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20 de março de 2011

Pecado




É um amor proibido.

Uma orda de políticos e ambiciosos os mantêm separados; homens com fortunas e títulos, homens do Senhor que conspiram para negar seu verdadeiro amor e apagar a valente chama.
E estão a ponto de conseguir.

Para a Baronesa Charlotte Bourbon-Condé, 1356 não é o ano da Peste Negra, do fim da Guerra dos Cem Anos contra os ingleses nem no que aumentou o poder e o alcance da Igreja Católica.

Tampouco é o ano do vasto império dos Borbones do qual ela é herdeira, nem das grandes revoltas ou pequenos milagres que se produziram na França, sua terra natal.
Estes são tempos difíceis para o irmão Gautier, o filho bastardo de um nobre, um cruzado atormentado pelos horrores da Terra Santa e um valentão apaixonado pela vontade da Igreja.
Embora desesperadamente tente, Gautier não pode negar seus sentimentos para Charlotte, nem tampouco pode passar por cima da sagrada tarefa que se impôs e as privações que vêm com sua escolha.
Ele deve cumprir sua missão. Inclusive se isto significa trair seu próprio coração.
Seu amor é proibido. Sucumbir à tentação asseguraria um lugar no inferno.
Mas viver separados era, por certo, um destino muito cruel.

Nota da Revisora Ana Paula G: Gostei muito deste livro.
Mas gostei principalmente da heroína!
Totalmente resolvida, decidida a ser feliz.
O herói , na minha opinião , ficou a desejar. Muito indeciso.
Somente lá pelo final, resolve seguir o coração e defender a sua amada.
Mesmo assim, livro muitoooooooo hot, cheio de trechos de pegar fogo...kkkkkkkk..como a capa!

Capítulo Um

Ressoava uma tormenta lá fora. A chuva golpeava o vidro fortemente enquanto o vento rugia como uma besta moribunda.
Charlotte preencheu a página do livro de contabilidade com garrancho quase ilegível e desenhou uma linha oblíqua sob a última entrada.
Depois de assinar o documento, ocupando a metade do espaço reservado, datou a entrada e pôs a pluma de novo em sua capa sobre o desgastado tampo da escrivaninha. O nome de Baronesa Charlotte Bourbon-Condé reluzia em azul prussiano antes de escurecer e secar.
Charlotte se reclinou em sua cadeira e tomou o último gole de líquido âmbar do sifão acobreado. Doçura na língua e um gosto picante na garganta. Perfeito.
O bourbon de barril tinha sido o primeiro lote do que se encarregou sozinha.
Uma amostra da safra do verão de quarenta e oito, oito anos atrás, logo depois da morte de seus pais por malária e antes que Jean-Louis partisse para a cruzada para não retornar jamais.
A pequena ardência de seus olhos se transformou em um rio de lágrimas.
Beijou o anel que seu irmão tinha lhe deixado e que antigamente tinha pertencido a seu pai. Só servia no polegar, embora não pudesse suportar a idéia de usá-lo em seus dedos. Jean-Louis voltaria para reclamá-lo.
O que diria se o anel não lhe coubesse?
Sem dúvida poderia ter usado a ajuda que evocava o anel de seu irmão todo este tempo, mas preferia andar nua pela cidade antes que admitir tal coisa.

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