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21 de outubro de 2012

Emoções Selvagens

Uma paixão incontrolável!

Falida e cheia de dívidas, por causa da imprudência de seu falecido pai, Amanda precisava urgentemente de um marido rico! Embora Thomas Eastmore – o solteiro mais cobiçado da região – estivesse interessado nela, havia um problema: ele era também o mais famoso “conquistador” da sociedade...
O duque de Eastmore não desejava se casar tão cedo. Mas lhe parecia um crime a fascinante e impetuosa Amanda Victor ocupar o leito nupcial de outro homem. 
Pois os graciosos movimentos de Amanda provocavam em Thomas uma corrente de desejos primitivos, que percorria suas veias como uma espécie de fogo, a cada vez que a via se aproximar!

Capítulo Um


O sol fraco da tarde de inverno filtrava-se pelas janelas da biblioteca da outrora elegante mansão de Victor Mall. Refletia-se sobre os cabelos negros de uma jovem que, compenetrada, verificava uma pilha de contas com um velho senhor.
— Já cheguei à soma total, senhorita, como me solicitou. — O advogado colocou uma nova papelada à frente dela. A jovem estremeceu, como se não pudesse acreditar nos números que lia. O silêncio se prolongou desconfortavelmente até que desviou a atenção dos papéis para fitar o velho homem com atônitos olhos azuis.
— Como foi possível que meu pai acumulasse dívidas tão terríveis sem que o senhor o detivesse? Não poderia ter argumentado com ele para que usasse o bom senso? — indagou ela, um tanto acusadora. O advogado empertigou-se com indignação, ficando pouco à vontade sob aquele olhar de censura.
— Eu lhe asseguro, senhorita — começou ele, na defensiva. — Conversei com seu pai. Tentei aconselhá-lo... inúmeras vezes e...
A jovem de cabelos negros, presos num coque, ergueu uma mão para silenciá-lo.
— Tenho certeza que o fez. Imagino o quanto meu pai deve ter sido difícil. Bastante difícil, aliás.
O velho homem apenas fez um ligeiro gesto de cabeça, concordando. Ela levou uma mão delicada à fronte, tentando desanuviar o cenho franzido em profunda preocupação. Tinha certeza que o advogado falava a verdade. Podia imaginar muito bem que seu pai não teria dado ouvidos a quem quer que se opusesse à sua vontade, especialmente após a morte do irmão dela, num acidente a cavalo. Tornou a verificar as somas minuciosamente, como se por algum acaso as houvesse lido de forma incorreta.
— Sr. Vandevilt, o que devo fazer? — perguntou, sem erguer os olhos da papelada. — Ou melhor, o que devo vender para pagar todas essas dívidas?
Não fazia idéia que o velho homem a estivera observando com uma expressão de compaixão em seu rosto bondoso. Agora ele fez um gesto vago antes de responder.
— É uma soma tão alta, senhorita. Duvido que algum dos credores lhe conceda tanto tempo para levantar fundos. Você sendo uma jovem e, hã... sem pretendentes... Bem, eu receio que teria que vender tudo, se fosse o caso. A mansão de Vicroy House em Londres, a de Victor Mall, as fazendas, as terras, os estábulos... a menos que haja algum pretendente que eu desconheça? Um casamento em perspectiva talvez...?
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