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15 de fevereiro de 2016

O Duque

Lançamento Autora Brasileira!

A inglesa Victoria Longford foi prometida em casamento ao velho decrépito francês Sebastian Funevaire, desde os treze anos, quando sua irmã fugiu com um estranho e deixou Funevaire no altar.

Fadada à infelicidade, longe do olhar da sociedade, espera angustiantemente completar dezoito anos para que o casamento seja realizado.
Mas seu caminho cruza com o de Philip Beltoise Cevert, o arrogante e prepotente Duque de Trintignant.
Ele lhe rouba um beijo durante uma festa em Paris e ela paga um alto preço por isso. Com sua honra manchada, um casamento desprezível a caminho, ela terá de abrir mão de todo seu orgulho para tomar um novo rumo em sua vida.

Capítulo Um

- Sua cunhada e seu sobrinho acabam de chegar, senhor - a entrada do mordomo no grande escritório real não interrompeu a concentração do Duque de Trintignant nos papéis que analisava.
Porém a voz sublime e altamente controlada se repetiu e assim o duque deu-lhe a atenção necessária. Seus olhos eram de um azul profundo como o céu de outono, límpido e perfeito, porém eram frios como o ar gélido do inverno mais rigoroso.
Aquele olhar não demonstrava insatisfação pela interrupção, ao contrário, era uma manifestação normal e cotidiana que refletia seu temperamento forte, arrogante, distante de qualquer sentimento mais afetuoso ou qualquer compaixão para com os outros. Aquele olhar voltou-se para o mordomo, o duque estava aborrecido pelo fardo que recebia em sua casa após a morte de seu único irmão, Oliver Beltoise Cevert. Além de rebelde e mal agradecido, seu jovem consangüíneo abandonou a nobreza para viver com uma plebéia qualquer e ainda teve a petulância de morrer e deixar-lhe esposa e bastardo para que ele próprio cuidasse.
- E como eles são? – o duque perguntou deixando os papéis de lado e voltando o olhar impaciente para o mordomo. – Caso estejam muito sujos, peço-lhe que não os deixem passar da cozinha, eu os atenderei lá mesmo, onde poderão certamente fazer uma excelente refeição antes que eu os veja, afinal, esses esfomeados sempre estão desesperados por saciar seus corpos fracos e imundos! E não quero ter o desprazer de mirar suas feições miseráveis e cheias de piedade!
- Eles não estão sujos, meu caro senhor – Magnus respondeu demonstrando simpatia pelos visitantes – Surpreendeu-me a limpeza e o excelente aspecto com o qual se apresentaram neste castelo. Desculpe-me, excelência, mas tomo a liberdade de lhe revelar que a Sra. Beltoise Cevert demonstrou ser uma dama extremamente educada surpreendendo-me na elegância e classe. Em nada eles se parecem com aquilo que o senhor nos descreveu e afirmou sem dúvida que deveríamos aguardar quando chegassem.
Philip fitou o mordomo atenciosamente e percebeu que quem quer que fosse a Sra. Beltoise Cevert, havia ganhado um admirador, levando-se em conta o fato de Magnus sempre ter sido muito severo em suas observações quanto aos que o cercavam.
Seu mordomo e fiel empregado era um homem experiente, mas isso não o impedia de cometer erros e tirar conclusões precipitadas, ainda mais se tratando de mulheres bonitas e sedutoras. Mãe e filho poderiam estar descentes para a conferência, mas talvez fosse a única coisa de valor que possuíam, afinal como bem lhe fora dito, eram desprovidos de qualquer regalia.
O duque tinha certeza que se virasse a roupa do avesso encontraria uma costura grosseira e remendos sem fim, pensou entediado. Aliás, a verdade era que pouco lhe importava realmente como eram ou o que faziam!
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