é o mais bonito do clã Hillary.
— Além de mim.
— Sim. É óbvio. — A mulher aceitou a bolsa que Daniel ofereceu e deu um beijo em sua bochecha. — Mesma hora amanhã, senhor?
Daniel a golpeou por trás. — Vou mandar avisar.
Jake se moveu para o lado para permitir a passagem de uma… amiga de seu irmão para o corredor.
Ao passar por ele, passou os dedos pela lapela do paletó. — Ficarei feliz em visita-lo algum dia.
O sorriso de Jake foi forçado. — É uma oferta generosa, senhorita.
— De jeito nenhum, senhor. — Ela inclinou a cabeça para o lado e piscou, olhando para ele em expectativa. Quando Jake não ofereceu nenhum encorajamento, ela soltou um suspiro e caminhou para a escada.
Daniel riu. — O que você está fazendo, menino do coro?
Jake fechou a porta e entrou nos apartamentos. — Não consigo decidir qual cheiro é mais ofensivo, o corredor ou você. Limpe-se. Você não tem muito tempo.
— Tempo para quê? — Daniel deixou-se cair na cadeira esfarrapada numa demonstração perfeita de insolência, entre outras coisas.
Jake olhou para o teto para evitar ter outro vislumbre de seu irmão. — Sei de fonte segura que você recebeu o convite para o jantar que mamãe preparou em sua homenagem, embora não tenha se dado ao trabalho de responder. De novo. Agora, vista-se. Os convidados chegarão em… — Ele olhou novamente para o relógio. — Quarenta e cinco minutos.
— Esta noite?



Série Beau Monde
02- A Grande Confusão de Lady Amelia