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16 de maio de 2011

Caminhos De Ternura







Um retrato idílico da vida nos campos da Inglaterra, onde o amor floresce com o ímpeto da paixão.

Júlia Masonet entra na adolescência disposta a aproveitar intensamente cada minuto da vida.
Como todas as jovens, entrega o coração aos romances que vão surgindo sem nunca pesar conseqüências.
Cedo conhece a desilusão, mas sempre encontra o apoio compreensivo e sereno de seu tutor, Richard Edmond.

Desprendido, Richard está sempre ao lado da bela protegida para ajudá-la a superar suas dores.
Ele a ama acima de tudo e a defende da própria paixão.
Sufoca o anseio de tê-la só para si porque, mesmo que seus sentimentos fossem correspondidos, um amor com a inquieta órfã francesa seria impossível.
O máximo que ele pode almejar é a felicidade de Júlia.
Por isso Richard acompanha suas aventuras sem demonstrar ciúme, e empenha-se em ajudá-la a encontrar um homem digno de seu amor.

Capítulo Um

Gérard St. Pierre Masonet decidira cruzar o canal da Mancha, vinte e cinco anos atrás, a fim de descobrir de que forma os ingleses, sempre tão ricos, poderiam contribuir para seu bem estar pessoal, tornando sua vida mais confortável.
Coletivamente, o povo inglês não tivera nada a lhe oferecer, mas o coronel George Parson possibilitou a realização desse objetivo de modo bastante concreto através de sua querida filha Sarah.
Ela tomou todas as providências possíveis para proporcionar ao seu atraente marido francês uma vida perfeita.
Considerando-se que seu pai era dono de uma extensa propriedade em Tunbridge, na Inglaterra, e sua mãe vinha de uma família da nobreza e também muito rica, Sarah Parson Masonet tinha condições plenas de dar a Gérard o conforto desejado, o bem-estar dos sonhos dele e muito mais.
Sarah era uma jovem encantadora, de tez delicada como as rosas inglesas que ela jamais desistira de plantar à janela de seu apartamento parisiense.
As rosas delicadas de sua nativa Inglaterra jamais se adaptaram França. Infelizmente, Sarah também não.
No primeiro ano de casamento, ela deu um filho a Gérard, uma criança linda e frágil que não viveu o suficiente para superar a beleza translúcida de recém-nascido. Apesar dos braços amorosos que tentavam defendê-lo das agressões do mundo, o bebê enfraquecia a olhos vistos e morreu antes de completar dois meses.
Com o temperamento emocional e expansivo, Gérard se entregou a uma tristeza quase agressiva.
A dor de Sarah, calada e contida, roubou seu colorido de rosa inglesa e deixou olheiras profundas no rosto sempre mais e mais pálido.

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