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3 de fevereiro de 2011
Lições De Uma Cortesã
Todo homem adora um mistério...
Pressionados por chantagem a se casarem, e forçados pela família a consumar a união para que o matrimônio não pudesse ser legalmente questionado, Victoria e Justin concordaram em se separar depois disso, embora nenhum dos dois tivesse se esquecido da única noite de paixão que haviam compartilhado.
Nenhum homem faz uma mulher perder o controle, a menos que ela permita...Cinco anos depois, Victoria foi forçada a voltar a Londres, disfarçada como uma célebre e requisitada cortesã, com o propósito de encontrar uma amiga desaparecida, evitando a todo o custo a proximidade de seu repentinamente inconformado e possessivo marido.
Desta vez, no entanto, um breve contato não seria suficiente para Justin.
Ele estava determinado não só a desvendar os segredos de Victoria, como também a reivindicar por inteiro a sua esposa, de corpo, alma e coração...
Capítulo Um
Londres 1815
Justin Talbot entrou no lotado salão de baile com um sorriso largo.
Olhar para a multidão despertava-lhe uma sensação de acolhimento, como se voltasse para casa.
Depois de anos no exterior, provando os inúmeros prazeres franceses, negados por tanto tempo em razão da guerra, era bom poder voltar a Londres.
Russell Shaw, seu bom amigo, aproximou-se dele com passos seguros e um sorriso radiante.
— Vejam só quem volta ao solo britânico! Como conseguiu se afastar das belas francesas?
Justin riu, quando o amigo lhe deu um tapinha nas costas.
— Caleb me disse que você estaria aqui hoje.
— Ah, sim? E onde está seu irmão? — indagou Justin, olhando na direção da multidão.
— Foi buscar bebidas, é claro.
— E você deve estar exausto. Acabou de voltar, não?
— Estou aqui há um dia, e passei todo o tempo na companhia de meus pais e minha irmã, infelizmente.
Todos que conheciam Justin sabiam que ele não era próximo de nenhum membro da família, além de Caleb.
Os amigos especulavam sobre a causa do distanciamento, mas ninguém conseguia sequer se aproximar da verdade. Nem mesmo Caleb, que continuava tentando conquistar a aprovação dos familiares sem sucesso.
— Enfim, apesar de uma horrível dor de cabeça, meu irmão me arrastou para cá hoje. Ele me disse que haveria aqui uma atração que eu não podia perder. Tudo muito misterioso. Sabe alguma coisa? O que perdi enquanto estive fora?
Shaw sorriu e seus olhos azuis se encheram de humor.
— Vejamos... Foram muitas brigas entre bêbados, alguns socos trocados, e... Ah, sim, o velho Middlemach finalmente descobriu que a esposa o estava traindo com Franklin.
— Bem, isso era previsto. Adelaide nunca foi discreta. Por isso rompi com ela.
— Eu também. Ela não esteve envolvida com seu irmão, também?
— Ela esteve com todos nós. — Justin riu. — E o que mais aconteceu por aqui? Ainda não entendo o mistério de Caleb em torno dessa festa.
— Suponho que seja Ria, então. Não consigo me lembrar de mais nada que você tenha perdido enquanto viajava.
— Ria? — O evento acontecia em uma casa respeitável e contava com a música de uma boa orquestra, mas ele não via ali o grupo habitual e aborrecido dos círculos mais elevados da sociedade londrina. Não via virgens ruborizadas, nem matronas zelosas. Aquele era um entretenimento para cavalheiros, e o lugar estava cheio de cortesãs, atrizes, e cantoras de ópera, todas mais do que dispostas a partilhar da cama de um homem. Delicioso.
— Shaw, você estragou tudo — Caleb foi logo dizendo ao se aproximar deles com drinques na mão e entregou ao irmão uma dose de uísque antes de continuar: — Eu queria revelar Ria ao meu irmão. Seria uma espécie de presente de boas-vindas, uma acolhida em sua volta para casa.Justin riu. Mulheres, bebidas, e cartas eram as fraquezas de Caleb desde que ele deixara de usar calça curta.
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30 de outubro de 2010
Um Visconde Sedutor
Jenna Petersen
Um difícil acordo!
Jane Fenton tem certeza de que seu irmão desaparecido está perdido no submundo de Londres, e não morto, como foi declarado. O infame visconde Nicholas Stoneworth acabou de voltar desse mundo perigoso, onde viveu por vários anos como lutador.
Quando a inocente Jane procura o visconde para ajudá-la a encontrar seu irmão, ele lhe propõe uma barganha: se ela o ensinar a se comportar novamente em sociedade, ele usará seus contatos, um tanto ou quanto suspeitos, para localizar o rapaz. Embora cada um dos dois acredite ser impossível realizar sua parte no acordo, ambos acabam concordando, uma vez que não há muita opção. Porém, à medida que a convivência aumenta, Nicholas e Jane descobrem uma atração poderosa, que os deixa divididos entre esconder seus segredos um do outro e entregar-se à paixão...
Capítulo Um
Abril de 1816
Jane Fenton conteve um suspiro diante dos floreios e risadinhas que permeavam a dança das jovens debutantes com os pares escolhidos entre os rapazes elegíveis. Parecia incrível que ela também tivesse feito parte daquela tradição, dois anos antes, quando seus pais a apresentaram à sociedade.
— Jane, você está vendo algum conhecido meu? — inda¬gou a condessa de Ridgefield, estreitando os olhos por trás da armação dourada dos óculos.
Nas pontas dos pés, Jane tentou enxergar através da mul¬tidão. A condessa era uma mulher fina, simpática e generosa. Sentia-se grata por ter merecido sua confiança.
— Lady Williamston está se servindo de ponche. — Jane se aproximou do ouvido da condessa e prosseguiu em voz baixa de modo a agradar a patroa que adorava mexericos. — Espere! Acho que ela está tirando a velha garrafinha de uísque do bolso. Sim! Agora ela está derramando uma dose, pensando que ninguém notou.
A condessa deu risadinhas como uma jovem colegial.
— Você viu mais alguém?
Jane continuou a sussurrar pequenos detalhes a respeito dos presentes à festa. Em breve, uma das convidadas se aproxi¬maria para cumprimentar sua patroa e Jane teria de se afastar. Tivera de se acostumar à indiferença das pessoas, embora todas elas fizessem parte do círculo social a que sua família também pertencera, no passado.
—O que está acontecendo, Jane? Não consigo enxergar. Parece haver uma comoção do outro lado.
Apesar de um tanto fútil, lady Ridgefield era boa observado-ra. Realmente estava acontecendo algo à porta do salão. Algum personagem importante devia ter acabado de chegar. Seria a maior felicidade do mundo para a condessa se ela pudesse passar o resto de sua vida dizendo que vira o príncipe, ou lorde Wellington, em pessoa em um baile.
As pessoas abriram passagem para ele. Foi como se o pró¬prio Moisés estivesse presente, e ordenado que o mar se afastas¬se. O recém-chegado, contudo, não se parecia com um profeta, muito menos com um anjo. Era alto. Sua presença se destaca¬va entre as demais.
Forte masculinidade e poder de sedução exalavam do corpo musculoso que se movia com arrogância. Estranhamente, ele estava usando uma capa fora de moda e uma camisa desbotada. Também era peculiar que as pessoas o encarassem não apenas com curiosidade e interesse, mas como se sua presença as incomodasse, e até mesmo chocasse. Havia algo de familiar em seus traços. Jane tinha certeza, no entanto, de que nunca o vira antes.
— É um homem. Não sei quem é, mas tenho a impressão...
Um difícil acordo!
Jane Fenton tem certeza de que seu irmão desaparecido está perdido no submundo de Londres, e não morto, como foi declarado. O infame visconde Nicholas Stoneworth acabou de voltar desse mundo perigoso, onde viveu por vários anos como lutador.
Quando a inocente Jane procura o visconde para ajudá-la a encontrar seu irmão, ele lhe propõe uma barganha: se ela o ensinar a se comportar novamente em sociedade, ele usará seus contatos, um tanto ou quanto suspeitos, para localizar o rapaz. Embora cada um dos dois acredite ser impossível realizar sua parte no acordo, ambos acabam concordando, uma vez que não há muita opção. Porém, à medida que a convivência aumenta, Nicholas e Jane descobrem uma atração poderosa, que os deixa divididos entre esconder seus segredos um do outro e entregar-se à paixão...
Capítulo Um
Abril de 1816
Jane Fenton conteve um suspiro diante dos floreios e risadinhas que permeavam a dança das jovens debutantes com os pares escolhidos entre os rapazes elegíveis. Parecia incrível que ela também tivesse feito parte daquela tradição, dois anos antes, quando seus pais a apresentaram à sociedade.
— Jane, você está vendo algum conhecido meu? — inda¬gou a condessa de Ridgefield, estreitando os olhos por trás da armação dourada dos óculos.
Nas pontas dos pés, Jane tentou enxergar através da mul¬tidão. A condessa era uma mulher fina, simpática e generosa. Sentia-se grata por ter merecido sua confiança.
— Lady Williamston está se servindo de ponche. — Jane se aproximou do ouvido da condessa e prosseguiu em voz baixa de modo a agradar a patroa que adorava mexericos. — Espere! Acho que ela está tirando a velha garrafinha de uísque do bolso. Sim! Agora ela está derramando uma dose, pensando que ninguém notou.
A condessa deu risadinhas como uma jovem colegial.
— Você viu mais alguém?
Jane continuou a sussurrar pequenos detalhes a respeito dos presentes à festa. Em breve, uma das convidadas se aproxi¬maria para cumprimentar sua patroa e Jane teria de se afastar. Tivera de se acostumar à indiferença das pessoas, embora todas elas fizessem parte do círculo social a que sua família também pertencera, no passado.
—O que está acontecendo, Jane? Não consigo enxergar. Parece haver uma comoção do outro lado.
Apesar de um tanto fútil, lady Ridgefield era boa observado-ra. Realmente estava acontecendo algo à porta do salão. Algum personagem importante devia ter acabado de chegar. Seria a maior felicidade do mundo para a condessa se ela pudesse passar o resto de sua vida dizendo que vira o príncipe, ou lorde Wellington, em pessoa em um baile.
As pessoas abriram passagem para ele. Foi como se o pró¬prio Moisés estivesse presente, e ordenado que o mar se afastas¬se. O recém-chegado, contudo, não se parecia com um profeta, muito menos com um anjo. Era alto. Sua presença se destaca¬va entre as demais.
Forte masculinidade e poder de sedução exalavam do corpo musculoso que se movia com arrogância. Estranhamente, ele estava usando uma capa fora de moda e uma camisa desbotada. Também era peculiar que as pessoas o encarassem não apenas com curiosidade e interesse, mas como se sua presença as incomodasse, e até mesmo chocasse. Havia algo de familiar em seus traços. Jane tinha certeza, no entanto, de que nunca o vira antes.
— É um homem. Não sei quem é, mas tenho a impressão...
13 de outubro de 2010
A Revelação
Doce espiã!
Linda, inteligente e corajosa, Emily Redgrave sempre pareceu ser invencível.
Mas depois de seu recente confronto com um temível assassino, ela precisa tomar cuidado em sua próxima missão... Emily tem de fazer tudo o que estiver a seu alcance para defender Grant Ashbury, o poderoso... e charmoso... lorde Westfield, contra os inimigos sem nome e sem rosto que estão empenhados em destruí-lo.
O que Emily não sabe é que Grant tem sua própria missão: proteger a ela...
Destinados a perseguir um ao outro em círculos por toda a Londres, Emily e Grant estão mais do que sujeitos a frustrações... e principalmente a distrações, pois, embora possa colocá-los em perigo, a paixão entre ambos é impossível de resistir...
Capítulo Um
Londres, 1814
O ar da noite estava frio e penetrante, porém Emily Redgrave mal o sentiu ao abrir a porta e sair para o terraço.
Não se importaria com o mais severo dos invernos, pois escapava de sua prisão. Finalmente, meses de planejamento e semanas de trabalho estavam prestes a terminar.
Em poucos momentos, estaria livre.
Seu coração disparou enquanto ajeitava a capa pesada sobre os ombros e verificava se o capuz cobria bem os cabelos claros, a fim de que não se destacassem nas sombras. Não havia, tido tempo para os disfarces e fantasias habituais.
Seria naquele momento ou nunca.
Com cuidado, subiu no parapeito e, equilibrando-se nele, olhou para o jardim abaixo.
Tomara os lençóis amarrados suportassem seu peso.
Curvou-se para prender uma das pontas sob uma saliência de pedra na parede e, então, escorregou para fora do parapeito.
Juntou os pés em volta do primeiro nó e suspirou, aliviada, ao balançar-se em segurança. Agora precisava iniciar a longa descida para se pôr a caminho da liberdade.
Bem devagar, sempre circulando os nós dos lençóis com os pés ou as mãos, ela foi descendo.
A curtos intervalos, olhava para baixo, a respiração se condensando em volta da cabeça enquanto o chão ficava cada vez mais perto.
Uma rajada de vento fez a corda de lençóis balançar.
Ela se imobilizou ao sentir o corpo se movendo como um pêndulo. Ainda estava longe do chão e uma queda provocaria ferimentos graves.
Mal acabava de se recuperar de um tombo.
Passar mais tempo de cama era a última coisa que precisava no momento.
O vento amainou e ela continuou a descida.
Quando suas botas tocaram o chão, foi preciso um bom esforço para não gritar de alegria.
Mais uma fuga audaciosa concluída: a primeira em muitos meses.
Ajeitou a capa nos ombros e virou-se para o portão do jardim e a rua movimentada do outro lado, porém se viu diante de um homem.
Charles Isley ergueu a lanterna e dirigiu-lhe um olhar que não podia ser mal interpretado, mesmo sob a luz fraca.
— Emily — resmungou seu nome, sem disfarçar a frustração.
Numa reação infantil, ela bateu o pé no chão. Depois, afastou o capuz, mostrando o rosto e o encarou.
— Boa noite, Charlie.
— Vamos entrar. — Ele apontou a porta que ia do jardim para a sala de estar.
Era uma ordem e não um convite.
Emily suspirou ao entrar no aposento claro e aquecido. Havia quase conseguido fugir.
Charles fechou e trancou a porta enquanto ela se atirava na cadeira mais próxima e cruzava os braços sobre o peito numa atitude de desafio.
— Emily, Emily... — Ele balançou a cabeça e serviu dois cálices de xerez.
Entregou-lhe um, sentou-se numa cadeira à sua frente e a fitou.
Ela apertou os lábios, tentando controlar as emoções. Maldito!
Charlie sempre a fazia se sentir culpada se quebrava o protocolo ou se mostrava zelosa demais em algum caso.
Pois não se desculparia desta vez.
— Como descobriu?
Charlie não teve a chance de responder antes de a porta do corredor abrir.
Emily levantou o olhar e viu suas duas melhores amigas, Meredith Archer e Anastasia Tyler entrar na sala.
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