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12 de agosto de 2012

Série As Noivas Baldwin

1 - CASTELO DE ILUSÕES
Ela era a filha de seu pior inimigo... 

Inglaterra, 1405. Lillis de Wellewyn era a mulher mais linda que Alexander já tinha visto. Uma noiva de conto de fadas. 
Todavia, ele não podia considera-la sua, pois havia jurado deixa-la partir assim que livrasse seu povo da tirania do pai de Lillis. Alexander Baldwin era conhecido como um nobre honrado, porem Lillis o considerava um tirano que havia se casado com ela apenas por causa de seu dote. Um homem que a tornara não só sua prisioneira, mas vagarosa e implacavelmente roubara-lhe o coração! 

Capítulo Um

Inglaterra, início do outono de 1405.
O aposento estava frio e escuro apesar da luz bruxu­leante de uma vela ensebada no topo de uma mesinha. Ela produzia mais fumaça do que claridade.
— Eles podiam ter, pelo menos, acendido a lareira ­disse Lillis, esfregando os braços num esforço vão para aquecer-se. — Rapazes atrevidos! Imagine nos pôr neste lugar imundo como se fôssemos criminosas! Deviam pen­sar que fugiríamos de um outro limpo — acrescentou, indignada.
Andava de um lado para o outro tomando cuidado para não tropeçar nos móveis. O cômodo dava a impressão de ter sido um quarto. Tinha uma lareira enorme, um ter­raço trancado e janelas do outro lado. Mas parecia estar sendo usado como depósito de móveis. Algumas peças estavam cobertas com panos para protege-Ias do pó, ou­tras, não. 

Quando Lillis e sua criada foram empurradas lá para dentro, haviam ficado horrorizadas com o número de ratos que fugiram para seus esconderijos e com a poeira grossa que cobria tudo. Porém, tinham se sentido aliviadas por haver cadeiras para se sentar e a mesinha onde apoiar os braços. 
Havia até uma cama onde pode­riam dormir, caso precisassem, embora os ratos tivessem tirado uma boa parte das penas do colchão.
Quantas horas havia que estavam trancadas ali? In­dagou-se Lillis ao friccionar as mãos a fim de impedi-Ias de tremer. Tinha sido de manhãzinha quando os gêmeos terríveis surgiram da mata, com as setas apontadas para as cabeças de seus dois guardas. 

Sua primeira reação fora a de repreendê-Ios por encenar brincadeira tão ir­responsável para viajantes inocentes. Mas, ao perceber a seriedade da intenção deles, mantivera-se calada. 
Tinha sentido uma ponta de medo dos rapazes, pois eles não deviam estar no juízo perfeito para agir daquela forma.
Mas quando a levaram, e à companheira, ao castelo onde agora estavam presas, Lillis percebera o engano. Os rapazes estavam longe de ser malucos. Pelo contrário, eram bem piores do que isso. Eles se viam como cruzados valorosos que haviam capturado o inimigo. Ao cometer o erro de informá-Ios ser Lillis de Wellewyn, família pa­cífica e sem antagonismo com a deles, ou outra qualquer, eles haviam se mostrado mais satisfeitos ainda com o ataque praticado.
Criaturas malvadas.
A pior parte do pesadelo era não ter noção de onde se encontrava. Havia anos, Lillis não ia para casa e não tinha reconhecido a área e o castelo. Os gêmeos haviam se negado a prestar-lhe informações e impedido seus guardas de falar. Dessa forma, ela e a criada ignoravam se estavam perto ou longe de Wellewyn.
Também não haviam tido a oportunidade de ver muito do castelo. Mal tinham desmontado, ela e Edyth foram separadas dos guardas e obrigadas a atravessar depressa alguns aposentos, subindo vários lances de escada até esse patamar, que, obviamente, não era usado.
— Vocês não podem nos manter aqui! Exijo falar com o senhor do castelo!

  


2- CORAÇÃO MERCENÁRIO
Ela tornou-se prisioneira do Invencível fascínio daquele guerreiro!

Fugir. Rosaleen tinha de fugir daquele homem sem escrúpulos que queriam lhe impor como marido! 
E sua única salvação contra o vingativo noivo era Hugh Caldwell, guerreiro mercenário de muitas glórias. Mas esse valoroso e fascinante cavaleiro cobrava um preço muito alto para a sua proteção… 
Rosaleen estaria disposta a pagar?

Capítulo Um


Inglaterra, 1416.
Por favor, minha senhora, acorde. A voz soou distante, como se alguém chamasse Rosaleen de muito longe.
— Minha senhora — insistiu a voz — Precisa acordar!
Rosaleen sentiu um toque suave na face e tentou mover-se, mas seu corpo foi invadido por ondas de dor lancinante.
— Rosaleen — era agora outra voz que chamava, masculina e profunda… e odiada
— Se não se levantar, eu mesmo vou pô-la de pé.
As palavras despertaram Rosaleen no mesmo instante. Abriu os olhos e deparou com o rosto sombrio de sir Anselm próximo ao seu. Estava deitada de bruços por causa dos ferimentos que ele lhe infligira nas costas poucas horas antes.
Quando ele agarrou-lhe os cabelos e ergueu-lhe o rosto do colchão, Rosaleen gritou de dor.
— Bom — sir Anselm riu e sacudiu-lhe a cabeça, antes de soltá-la.
— Está acordada e parece bem mais obediente do que era de manhã. Não é mesmo, Rosaleen? Daqui para a frente, será uma moça obediente, dócil e submissa.
Rosaleen fitou-o com todo o seu ódio. As lembranças dele tirando as roupas de sobre suas costas, da dor terrível provocada pela primeira chibatada em sua pele nua, voltaram-lhe à mente.
— Não baterei em seu rosto, Rosaleen — ele murmurou, quando ela se pôs de joelhos.
— Deverá estar tão linda quanto sempre foi, no dia do seu casamento.
Como ela demorasse a responder, sir Anselm voltou a puxar-lhe os cabelos.
— Sim! — ela gritou, voltando a mergulhar na dor.
— Sim!
— Boa menina — disse ele, soltando-a. Rosaleen permaneceu imóvel.
— Eu a odeio! — sibilou. — Se meu pai estivesse vivo…
— Eu sei, Rosaleen. Não precisa repetir, mais uma vez, como seria a sua vida, se um de seus pais estivesse vivo. Na verdade, querida, é muita ingratidão de sua parte continuar com esta história. Está claro que a mimei demais, ao longo dos anos.
Do contrário, sua gratidão seria mais evidente. O que aconteceu esta manhã foi deplorável, mas você não pode culpar ninguém, senão a si mesma.
Terá de aprender á dominar esse seu gênio, querida, pois Simon de Denning não aceitará uma esposa assim. E posso garantir que os castigos dele serão bem piores que os meus.
Rosaleen cerrou os punhos.
— Simon de Denning é um animal! Não me casarei com ele.
— Casará.
— Nunca! — ela jurou. — Você me pôs à venda, como se eu fosse um animal, ele, simplesmente, ofereceu a maior quantia.
— E verdade, querida. Mas, como você era minha para vender, nada de errado foi feito. Nem o rei questionaria minha decisão. E não é minha culpa você ser tão linda e tão… tão… — sir Anselm soltou uma gargalhada — vendável. Sir Simon a quer tanto, minha querida, que não pensou duas vezes antes de abrir mão do que havia de mais valioso em seu dote, só para poder tê-la.
Ele a terá. E eu terei Siere e tudo mais: o título, as terras, tudo.
— Siere é minha! — Rosaleen retrucou, furiosa. — Sir Simon não tem o direito… você não tem o direito de tirá-la de mim!


3- LADRÃO DE CORAÇÃO


“Poderia Isabelle confiar em um ladrão de coração?

Inglaterra, 1426.
Os irmãos Baldwin não tomam suas noivas à maneira convencional!
Isabelle sentiu isso na própria pele quando sir Justin Baldwin a seqüestrou nas sombras de uma noite sem lua. 

Para tê-la a seu lado, ele ousou rejeitar uma bela mulher, ignorando compromissos impostos por sua própria família.
Sir Justin tinha de resolver dois grandes problemas: convencer sua família de que só seria feliz alado de Isabelle. E convencer Isabelle de que só ela poderia fazê-lo feliz!” 

Capítulo Um  

Junho de 1426.
Diante do espelho na parede do quarto alu­gado, o jovem Justin Baldwin admirou a própria fisionomia. Passou os dedos entre os longos e cabelos castanho-escuros. Deveria tê-los cortado. A pres­sa de chegar a Londres o impediu de tomar algumas providências importantes. Agora, era tarde demais.
A noiva que lhe haviam escolhido, a linda filha de um mercador de Londres, insistia em tratá-lo com frieza e indiferença. Nas duas vezes em que fora visitá-la, lady Evelyn Hersell praticamente nem lhe dirigira a palavra.
— Meus irmãos hão de me pagar — resmungou Justin, com amargura. — Será que não poderiam ter escolhido uma moça que ao menos se interessasse por mim?
Alguém bateu na porta.
— Entre. Está aberta.
Christian Rowsenly, lorde de Briarstone, o saudou, efusivo.
— E então, Justin? Já está pronto?
"Mais do que você imagina...




4- A FORÇA DO AMOR

Inglaterra, 1437
Ela era doce e meiga, mas teimosa.

Lady Katharine achava que homens e casamento não eram nada além de algemas para uma vida inteira de servidão. 

E lorde Senet, que roubara a sua casa, não era exceção à regra. Apesar de ele lhe desvendar os mistérios do amor, com suas magias e encantamentos, como poderia se envolver com um homem em quem não confiava?
Lorde Senet Gaillard era um cavaleiro honrado. 
Se houvesse outra forma de recuperar o castelo de seus antepassados sem a necessidade de forçar lady Katharine a se casar com ele, tudo teria sido perfeito.
Mas a união estava consumada, e agora lorde Senet precisava cortejar sua noiva relutante, porque conquistar o coração de Katharine havia se tornado mais importante que sua própria 

Capítulo Um

Inglaterra, julho de 1437
— Isso é inaceitável — disse Katharine, determinada, colocando a carta de lado.
Só então, seu olhar nitidamente superior pousou sobre o homem em pé a sua frente.
— Pode dizer ao duque Humphrey e a sir Senet Gaillard que a minha decisão sobre este assunto continua inalterada. Diga melhor… — prosseguiu ela —… imutável. Não aceitarei sir Senet como marido. Se o duque Humphrey crê que isso é um problema, faça o favor de lembrar a ele que eu já estou noiva.
— Ele não esqueceu esse fato, milady — disse sir William com uma ligeira mesura. — Mas lorde Hanley é tido como morto há pelo menos três anos e…
— Ele não está morto! — Katharine levantou-se da cadeira. — Não aceitarei que o senhor, ou qualquer outra pessoa, afirme isso. — Irritada, ela agarrou a saia com uma das mãos e aproximou-se um pouco. — Simplesmente, a peregrinação está durando mais do que ele havia previsto. Se alguma doença ou algum mal houvesse acometido a ele ou a seus companheiros de viagem, eu certamente teria sido informada.
— O problema, milady, é que a senhorita não soube nada sobre ele. Aliás, ninguém soube. É natural que imaginemos que o pior aconteceu.
— Absolutamente não — afirmou ela. — Lorde Hanley é um homem extremamente devotado a Deus e não perderia seu tempo precioso com detalhes tão mundanos quanto escrever cartas, ao invés de dedicar-se à missão de louvar ao Senhor. Era o desejo dele fazer essa viagem antes de assumir os compromissos do casamento. E ele me pediu que o esperasse e cumprirei com a promessa que fiz a meu noivo. Tenho certeza de que o duque Humphrey não aprovaria se eu agisse de outra forma.
— Mas, milady, apenas escute, eu…
— Não há mais nada a ser dito — interrompeu ela, bruscamente. — Por favor, transmita meus sentimentos ao duque Humphrey exatamente como eu os expressei aqui e diga a ele que rezo diariamente para que me deixe em paz.
O homem hesitou.
— A senhorita tem certeza de que é o que deseja, lady Katharine?
— Certeza absoluta.
Ele ergueu os olhos e observou três outras mulheres, sentadas um pouco afastadas, ouvindo à conversa.
— E não há alguém que possa fazê-la mudar de idéia? Imediatamente, as três mulheres baixaram os olhos timidamente para o chão, e Katharine respondeu:
— Ninguém.
Ele fez uma mesura.
— Nesse caso, só me resta agradecer-lhe por ter me recebido e desejar-lhe um bom dia.
Katharine assentiu.
— A srta. Ariette vai conduzi-lo até a porta do salão. — No mesmo instante, uma das mulheres, a menor de todas, levantou-se silenciosamente da cadeira. — Que Deus o acompanhe, milorde.
Assim que ele deixou o salão, Katharine desabou na cadeira mais próxima.
— Que Deus me perdoe




5- NOIVA ROUBADA





Era uma noite de verão... A magia flutuava no ar!

Sofia Alhgren sonhava com alguém que a protegesse das crueldades de um lorde malvado. Então, por entre as fogueiras, aparece Kayne, o Desconhecido, que jura defendê-la, nem que isso lhe custe a salvação da própria alma!
Para aquele homem saído das trevas, lady Sofia era sua luz. 
Ela transmitia graça e inocência, amenizando as lembranças dos horrores que ele vivera na guerra e que assombravam a sua alma. 
Porém, a felicidade descoberta ao luar daquela noite de verão não poderia durar para sempre, pois manter sua amada a salvo significava reviver um pesadelo que ele queria esquecer.Capítulo Um

— Não, pai, estou lhe dizendo que não quero saber dele. Nem sequer pre­tendo vê-lo. Receio que sir Griel será obrigado a se conformar com minha decisão.
Dando o assunto por encerrado, Sofia voltou a atenção para o bordado, parecendo muito calma.
O pai, contudo, permaneceu de pé junto da porta, retorcendo as mãos e suando abundantemente.
— Filha, você tem que recebê-lo — sir Malcolm suplicou. — Ambos sabemos o que significa repudiar sir Griel. Rogo-lhe, vá falar com ele, trate-o com gentileza e será o bastante para nos livrarmos de sua presença durante algum tempo.
— Sir Griel é um homem perverso, violento, intratável. Não tenho a menor vontade de agradá-lo. O que desejo mesmo é sossego, pois juro que nunca o aceitarei para marido. — O simples pensamento a fez estremecer, enojada. — Nada poderá me forçar a me casar com alguém a quem desprezo.
— Que Deus tenha piedade de nós — murmurou o nobre, balançando a cabeça, desconsolado. — Ele trouxe doze homens. Doze, minha filha, todos armados até os dentes. Estão no salão principal agora, aguardando-a. Se você não for até lá, estou certo de que haja um massacre.
— A única intenção do infame é intimidá-lo, pai. Se você se mantiver firme, nada de mal acontecerá.
— Acredite-me, sir Griel só sairá daqui depois de vê-la. Está determinado a impor sua vontade e temo desafiá-lo. Por favor, atenda ao meu apelo — tornou a implorar sir Malcolm.
Colocando o bordado sobre a mesinha, ela levantou-se afinal, um suspiro triste escapando dos lábios rosados.
— Está bem.
— Graças aos céus — o velho exclamou aliviado. — Você é uma boa menina. Uma ótima filha. Não se esqueça de dizer a sir Griel que...



5- A NOIVA PRISIONEIRA


Ele a aprisionou…Ela roubou seu coração!

Todas as mulheres sucumbiam aos encantos de Kiernan… Pelo menos até então, pensava ele, intrigado. Glenys Seymour parecia imune ao seu charme.
Era possível que o fato de ele a ter raptado tivesse alguma influência nisso… mas alguma coisa estava ocorrendo, para um homem experiente e endurecido como ele sentir-se tão envolvido por uma donzela virgem e simplória como ela.
Se realmente possuísse poderes mágicos, Glenys eliminaria todos os vestígios daquela paixão, estranha, porém arrebatadora, que sentia por Kiernan FitzAllen.
O homem era um fora-da-lei, um aventureiro, um trapaceiro. No entanto, era o lendário “escolhido” que a ajudaria a realizar o desejo secreto de seu coração

Prólogo

Londres, Maio de 1440— Não, não vou matar a jovem, se é isso que você está me pedindo. Não sei se lhe disseram, mas eu não costumo violentar mulheres.— Claro que não — garantiu imediatamente sir Anton Le­gasse, no intuito de tranqüilizar seu convidado. — Você enten­deu tudo errado. Eu amo Glenys, e ela nutre o mesmo amor por mim. Jamais gostaria que qualquer coisa de ruim lhe acon­tecesse. Quero apenas mantê-la a salvo até que a família con­corde com o nosso casamento. Ninguém falou em morte.Sir Anton olhou para os inúmeros vilões depravados da taverna, torcendo para conseguir resolver logo aquele assunto. Não lhe agradava nem um pouco ficar naquele lugar sombrio. O Black Raven não era o tipo de estabelecimento que costumava freqüentar. Entretanto, era o antro favorito de ladrões, prostitutas e assassinos, que se reuniam para beber e jogar, enquanto esperavam por alguma oportunidade para fazer serviços sujosEm troca de dinheiro, claro. Tirando um elegante lenço de seda do bolso de sua túnica, ele limpou o suor da testa antes de se voltar para o homem sentado à sua frente. Diferentemente de sir Anton, o sujeito mostrava-se bastante confortável em meio àquele tipo de gente.


Série As Noivas Baldwin
1- Castelo de Ilusões
2- Coração Mercenário
3- Ladrão de Coração
4- A Força de um Amor
5- Noiva Roubada
6- A Noiva Prisioneira
Série Concluída