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29 de dezembro de 2010

Brincando com o Perigo








Beijos roubados...

Ao afastar-se do grupo que acendia fogueiras na praia durante uma comemoração, Rosalind decidiu explorar uma caverna e acabou refém de um grupo de malfeitores.

O que um visconde bonito e atraente como Rafe Lawless fazia naquele lugar, Rosalind não sabia, nem se interessava em saber...
Tudo o que ela queria era ser beijada por aquele homem irresistível!


A atração que Rafe sentia pela adorável Rosalind era abalada pela profunda irritação que ela lhe provocava.
Como confiar numa mulher impertinente e imprevisível, que além de não se intimidar perante ele, ainda se atrevia a desafiá-lo?
Mas talvez os beijos de Rosalind, roubados à luz das fogueiras à beira-mar, tivessem o poder de convencer Rafe de que ele finalmente encontrara o verdadeiro amor...

Capítulo Um

Fogueiras brilhantes como os diamantes em um colar cobriam quase um quilômetro da costa inglesa.
Parecia que todos os moradores de Hasting, e talvez de Brighton e Rye, tinham vindo ali para celebrar o Dia de Guy Fawkes, um soldado inglês que, em 1605, tentara matar o rei James I, da Inglaterra.
Como sua traição havia sido descoberta a tempo e Fawkes preso e exe­cutado, seguia-se desde então a tradição dos britânicos de acen­derem fogueiras no dia 5 de novembro e queimarem nelas ima­gens de Guy Fawkes.
Era uma celebração divertida.
Naquela noite em especial, não se via uma estrela no céu, mas a claridade devido às fogueiras era grande.
A srta. Rosalind Yardley estava ali, como em todos os anos, naquela exata data. E apesar de que todos à sua volta pareciam alegres e animados, Rosalind achava a celebração muito sem graça.
— Não se aventure por aí sem a sua governanta, querida. Não vai demorar e logo estaremos voltando para Brighton nas nossas carruagens. — A voz de lady Dovie Yardley, madrasta de Rosa­lind, soou aguda, combinando com sua silhueta empertigada. O rosto iluminado pelas chamas das fogueiras e sua visível anima­ção não lembravam em nada um ar maternal.
— E onde está a sra. Childress? — lady Dovie quis saber. — Sua governanta a deixou sozinha?
Rosalind forçou um sorriso antes de responder à madrasta.
Não revelaria jamais que sua governanta era um pouco chegada à bebida e naquele momento devia estar tomando seu gole às escondidas dentro da carruagem da família Yardley.
— A sra. Childress foi até a carruagem para fugir um pouco deste frio.
Se não se importar, vou me reunir a ela — Rosalind mentiu, sem nenhuma intenção de ir ter com a governanta.
Esperou que sua madrasta e seu pai lhe dessem as costas e rumou para uma das praias, exatamente aquela onde havia muitas cavernas.
Tinha aprendido muito bem a sorrir para seu pai e madrasta, fingindo concordar com tudo o que lhe diziam ou sugeriam.
Mas, então, fazia exatamente o que ela própria queria.
Rosalind não aceitara o segundo casamento de seu pai.
Ele parecia entretido o tempo todo com a nova esposa e não tinha muito tempo para ficar com a filha.
E Rosalind, talvez por razões reais ou por ciúme, antipatizava com a madrasta e contava os dias para quando estivesse livre de seu controle, livre das restri­ções que o pai e sua nova esposa lhe impunham.
Mas como ficaria livre?
Uma mulher saía do controle do pai para submeter-se ao do marido.
Rosalind preferia permanecer sol­teira a ter um marido dando-lhe ordens.
Não perdia as esperanças, porém, de que houvesse um homem especial que respeitasse os direitos da esposa.
Se ela encontrasse alguém assim, afastaria sua intenção de não se casar. Até o momento só havia sido cortejada por rapazes tolos e sem graça.
Rosalind não conseguia e nem mesmo tentava esconder a ani­mosidade que sentia contra Dovie.
A celebração do Dia de Guy Fawkes, ali em Hastings, cons­tituía a prova de como sua madrasta era levada por impulsos.
Por que ela não escolhera ficar em Brighton, onde seu pai mantinha uma suntuosa casa?
E por que exatamente tinha resolvido festejar em uma praia deserta, em uma noite sem lua nem estrelas, noite ideal apenas para os contrabandistas e assaltantes exercerem suas atividades criminosas?