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16 de outubro de 2011

Doce Engano!



Ela sonhava em ser feliz...

A magia do momento levou Isabel a render-se aos beijos apaixonados do homem com quem sonhava se casar.
De repente seus sonhos tornaram-se pesadelos.
A porta se abriu e os demais convidados da festa invadiram a biblioteca, deixando Isabel numa situação embaraçosa, principalmente porque ela descobriu horrorizada, que não fora o conde quem a beijara, e sim Sidney Chamberlayne, um jovem bonito e charmoso...
E com quem ela agora teria de se casar!
O major Sidney não podia permitir que um engano prejudicasse a reputação de uma dama. A única solução seria casar-se às pressas, embora eles mal se conhecessem.
Seu único consolo era que a adorável Isabel parecia disposta a aprender tudo... Especialmente sobre o amor!

Capítulo Um

Lincolnshire, Maio de 1814
Isabel entrou na biblioteca e olhou ao seu redor.
Estava escuro. Apenas o luar penetrava timidamente por uma fresta da janela.
Sorriu consigo mesma ao pensar que o destino estava á seu favor ao lhe dar o luar como aliado.
Seu brilho incidia justamente sobre o pequeno sofá onde Edward a reconheceria como a mulher que nascera para ser sua esposa.
E sua condessa.
O ambiente em penumbra era romântico, mas recendia por demais a couro e a tinta.
Um toque de jasmim o tornaria perfeito.
Se tivesse cogitado sobre esse detalhe, teria trazido um frasco de perfume, Isabel pensou enquanto se encaminhava ao canto da sala e se inclinava para ajeitar as almofadas, com cuidado para não amassar o vestido de seda que escolhera especialmente para a ocasião.
Queria impressionar o conde em definitivo.
As insinuações e os olhares de interesse que lhe endereçava havia meses ainda não haviam surtido efeito.
Experiência nesse sentido não lhe faltava.
Dez anos de casamento haviam lhe ensinado a conhecer o modo de pensar dos homens.
Antes de colocar um plano em ação era preciso estudá-lo em minúcias, se o sucesso era a meta.
Convencida de que tudo estava em ordem, com cada móvel e cada objeto colocado em seu devido lugar, Isabel se sentou, tirou os grampos e deixou que os cabelos caíssem em cascata sobre seus ombros.
Acomodou-se. Alguns minutos depois fez com que uma das mangas do vestido deslizasse pelo ombro de modo que o decote parecesse maior e emprestasse a sua figura maior sensualidade.
Satisfeita, por fim, ela esperou que ele entrasse.
E esperou. E esperou.
O que poderia ter acontecido?
De acordo com a mensagem que enviara ao conde, ele deveria ter chegado à biblioteca havia dez minutos.
Entretanto os minutos estavam passando no relógio de pêndulo, e ela estava começando a duvidar do êxito de sua estratégia.
De qualquer forma, estava feito.
Não dava para voltar atrás.

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