Mostrando postagens com marcador Lynne C. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lynne C. Mostrar todas as postagens

10 de janeiro de 2021

Um cacho de visco

Quando Matilda, a acompanhante e tia-avó da família mais escandalosa de Londres, cai de uma árvore, é resgatada pelo mais improvável salvador.
Harry, o duque de Trensom, é o homem mais irritado ao encontrar Matilda em sua propriedade. Pior quando ele se apaixona por ela.

 

 

 

 

Capítulo Um

Harry Caverton, mais propriamente Sua Graça o duque de Trensom e todos os outros títulos que iam com ele, saiu de sua carruagem de luxo para neve com quase trinta e cinco centímetros de profundidade.
A parte de cima de suas botas quase tocava a neve, chegando perigosamente perto de atingir pegando por cima. Mas até mesmo os pés frios e molhados eram melhores do que ficar sentado na carruagem, ouvindo as maldições abafadas do cocheiro e dos dois criados que o acompanhavam enquanto se arrastavam no ritmo de um caracol. A tempestade de neve atingiu inesperadamente, seguindo-se por alguns dias antes, o que o impedia de chegar a casa a tempo.
Depois de uma tediosa visita de dever aos parentes, ele estava ansioso para chegar a sua casa. Uma forte nevasca dois dias atrás o mantinha imolado em uma estalagem, fervendo de frustração quando ele não pôde voltar a tempo de cumprimentar os convidados que chegariam para sua festa de Natal. Assim que pôde, Harry partiu, forçando seu cocheiro a enfrentar o clima, mas mais neve caiu.
Embora a neve tivesse caído por menos de uma hora, o campo foi deixado em caos. Carruagens viradas e equipes de homens tentando afastá-las das valas, das rodas quebradas e do resto de qualquer acidente, deixaram Harry feliz por não terem muito para onde ir. Mesmo assim, eles passaram a maior parte do dia viajando a menos de dezesseis quilômetros por hora. Já seria a hora do jantar quando chegassem aos portões de Caverton House. Mas agora a carruagem estava presa na neve, incapaz de ir mais longe. Um homem estava atrás dos portões, coçando a cabeça, com o chapéu na mão. Quando Harry apareceu, ele piscou rapidamente, como se não acreditasse no que estava vendo. Então ele se curvou. Harry reconheceu sua presença com um aceno de cabeça.
— Como está a alameda, Bowford?
O jardineiro principal grunhiu.
— Limpamos a área perto da casa, Sua Graça, mas ainda temos que fazer o resto. Não deve demorar mais do que algumas horas, mas a carruagem ainda não passará por isso.
— Deixe a carruagem, — Harry disse ao jardineiro e aos criados. — Não vai causar nenhum mal. Apenas tragam a bagagem e leve os cavalos aos estábulos.
Harry abotoou o sobretudo até o queixo, puxou o chapéu para proteger os olhos e partiu.