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24 de abril de 2011
A Tentadora
Alguém incendiou o castelo Wybren e matou os herdeiros.
Em uma torre próxima, Morwenna de Calon acorda em uma noite com uma revelação:
fora das muralhas do castelo há um soldado ferido, cujo rosto estava machucado e difícil de identificar.
Morwenna sentindo que o perigo se aproxima,olha o homem meio morto e sente um calafrio, uma premonição.
O homem ferido é Wybren Carrick, o bastardo que roubou seu coração e a deixou grávida pela mulher de seu irmão.
Carrick é acusado de atear fogo ao castelo.
No entanto, Morwenna não resiste e torna- se presa ao seu fascínio.
Quem vai se machucar: um pecador ou um santo?
Um assassino cruel ou uma vítima inocente? Wybren Carrick, seu amante, o homem que tão cruelmente a enganou ou outra pessoa?
Enquanto os dias passam e o desconhecido recupera os sentidos, Morwenna sente que juntos terão de enfrentar um novo perigo.
O Redentor, um homem misterioso que espreita pelos corredores do castelo.
Está se movendo agora e no seu rastro, ele traz com ele o desejo sanguinário do destino e a morte.
Capítulo Um
Castelo de Calon, 12 de janeiro de 1289
Morwenna deu voltas sobre a cama. Sua cama? Ou a de outro?
Levantou a cabeça e viram as brasas acesas do fogo, carvões vermelho vivo que arrojavam sombras douradas sobre os muros do castelo.
Mas, que castelo? Onde estava?
Não havia nenhuma janela e nas alturas dos muros, além das vigas transversais, que rangiam, podia divisar o céu da noite, dúzias de estrelas que titilavam na distância.
Onde estava?
Em uma prisão? Acaso estava cativa em uma torre antiga e abandonada, cujo terraço tinha ido pelos ares?
— Morwenna.
Seu nome ressonou contra os grossos muros, reverberando e lhe gelando o sangue.
Retorceu-se na cama e olhou fixamente as sombras.
— Quem está aí? — sussurrou com o coração em um punho.
— Sou eu.
Uma voz varonil e grave, uma voz que ela reconhecia muito bem, sussurrava das esquinas escuras desses aposentos, que pareciam não ter fim.
A pele lhe arrepiou.
Ao recolher a roupa de cama com uma mão para cobrir o peito, deu-se conta de que estava nua.
Com a outra mão procurou sobre a cama e os dedos se trabalharam em excesso por encontrar sua adaga, mas, ao igual à roupa, tinha desaparecido.
— Quem é? — perguntou ela.
— Não sabe?
Acaso lhe estava tirando o sarro?
— Não. Quem é?
Uma risada grave e profunda estalou na penumbra.
OH, Meu deus!
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