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25 de junho de 2024

O Pequeno Dilema de Lady Lovett

O casamento de oito anos do casal que antes se adorava mutuamente, Lorde e Lady Lovett, é rejuvenescido através do conselho anônimo da ex-amante de Lorde Lovett.

Oito anos de casamento não diminuíram o amor de Cressida, Lady Lovett, pelo marido, mas o nascimento de cinco filhos esfriou seu ardor. Agora estão circulando rumores de que o gentil, arrojado e aparentemente sempre paciente Justin, Lorde Lovett, voltou para os braços de sua ex-amante e Cressida acredita que suas escolhas são duras – receber seu marido de volta ao leito conjugal e arriscar uma sexta gravidez que ela teme que vá matá-la, ou perdê-lo para sempre.
Com a surpreendente descoberta de que existem métodos para permitir que a inocente Cressida se transforme na megera dos sonhos de seu marido sem expandir seu berçário, ela procura retribuir a mulher responsável por seu empoderamento… apenas para descobrir que sua improvável benfeitora foi, e talvez ainda seja, amante de seu marido.

Capítulo Um

— O Conde de Lovett arrumou uma amante?
O choque ofegante da bela recém-casada Sra. Rupert Browne cortou o burburinho da conversa, lançando seu alvo desavisado a um metro de distância e fazendo um coronel surdo perguntar solícito à Duquesa se ela precisava de um copo d'água.
Ainda engasgada com o champanhe, Cressida, Lady Lovett, se esforçou para ouvir a resposta de sua prima, Catherine, que obviamente havia divulgado essa última notícia chocante, sorrindo para o coronel Horvitt surdo que ela estava bem, como se sua felicidade não estivesse repentinamente pendurada por um fio fino.
Ela se esforçou para ouvir mais.
— Certamente que não? — engasgou a geralmente bem-intencionada mas alheia Sra. Browne à resposta sussurrada da prima Catherine. — Mas o Conde fez um par amoroso. Mamãe me disse que ele escandalizou a sociedade ao se casar com uma ninguém.
Cressida teve que usar as duas mãos para manter seu cupê de champanhe firme. A indignidade de ser descrita como “ninguém” não era nada comparado com a dor de ouvir os amores de seu marido – reais ou não – discutidos no meio de um salão de baile. Ela forçou sua boca trêmula em sua melhor tentativa de sorrir quando o Coronel se inclinou para frente e acenou com o dedo para ela, seu tom estentóreo impedindo mais escutas. — Seu marido irritou mais do que algumas penas com seu discurso na Câmara dos Lordes ontem à noite, Lady Lovett.
Cressida certa vez riu com sua prima ferozmente enérgica Catherine que o Coronel usava sua surdez como uma desculpa para espiar o decote de cada dama bonita a quem se dirigia. Ela não estava com humor para rir agora. Claramente, a prima Catherine estava revelando detalhes sobre o estado do casamento de Cressida, do qual Cressida, aparentemente, foi a última a saber. Ela se endireitou e empurrou os ombros para trás, subitamente consciente de parecer a criatura flácida e carente que as centenas de convidados amontoados no salão de baile recém-reformado de Lady Belton deveriam imaginá-la, se eles já estivessem a par do que ela estava ouvindo pela primeira vez. Antes de seu último gole de champanhe, ela se considerava bem casada. Era tudo o que ela podia fazer para permanecer de pé e com os olhos secos.
Ajustando a renda de seu traje de baile de máscaras, ela conseguiu, debilmente: — Ah, Coronel, você conhece Lorde Lovett e suas boas causas. — Ela tentou fazer parecer um carinho, mas o eixo de seu mundo se concentrou em averiguar que outras informações sobre seu casamento, Catherine estava divulgando para a Sra. Browne.
A música cresceu em um crescente estrondoso, no final do qual foi pontuado pelo guincho chocado da Sra. Browne, — Madame Zirelli? Ela não foi amante de Lorde Grainger? Não! A esposa dele? Ele se divorciou dela? E agora ela e Lorde Lovett…?

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