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9 de dezembro de 2011

Flores Na Tempestade







Christian era um dos homens mais brilhantes e sedutores da alta sociedade inglesa.

Um libertino que despertava paixões avassaladoras até que um trágico ataque o condena a um mundo de silêncio, sombras e de loucura.
Christian perde a capacidade de falar e a família coloca-o num sanatório, crente de que perdeu a razão.
Maddy, de nascimento modesto e com uma alma simples e generosa, fica presa a este homem que lhe desperta sensações novas.
Um homem que oscila entre a raiva e a frustração de estar preso ao silêncio, que a repele, mas que necessita da sua atenção e do seu carinho para o tirar daquele tormento solitário.
A amizade que nasce entre os dois transforma-se num amor arrebatador.
Fonte de necessidade, desejo … e de uma paixão redentora.

Capítulo Um

-Ainda acho que é impossível. Sem dúvida que vou continuar a achá-lo. Como é possível que alguém como tu, pai, espere vir a receber a devida consideração de uma pessoa com a sua... - Archimedea Timms interrompeu-se, à procura da palavra adequada -... com a sua posição?
- Terás a amabilidade de me servir uma chávena de chá, Maddy? - pediu-lhe o pai naquele tom de voz tão aprazível que não dava azo a que ninguém começasse uma discussão a sério.
- Para começar, é duque - prosseguiu ela por cima do ombro enquanto atravessava a sala de jantar à procura de Geraldine, já que a campainha da sala não funcionava.
O tempo que demorou a encontrar a criada, a certificar-se de que a água era posta a ferver, e voltar para o salão não foi suficiente para que esquecesse a sequência dos pensamentos.
- É impossível imaginar que um duque leve a sério assuntos desta natureza... tens o quadrado junto da mão direita, pai... já que ficou bem claro que durante a semana passada não preparou a sua integração.
- Não deverias impacientar-te, Maddy. Estas coisas têm que ser feitas com um enorme cuidado. Está a perder o seu tempo e eu admiro-o por isso. - O pai procurou com os dedos o pedaço de madeira cortada com o formato do número dois e colocou-o no lugar correspondente para que fosse o expoente de «s».
- Ele não está a perder tempo, gasta-o sem se importar. Sai continuamente e dedica-se aos prazeres mundanos. Não tem a mínima consideração nem pela tua reputação, nem pela sua.
O pai sorriu e olhou em frente, enquanto procurava o sinal de multiplicar e o juntava à sequência de letras e números de madeira que colocara sobre a toalha de baeta vermelha, os dedos a percorrer os blocos até os reconhecer pelo tacto.
- Tens a certeza absoluta desses prazeres mundanos, Maddy?
- Basta ler os jornais. Durante toda a Primavera não houve um único acontecimento social em que não tenha estado presente. E a apresentação do vosso tratado matemático conjunto na tarde do Terceiro Dia? Já percebi que terei de ser eu a cancelá-lo, porque ele nem me lembrará de o fazer. O presidente Milner ficará muitíssimo ofendido, e com toda a razão, porque quem substituirá Jervaulx no estrado?

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