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1 de maio de 2012
Prisioneiro Em Seus Braços
Apesar dos grilhões tinha o olhar desafiante de um cavalheiro…
Um casamento estratégico com um poderoso emir sarraceno, obcecado por mulheres virgens, permitiria a lady Jocelyn conservar a fortaleza em que nasceu.
Mas... a que preço?
Sua única esperança de escapar do harém do depravado emir, seria perder o que mais lhe interessava: sua virgindade... e rápido!
O prisioneiro Simon de Rhys não estava em condições de descartar a proposta de lady Jocelyn: sua liberdade por uma noite de amor com ela.
A tarefa parecia simples, mas nada era como parecia...
Comentário revisora Ana Paula G.: Livrinho super agradável.É quase um ‘florzinha’, não tem muitos trechos hot, mas confesso que a história me prendeu.
O resumo narra muito bem a história: realmente a heroína quer a todo o custo se livrar de sua virgindade para escapar do casamento com o emir.
E claro que nosso herói aparece na hora e lugar certos para isso.
O envolvimento entre os dois acontece logo nas primeiras páginas e depois a Jocelyn tem que lidar com as consequências de suas ações e tentar escapar da atração que sente pelo gostosão..huahahah Super gostoso de ler e muito romântico.
Capítulo Um
Na cidade portuária de Arish, na disputada fronteira do califado do Cairo com o Reino Latino de Jerusalém,Anno domini1152
— Esse.
Com o rosto inteiramente coberto por um véu, como usam as mulheres do Oriente, lady Jocelyn apontou com a cabeça o infeliz que arrastaram para fora da cela dos escravos.
Foram necessários dois fortes guardas armados com lanças, para obrigá-lo a subir na plataforma de madeira onde aconteceria o leilão.
Mesmo acorrentado, sua enorme estatura era um fator a ser levado em conta.
— Minha senhora! O protesto de seu intendente foi pronunciado em um sussurro, só para os ouvidos da dama.
Sir Hugh viajou através de muitos mares, muitos anos atrás, com o avô de Jocelyn.
Atualmente seu cabelo estava grisalho, mas quase não tinha perdido o vigor e nem sua habilidade no manejo da espada.
Como Jocelyn, adotou as vestimentas orientais em sua perigosa incursão na sempre instável fronteira entre os dois reinos.
O capuz de sua longa túnica escondia boa parte de seu rosto enquanto se inclinava para a dama a que jurou servir.
— Repare nos machucados de seus braços e do seu rosto. Demonstram uma natureza teimosa, indomável. Nunca se dobrará a sua vontade. — Não tem outra opção. Não se almejar à liberdade. Isso era perfeitamente certo.
Desde que o Papa de Roma convocou uma Segunda Cruzada sete anos atrás, milhares de candidatos a tornarem-se guerreiros de Cristo tinham engrossado as filas dos peregrinos à Terra Santa. Inclusive Luis VII da França e sua esposa, Leonor de Aquitania, responderam a convocação.
Embora tenham retornado à França depois da insatisfatória campanha, suas ousadas façanhas, assim como suas escandalosas aventuras, transformaram-se em uma espécie de lenda por todas os lugares.
Por desgraça, o número de pessoas que se aproveitavam dos viajantes que se atreviam a participar daquela infeliz peregrinação, tinha aumentado também.
Eram tantos os peregrinos e cruzados que foram vítimas de bandidos e piratas que os mercados de escravos do Cairo até Damasco estavam repletos de franceses de pele clara.
Inclusive ali, na mesma fronteira do Reino Latino que era vosso destino quando partiram, meses ou anos atrás, eram tantos os que foram leiloados que os preços caíram como pesos de chumbo.
Jocelyn teria dado tudo para poder comprá-los todos.
Ela e seu avô estiveram enviando agentes para oferecer dinheiro por aqueles desventurados cativos, até que a tensão foi aumentando e os fatímidas do Egito fecharam as fronteiras.
Seu nível de desespero estava tão alto que se atreveu a realizar a tão perigosa viagem para adquirir um escravo que pudesse servir a seus secretos objetivos.
Se é que poderia chegar a utilizá-lo. Porque seu intendente parecia ainda mais desconfiado.
— Olhe-o - disse sir Hugh — debaixo dessa pele machucada, é só músculos e tendões.
Era verdade. Pela abertura de seu véu, Jocelyn inspecionou o escravo na plataforma de madeira do leilão.
Sob seu sujo cabelo e sua repugnante barba, certamente cheia de piolhos, seu corpo espetacular revelava claramente que não era um simples peregrino.
Não era um humilde camponês ou um mercador desejoso de conquistar a salvação eterna respondendo à convocação do Papa.
Aqueles ombros tão musculosos, aquele ventre plano e tenso, aquelas coxas musculosas, mostravam anos de duro treinamento e rigorosa disciplina.
Havia brandido uma espada, adivinhou sagazmente, e não uma mas muitas vezes.
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