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2 de outubro de 2011

Quase Uma Cigana




Sir. Tristan Carlisle, nascido ilegítimo, lutou para abrir caminho até chegar a ser um cavaleiro.

E agora, a ponto de ganhar riquezas e poder não permitirá que nada o impeça de conseguir seu objetivo final.

Até que, nas profundezas do bosque Bohemian, encontra-se com uma mulher de inesquecíveis olhos verdes.

Jamais esperou vê-la de novo...
Mas, a cigana chega à corte como dama de honra.


Convencido de que é uma ambiciosa impostora, Tristan se dedica a seduzi-la para descobrir a verdade de Arabella... Caso ela resista ao poder de seus encantos...

Comentário Leitura Final Cleria: O desenrolar da trama é mais lento, mas as cenas de amor são lindas e as de aventura compensam o tempo a mais que dedicamos para concluir a leitura.

Capítulo Um

— Nos Deteremos aqui. — Gritou Tristan Carlisle puxando as rédeas de seu corcel negro.
Desceu do cavalo para que sua companhia pudesse descansar durante a noite.
Odiava aquela viagem, embora tivesse vontade de desfrutar daquela última parada antes de chegar a Praga e às mulheres amalucadas que ali o esperavam.
A maior comitiva que jamais se organizou para acompanhar a uma princesa para suas núpcias.
Uma honra bastante duvidosa para um guerreiro.
— Escolta. — Murmurou enojado pela palavra.
Quinze anos ao serviço dos reis da Inglaterra e aquela era a missão que tanto trabalho duro lhe tinha reportado?
A guerra entre Inglaterra e França estava em pleno auge e o encarregavam um assunto da corte.
Considerariam que sua destreza com a espada já não era tão boa?
Brigava melhor que a metade dos homens do rei Ricardo só com sua adaga, pois, a maioria dos homens do rei, não era mais do que crianças que tinham visto poucos combates.
Ricardo tinha se desculpado ante a importância de proteger sua prometida, argumentando uma recente ameaça a corte de Boêmia.
Mas, para Tristan aquela missão e a preocupação do rei lhe pareciam vazias, apesar de que Ricardo lhe tivesse prometido há muito uns terrenos, se fosse bem sucedido.
O cavalo negro relinchou enquanto saciava sua sede, enfatizando a opinião de Tristan.
—Não poderia estar mais de acordo, amigo.
Nenhum guerreiro em seu juízo perfeito deveria aceitar um trabalho na corte, entretanto, aqui estamos.
Se Ricardo não me entregar os terrenos desta vez... —Tristan enfrentaria uma vida mercenária se o rei não reconhecesse seus esforços depois daquilo.
—Tris? — seu amigo, Simón Percival, chamou-o a uns metros de distância.
A presença de Simón na viagem, um cavalheiro quase tão experiente como Tristan em seus trinta anos, era uma das coisas que faziam suportável aquela viagem interminável. — Paramos aqui para passar a noite ou prefere seguir um pouco mais? Podemos chegar a Praga amanhã se ganharmos velocidade.
— Não tenho pressa. Diga aos homens que descarreguem e eu inspecionarei a zona.
— Tristan voltou a subir no cavalo, sentindo a necessidade de espairecer sua cabeça para poder cumprir aquela missão.
Cavalgou devagar para inspecionar o assentamento enquanto se aproximava o pôr-do-sol.
A solidão do terreno refletia seu estado de ânimo.
Os bosques escuros davam espaço às colinas inclinadas, proporcionando esconderijos para cavalheiros estrangeiros em território desconhecido.
Enquanto as vozes de seus homens se diluíam na distância com os últimos raios de sol, ouviu um claro pranto que provinha de dentro do bosque.
Deteve-se, estando quase seguro de que o som era de um animal.
Embora parecesse estar na metade de um território remoto, talvez houvesse um caminho perto e algum viajante topou com ladrões.

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