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26 de abril de 2015

Aventura na França





Veneno! 

Horrorizada, Norma descobriu a trama para assassiná-la, engendrada por sua perversa madrasta. 
Precipitadamente, fugiu de casa e se empregou como secretária de um nobre francês que julgava ser idoso e cego. 
Tarde demais descobriu que fora enganada. Jovem e belo, o marquês de Carlmont tinha um segredo que o obrigava a se esconder de todos. 
Ele também precisava fugir e de maneira audaciosa propôs: "Venha comigo para a França... como minha amante!"

Nota Autora: Os britânicos descobriram o Sul da França como local de veraneio e a moda acabou espalhando-se por toda a Europa. Costumava-se dizer que lorde Brougham descobrira Cannes e Smallett descobrira Nice. O autor de Humphrey Clinker passou por lá em 1763 e, quando descreveu o local em seus relatos de viagens, o grande humorista despertou o interesse dos que apreciam belas paisagens.

Capítulo Um1896

Norma virou-se ao ouvir baterem na porta.— Entre — disse.
A porta se abriu e surgiu um lacaio portando uma bandeja. Largou-a sobre a mesa bruscamente, sem dizer nada, e em seguida saiu.Ela suspirou baixinho. Sua mãe jamais admitira que alguém fosse servido daquela maneira tão rude por um criado.A madrasta, entretanto, escolhia lacaios pela aparência, e enchera a casa com criados que Norma nunca vira antes e que pouco se importavam com o fato de ser ela a filha de lorde Sedgewyn.
Comer no quarto era algo que jamais fizera antes. Entretanto, a madrasta agora impedia-a sempre que possível de participar dos jantares que dava com frequência, e não deixava nem que ela fizesse a refeição em alguma das outras salas do andar térreo.
Norma sabia que tudo era resultado de sua aparência, e nada podia fazer a esse respeito.
Por ser linda e encantadora, despertou o ódio da madrasta, assim que se conheceram. Um ódio tão forte, que Norma chegava a sentir as vibrações no ar, mesmo quando estava longe da presença dela.
Quando sua mãe morrera havia dois anos, o pai ficara arrasado. Lorde Sedgewyn adorava a esposa, uma pessoa meiga, doce, encantadora, e que desejava sempre ver felizes todos a sua volta.
Contando apenas dezesseis anos, era difícil para Norma saber como tratar o pai ou como consolá-lo.
Moravam no campo nesse tempo, e então ele começou a sair sozinho para longas cavalgadas, das quais voltava ainda mais triste e deprimido.
Por fim, não suportando mais viver naquela casa sem a esposa adorada, resolveu ir para Londres. Aliás, tinha mesmo que se encontrar com seus advogados, para resolver a questão da herança da mulher.
Dissera a Norma que voltaria em dois dias. Mas, para sua surpresa, os dois dias se ampliaram para dois meses. Ela já estava bastante preocupada, quando o pai finalmente apareceu de volta.
Sem dúvida, parecia mais animado, embora ainda se perturbasse toda vez que passava diante do quarto da falecida esposa.