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19 de abril de 2022

A importancia de ser Eunice

Série Gêmeas Fairfax

Um duque, uma solteirona, um falso noivado. O que poderia dar errado? 

Por quatro temporadas, Lady Eunice ficou bastante satisfeita em ser uma solteirona invisível. Com óculos, desalinhada e maltratada por sua mãe autoritária, tudo o que ela realmente desejava era desaparecer de Londres quando atingisse a maioridade para herdar sua fortuna. O repentino reaparecimento de seu amor de infância, o arrojado Theodore Belhurst, logo a faz mudar de ideia, e Lady Eunice decide que deseja se casar, afinal. Mas como é que uma garota tão comum, que muitas vezes é chamada de "Lady Quem?" pode atrair a atenção do favorito da sociedade? Ora, ela pede a ajuda de um duque, é claro! Um falso noivado com o arrogante, abrasivo e pecaminosamente belo duque de Belmont certamente fará Theodore notá-la. Não importa que ela tenha que subornar o homem para concordar com sua proposta, nem o fato de que ela não aguenta seus modos arrogantes, desde que ele a ajude a conquistar o coração de Teodore, Eunice decide que pode suportar fingir ser sua noiva por enquanto. Mas, quando ela começa a ver por baixo do exterior duro do duque, e a enxergar o homem ferido, Eunice começa a se perguntar se realmente não está perseguindo o homem errado... Aubyn Euripides Charles Cantwell, Sexto Duque de Belmont, não estava procurando entrar em um falso noivado, mas quando uma  solteirona intrometida sugere tal coisa e ameaça sua operação como um espião da Coroa, ele se encontra nessa situação. Apesar de sua relutância inicial para o esquema da "cérebro de lebre", Aubyn logo se encontra encantado pela amável e corajosa Lady Eunice. Uma infância turbulenta o deixou com cicatrizes e incerto se poderia se casar, mas quando Eunice se delicia em revelar seu lado suave, Aubyn se pergunta se ela pode ser a mulher que o ajudará a libertar-se de seu passado sombrio. Conforme as semanas passam e Eunice fica cada vez mais perto de conquistar o charmoso, mas irresponsável, Theodore, Aubyn percebe que deve agir rapidamente para garantir que não perca sua falsa noiva.

Capítulo Um 

Aubyn Euripides Charles Cantwell, sexto duque de Belmont, olhava seu arqui-inimigo friamente do outro lado da sala. Seus olhos azuis ficaram quase castanhos, quando Aubyn e seu mais odiado inimigo se enfrentaram em uma batalha de vontades. Ele não seria o primeiro a piscar, Aubyn pensou teimosamente, sua boca generosa definida em uma linha sombria. Ele era um duque. Não permitiria que algum inimigo mal-educado o fizesse se sentir mal recebido na casa de sua própria mãe. 
— Oh, por Deus, Aubyn — Beatrice, Duquesa viúva de Belmont, disse com um suspiro, ao entrar na sala de estar e avistar seu único filho olhando carrancudo para seu amado Lilliput. — Sente-se em outro lugar. Você sabe que Lily gosta de sentar-se na espreguiçadeira 
— Lilliput é um cachorro mãe — Aubyn respondeu com um suspiro. — A escolha de seus assentos preferidos não precede a minha. E, além disso, você não deve permitir que ele suba na mobília, esta é uma Hepplewhite original que ele está babando toda. 
— Ele se senta onde quiser — Beatrice disse, enquanto ela mesma se sentava no sofá e acenava para uma empregada que esperava para buscar o chá. Como se para corroborar o argumento dela, Lilliput levantou-se de sua posição régia no sofá Confidante, caminhou pela sala e subiu no sofá ao lado de Beatrice, antes de pousar a cabeça gigante em seu colo. 
— Ele é muito grande para achar que pode subir em você — Aubyn resmungou, enquanto se sentava no assento que o São Bernardo acabara de desocupar. 
— Não é sua culpa se ele acha que é pequeno — sua mãe replicou, olhando carinhosamente para a besta gigantesca descansando em seu colo. Ela estava certa, Aubyn pensou, com uma careta de aborrecimento. Ele havia ganhado Lilliput alguns anos atrás, de um homem bastante inescrupuloso no Crockford's, que jurara solenemente que o filhote seria como um cãozinho de estimação. Aubyn, que não sabia nada sobre cães e estava profundamente embriagado, havia aceitado a palavra desse sujeito como verdade, pois na época o pequenino Lilliput cabia na palma de sua mão. 
Pensando que o cachorro poderia ser um bom companheiro para sua mãe, Aubyn o deixara com ela no dia seguinte, apenas para retornar uma semana depois e descobrir que o filhote havia crescido até o tamanho de uma ovelha. Algumas semanas depois, Lilliput estava do tamanho de uma cabra. Um mês depois disso, do tamanho de um pônei. Então, finalmente, com três anos de idade, o pequeno Lilliput tinha crescido completamente e agora era de um tamanho que não era muito diferente de uma vaca pequena.  Apesar de suas enormes proporções, no entanto, o pobre cão nunca tinha esquecido aquelas primeiras semanas de sua vida quando fora criado como um cachorrinho de colo e, como tal, ainda parecia pensar que era pequeno o suficiente para caber em qualquer lugar. Quaisquer esforços da parte de Aubyn para treinar o cão tinham encontrado forte resistência e agora a besta, babando, detestava a própria visão do duque e rosnava toda vez que o via.
 — Você não comparecerá ao baile de lorde Belhurst? — Beatrice perguntou ao filho, quando a empregada voltou com uma bandeja de refrescos. Aubyn esperou que a garota servisse duas xícaras, antes de responder 
— Eu não devo ir, mãe — ele disse, enquanto a empregada discretamente desaparecia no fundo. — O boato é que Belhurst está usando o baile como um meio de exibir seu filho mais novo diante de todas as solteiras de Londres, com o objetivo de casá-lo. O mercado de casamento não é exatamente o meu tipo de cenário, como você sabe. 
— Sim, Deus o proteja de ser visto na mesma sala que um grupo de respeitáveis moças — sua mãe concordou com uma grande dose de sarcasmo em seu tom. Aubyn a ignorou e tomou outro gole de chá, desejando silenciosamente que fosse misturado com algo um pouco mais forte do que limão. 
Sua mãe era uma mulher calma e agradável, mas quando ficava aborrecida com alguma coisa, ficava muito teimosa. Ultimamente, ela havia demonstrado desdém pela decisão de Aubyn de permanecer solteiro, deixando seu primo Barty herdar o título ducal. Essa desaprovação tornara suas visitas semanais, geralmente agradáveis, bastante conflitantes. A mãe de Aubyn conhecia muito bem o porquê dele não se casar e deixar alguma pobre garota gerar um par de filhos para ele. 
Ela sabia melhor do que a maioria, na verdade, porque se casara com um homem igual a Aubyn e vivera com as consequências disso por mais de uma década. Ninguém pensaria, olhando para ela agora, que Beatrice havia sofrido um dia em sua vida, mas desde o momento em que se casara com o quinto duque, o pai de Aubyn, até o dia em que o enterrara, sua vida fora cheia de sofrimento. Para o mundo lá fora, o falecido duque de Belmont era considerado uma figura charmosa e carismática, mas a portas fechadas era algo totalmente diferente. A infância de Aubyn fora prejudicada pelo temperamento agressivo de seu pai, que podia ser desencadeado pelas menores coisas. Uma almofada fora do lugar, ou uma marca de arranhão no chão, muitas vezes era o suficiente para desencadear uma reação cruel do duque.








Série Gêmeas Fairfax
03- A importancia de ser Eunice 
Série concluída

 

15 de março de 2022

A Tutora Disfarçada do Duque

Série Gêmeas Fairfax

Quando Lady Emily Fairfax fica cara a cara com uma garota que se parece exatamente como ela, Emily pensa que viu um fantasma!

Logo fica claro, no entanto, que a Srta. Ava Smith não é um fantasma, mas na verdade é a irmã gêmea de Emily há muito perdida.
Desesperada para se livrar de um casamento arranjado sem amor, Emily convence sua irmã gêmea a trocar de lugar com ela por um mês. O plano é que Ava fique em Londres e acabe com o noivado de Emily, enquanto Emily assume o lugar de Ava como governanta em Kent. Parecia o plano perfeito, até Emily ficar conhecer seu novo patrão, o diabolicamente belo Duque de Hemsworth — o libertino mais famoso da alta sociedade.
Após a morte de seu melhor amigo, Lorde Dunstable, Robert Charles Adrian De Lacey, Sexto Duque de Hemsworth, se viu com dois protegidos. Determinado a fazer o que é certo por eles, Rob jura deixar sua vida de devassidão em Londres para trás, um voto que é rapidamente desafiado pela chegada da sedutora nova governanta das crianças, Srta. Ava Smith. Sabendo que nunca poderá fazer de uma plebeia sua esposa, Rob tenta colocar sua atração pela Srta. Smith de lado, mas apesar de seus melhores esforços, faíscas logo começam a voar entre os dois.
Seu florescente romance é dramaticamente interrompido, contudo, quando fica claro que alguém misterioso está tentando machucar Rob e as crianças. Será que Rob conseguirá descobrir quem é o vilão, antes que faça mal aos seus protegidos? Além disso, conseguirá ele resistir a sua encantadora governanta?

Capítulo Um

Emily Fairfax sempre desejou uma vida de aventura e emoção. Quando criança, ela devorara os livros de seus irmãos mais velhos sobre piratas ousados e soldados heroicos, desejando fervorosamente que ela também pudesse navegar para terras distantes para realizar façanhas corajosas. Infelizmente, Emily era uma dama, e não qualquer dama, ela era a única e muito desejada filha do marquês e da marquesa de Havisham, e qualquer tipo de aventura estava estritamente fora de questão.
Lady Fairfax já havia quase criado três meninos quando Emily chegou ao mundo, e estava determinada a mimar sua filha com todo o amor gentil e feminino de rendas e babados que seus filhos não desejavam. Assim, desde seu primeiro dia na terra, Lady Emily foi vestida com sedas e laços, envolvida em cobertores e removida a força da influência corruptora e masculina de seus irmãos.
Enquanto os meninos Fairfax brincavam do lado de fora, nos jardins irregulares da mansão Havisham, Lady Emily, invariavelmente vestida com algo branco e espumoso, fora forçada a observá-los da janela de sua sala de jogos. Por mais que sua governanta tentasse afastá-la de seu lugar com uma de suas muitas bonecas, Emily não se mexia. Por fim, temendo que as criadas pudessem tagarelar sobre as marcas das mãos nas vidraças, a governanta cedeu às exigências de aventura de Emily e trouxe para ela um exemplar de Robinson Crusoe.
— Não diga a sua mãe que permiti que você lesse isso. — Ela disse severamente, enquanto entregava o livro esfarrapado para Emily.
O velho ditado de que frutas proibidas têm o sabor mais doce soou verdadeiro para a jovem Emily, que devorou o livro de uma vez, mas ainda assim desejava mais. Mais tarde, naquela mesma noite, ela entrou furtivamente na biblioteca do pai, retirou todas as obras do sr. Defoe das prateleiras e as escondeu embaixo da cama.
Nos meses seguintes, Emily leu secretamente Capitão Singleton, Memórias de um Cavalier, Coronel Jack, e o bastante confuso, pelo menos para sua sensibilidade, Moll Flanders. Na sua escrita, o Sr. Defoe abriu um novo mundo para ela, um mundo de aventuras que nem era preciso sair de casa para viver, e um mundo onde as meninas podiam ser mais que um enfeite.
Sonhar acordada tornou-se uma espécie de fuga para a jovem Emily, que descobriu que podia tolerar a agitação da mãe fingindo que simplesmente não estava lá. Em visitas sociais e visitas domiciliares, as pessoas frequentemente elogiavam Lady Fairfax pelo comportamento plácido e obediente de sua filha, sem saber que a garota diante delas estava sonhando que era tão ousada quanto Anne Bonney ou como Mary Read.
Com o passar do tempo, também aumentaram os hábitos de leitura de Emily, e ela logo esgotou a coleção de romances góticos da biblioteca de seu pai. Sabendo que a mãe considerava a leitura um passatempo frívolo para moças, Emily foi pelas costas da marquesa e implorou ao pai que lhe comprasse uma assinatura de uma das bibliotecas da cidade.
— Não sei, querida. — Lorde Fairfax pareceu duvidoso ao ouvir seu pedido.
— Claro, pai. — Emily respondeu com falsa inocência. — O que você julgar melhor. Só que uma pequena biblioteca no interior como a que tem em Blackheath não tem os recursos de que uma jovem precisa. Não há manuais sobre decoro ou conduta a serem encontrado e temo que possa fazer-me parecer boba, quando for para a cidade...
Lorde Fairfax se apegou a esta revelação; como sua esposa, ele adorava Emily e queria apenas o melhor para sua filha. — Meu Deus.



Série Gêmeas Fairfax
02- A Tutora Disfarçada do Duque

11 de fevereiro de 2022

A Noiva do Duque disfarçada

Série Gêmeas Fairfax

Quando a pobre órfã Ava Smith fica cara a cara com uma garota que se parece exatamente com ela, tem certeza de que viu um fantasma. 

Mas, Lady Emily Fairfax não é um fantasma e está certa de que ela e Ava devem ser gêmeas há muito perdidas. Apesar de seu melhor julgamento, Ava permite que Emily a convença a trocar de vida com ela por um mês, para que acabe com o noivado dela com um homem bruto e de coração frio. Pode-se imaginar a surpresa de Ava quando o noivo de Emily acaba por ser ninguém menos que sua paixão não correspondida, o duque de Kilbride!
Raff Alexander Hamilton, o sexto duque de Kilbride, sabe que deve cumprir seu dever para com a linhagem, casando-se e produzindo um herdeiro. O amor nunca esteve na equação em sua busca por uma noiva. Tudo o que precisava era de uma senhora bem-educada, quieta e dócil - e ele achava que havia encontrado exatamente o que procurava em Lady Emily Fairfax.Pode-se imaginar sua surpresa, quando durante a noite, sua noiva passa de mansa e complacente a franca, atraente e decididamente impressionada com ele. Enquanto Raff luta para conquistar sua noiva, Ava deve navegar pelo mundo suntuoso da sociedade londrina no período regencial, enquanto tenta desesperadamente não se apaixonar - não importa o quanto seu coração deseje isso.

Capítulo Um

Londres era uma cidade suja, Ava Smith pensou com desgosto enquanto esvaziava a água de seu balde nos paralelepípedos do beco atrás da Biblioteca Circulante do Sr. Hobbs.
Embora fosse cedo, o tempo inclemente já havia forçado Ava a limpar o chão do estabelecimento duas vezes, pois dezenas de clientes traziam poças de água cinza da chuva com eles das ruas sujas de Londres.
—Não posso deixar que as senhoras manchem as bainhas em nossas instalações — sussurrou ela para si mesma em tom de falsete, enquanto imitava a voz condescendente do sobrinho do Sr. Hobbs, Boris, que ultimamente se tornara uma espécie de tormento para Ava. Sua maneira exigente e ríspida de lidar com ela ficava ainda pior quando comparada com a abordagem gentil que seu tio dispensava à sua equipe.
Infelizmente, o Sr. Hobbs, para quem Ava havia trabalhado por quase uma década, não era mais o proprietário da biblioteca circulante, tendo passado o negócio para Boris quando a doença o forçara a se aposentar mais cedo. Hampshire. Em seus vinte e dois anos, Ava nunca havia deixado Londres, então ela só podia imaginar o ambiente pastoril em que o Sr. Hobbs agora vivia. Em sua mente, imaginava colinas verdes onduladas, pontilhadas de miosótis e povoadas por vacas. Vacas que não sujavam o solo com grandes e fedorentos montes de esterco; ao contrário dos rebanhos que eram conduzidos por Londres, a caminho do Mercado Smith Field.
Ava olhou para suas botas grossas e práticas, que infelizmente haviam sido vítimas de uma das muitas pilhas de excrementos de vaca e de cavalo que enchiam as estradas naquela mesma manhã. Se fosse rica, algo que muitas vezes gostava de imaginar que era, ela teria sido capaz de pagar um varredor de passagem para limpar o caminho para ela, ao atravessar a estrada em Piccadilly para buscar uma torta para Boris. Mas ela não era rica e, apesar dos cuidados que tinha tomado, fora forçada a pular para trás, a fim de evitar uma carruagem que se aproximava, e sua bota havia afundado profundamente em uma pilha de esterco fresco e fumegante.
Entretanto, ela lembrou a si mesma enquanto corria de volta para dentro para não ser acusada de vadiagem, logo ela estaria deixando Londres, Boris e os excrementos de cavalo para trás para sempre. dos doadores do asilo. Ao contrário delas, porém, Ava tivera a sorte de ser enviada para a casa de Albert Percival Hobbs.
— Meu criado, Percy, queria um menino — fora a primeira coisa que o senhor Hobbs dissera a Ava, quando ela chegara em sua casa, tremendo de nervosismo.
—Sim, queria um menino — uma voz piegas falara atrás do Sr. Hobbs.
Ava ficara muda de medo com suas palavras; eles iriam mandá-la embora? Se o fizessem, ela não teria para onde ir, pois o asilo não a aceitaria de volta.
— Se você queria um menino, não deveria ter tentado encontrar um em um orfanato para meninas — Ava respondeu com veemência, assim que encontrou sua voz. —Você não pode me culpar por sua própria tolice.
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Série Gêmeas Fairfax
01- A Noiva do Duque disfarçada