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13 de fevereiro de 2024

A Srta. Hillary ensina um Canalha

Série Beau Monde
Ele nunca vai se contentar com uma mulher…

O solteiro afável Lorde Andrew Forest vive para o prazer e não oferece desculpas. Mas ele recebe uma dose de seu próprio remédio quando a hóspede fascinante de sua família se deita com ele, e depois desaparece sem sequer pedir licença. Ele gostaria de ensinar à pequena megera uma coisa ou duas sobre como amar um homem… se pudesse encontrá-la. E ela não vai se contentar com desgosto… Depois que o homem arrojado de seus sonhos se revela como um canalha mentiroso, a herdeira Lana Hilary está pronta para procurar um casamento com um cavalheiro respeitável – se eles não fossem tão terrivelmente chatos. Incapaz de controlar sua natureza ousada por muito tempo, Lana flerta com problemas e se vê envolvida com exatamente o tipo de homem que prometeu evitar.

Capítulo Um

Londres, Inglaterra
26 de maio de 1816

Dois tipos de homens lotavam o salão de baile Eldridge naquela noite: os cavalheiros arrojados a cuja perseguição ardente, mas adequada, qualquer debutante daria as boas-vindas. E depois havia aqueles que perseguiam Lana Hillary. Enquanto as damas bonitas, como a tímida Srta. Catherine Mitchell e seu círculo íntimo de conhecidas, conquistavam os corações dos homens belos da cidade, como Lorde Gilford, Lana se escondia atrás de um vaso de samambaias, esperando que o desesperado Lorde Carrington e outros de seu tipo não percebessem que ela estava sem a proteção de seu irmão.
Quanto tempo Jake levaria para pegar dois copos de ponche? Maldição!
O olhar negro de Carrington fixou-se em Lana. Com um sorriso satisfeito acentuando as suas bochechas caídas, o visconde veio direto até ela, passando pelos elegantes convidados que aguardavam a primeira dança. O desencorajamento nada sutil de Lana na noite anterior obviamente falhara. Onde estava seu maldito irmão quando ela precisava dele? Uma rápida análise do salão de baile lotado se mostrou inútil.
Carrington caminhou em sua direção, um predador empobrecido em uma roupa de noite cara. Rumores diziam que cobradores circulavam a propriedade do visconde como crianças alegres ao redor de um mastro, prontos para aproveitar o último dos pequenos luxos que lhe restavam. Ele estava desesperado. Determinado. Mas, então, ela também estava. Lana jamais consentiria em se tornar a terceira Lady Carrington casada com o malandro, que poderia transformar a mais doce das debutantes em vasos vazios sem vontade de viver.
Ele abriu caminho entre a multidão, chegando mais perto. O medo a invadiu. Se a notícia do interesse dele chegasse à mãe dela… Lana estremeceu. Ora, a mãe a embrulharia em papel dourado com laços e a entregaria à porta do visconde o mais rápido possível. Nada a iria emocionar mais do que jogar a filha na direção de qualquer cavalheiro. Um título seria simplesmente a cereja do bolo de casamento.
Correndo para a multidão para fugir do cavalheiro, Lana lançou um olhar apressado por cima do ombro. Carrington a seguiu, provando ser tão habilidoso em rastrear quanto o cão de caça com quem ele se parecia. Ela alcançou o outro lado da sala apenas para perceber que não tinha para onde ir. Carrington mostrou seus dentes podres em um olhar triunfante. Ele a tinha onde desejava, presa entre uma parede de portas francesas que davam para o terraço, uma alternativa completamente inaceitável, e uma porta que levava ao labirinto interno da casa.
Que os céus a ajudassem! Num impulso, Lana disparou para o corredor deserto momentos antes de Carrington alcançá-la. Ela se esconderia no lavabo.
Os primeiros compassos de uma dança campestre flutuaram do salão de baile e desapareceram quando ela escapou. Lâmpadas montadas nas paredes cor de damasco derramavam réstias de luz no piso de madeira polida. Mantendo-se nas sombras o melhor que pôde, ela deslizou pela ampla passagem, passando por quadros de paisagens de molduras douradas que não teve tempo de admirar. Ela não diminuiu o ritmo até dobrar a primeira curva.
Lana soltou um suspiro exultante. Ela havia conseguido, pensara rapidamente e orquestrara seu próprio resgate. Ela sorriu enquanto seguia para o lavabo, com uma vivacidade recém-adquirida em seus passos. Quem precisava de Jake, ou qualquer um de seus irmãos mais velhos para esse assunto? Ela poderia lidar com o odioso visconde sem a ajuda deles, muito obrigada.
— Srta. Hillary? — A voz de Carrington soou no corredor vazio.
Ela se virou com um suspiro. Oh, que tudo se danasse! Ele a seguia?
— Srta. Hillary, você veio por aqui? Eu desejo uma audiência. — Ele soou mais perto e sem fôlego, como se corresse atrás dela.
Lana preferia morrer a ser descoberta sozinha com ele. Abandonando toda a consideração pela etiqueta, ela correu. O bater de seus sapatos cessou quando alcançou os grossos tapetes turcos que cobriam o corredor.
— Srta. Hillary. — Ele parecia exasperado e muito perto. Ela nunca chegaria ao lavabo a tempo.
Será que o canalha realmente arruinaria sua reputação para conseguir o que queria?
— Srta. Hillary, eu exijo que espere.


Série Beau Monde
01-A Srta. Hillary ensina um Canalha